quarta-feira, dezembro 20, 2006

Vaticano pondera equipa de futebol (Destak 19/12/06)




Consta que o nº 2 do Papa, o Secretário de Estado é um apaixonado por futebol. Daí à aprovação pelo Santo Padre para a constituição de uma equipa de futebol, que conta com a colaboração de estudantes brasileiros, irá uma distância equivalente ao meio campo do adversário.

Já estou a ver:
- A bola é chutada pelo guarda-redes, equipado de batina amarela e preta, com o numero 1 nas costas, nome por cima (Bartolomeu), e por baixo do numero a palavra em itálico “Aleluia!”. À frente, a cruz de Cristo sobre o peito.
A bola sobe para descer logo de seguida no campo do adversário. Os jogadores de batina correrem atrás da bola, a ganhar o lance e a gritar, alto e em bom som, em pose triunfante sobre o Mal, “Vá de retro, Satanás!”. Passam para a esquerda, onde o lateral arregaça a batina preta e branca rasga o terreno a grande velocidade, como que pairando no ar, içado pelos Anjos; dribla um adversário e centra para a entrada da grande área. O ponta-de-lança, de 10 nas costas, solta um “Seja feita a Vossa vontade!”, bem alto, ao mesmo tempo que, de batina arregaçada para não dificultar os movimentos, salta e cabeceia para o fundo das redes.
Êxtase geral no campo e nas bancadas! Os jogadores cumprimentam-se e a multidão vibra, e em uníssono, elevam os braços aos céus, aclamando “Ó Sana nas alturas, Ó Sana!”.

Resultado: Céu – 1; Demo – 0.

Bandeiras com a Cruz de Cristo, esvoaçam e grandes lençóis tirados das camas (“Perdão, Sr. Abade!”), passam mensagens de apoio aos jogadores: “Aleluia, irmãos!”; “Queremos um Milagre!”. Outro em cartolina, junto ao terreno de jogo faz um pedido especial: “Irmão Isidro, dê-me a sua batina.”

O guarda-redes adversário, equipado de laranja e vermelho fogo, chuta a bola e a multidão grita bem alto: “Filhooo do Demooo!”

O jogo prossegue; nas bancadas, de um lado bênçãos e esconjuros e do outro, bruxedos, feitiços e caretas de língua de fora – “blaaah”, acompanhados com gestos imitando os adornos de Satanás.
Um lance mais ríspido leva a multidão a gritar alto a indignação – “Pecador! Pecador!”; o prevaricador solta um “blaaah!”, de escárnio enquanto se afasta.
Devia de ter tido mais tento na língua porque foi obrigado a ajoelhar junto ao quarto árbitro e a rezar quatro Padres-Nossos e dois Avés-Maria, em voz alta e bem compassado, para não saltar nenhuma sílaba, e é benzido com água benta. Vê-se o fumo a subir ao queimar a pele.
Loucura! Exaltação! Credo, que horror! (arrepio).
Após o castigo reentra em campo. Outro, mais exaltado, levantou a batina para atrapalhar o adversário no momento de chutar a bola; o infeliz tropeça, dá dois pinotes no ar, junta um “Ai Jesus, Maria, José!” e aterra em cheio de traseiro e um esgar de dor na face, com o colarinho à banda e a batina completamente esfarrapada. O pecador foi levado para trás da baliza correspondente e Exorcizado no local.

A atrapalhação de jogar de batina, de jogadas perdidas e outras ganhas, é anulada com gritos de “Deus escreve direito por linhas tortas!”, enquanto passam hóstias uns aos outros e bebem sumo de uva (!?).
Por detrás da baliza a fé impera e as Irmãs mandam. Saltos acrobáticos e pompons no ar, juntam-se a gritos…perdão, exaltações ao Senhor: “Dêem-me um “C”…”C”; dêem-me um “E”… “E”; dêem-me um “U”… “U”…Céúú…Céúú…”, e saltam e saltam e andam à roda, à roda. Os Padres benzem-se, tapam os olhos (de dedos abertos!), mas incentivam: “E que tudo o mais vá para o Inferno!”.

E o jogo continua.

É o Futebol Espectáculo!

Seria interessante também se houvessem árbitros padres.
Árbitros Padres!
Eis a solução para a corrupção no futebol.

(uma ideia a explorar para a próxima)

segunda-feira, dezembro 11, 2006

O que poderá acontecer à Costa da Caparica?


Poderá suceder na Costa da Caparica, o mesmo que na Indonésia?
Concerteza que sim. Um maremoto “entrará” e levará tudo pela frente, sem dó nem piedade, travado possivelmente pela arriba localizada muito mais atrás. Até lá chegar, muita coisa desaparecerá. Não falo das pessoas, mas para bom entendedor…
Pessimismo?

Duvido que seja suficiente o que se esteja a fazer agora, com a colocação (ou recolocação), de areias nos locais de onde o mar as retirou no espaço de quatro dias; e também que seja razão para ficar, de alguma maneira mais descansado!

Já, pelo menos de há três anos para cá, se tinha verificado que o mar “roubava” quantidades substanciais de terreno, e são bom exemplo disso, a praia de Santo Amaro de Oeiras e a praia do Paraíso e Tarquinio, na Costa, as duas primeiras praias que ficam ao pé do Terminal das camionetas.
Pelo menos eu já tinha reparado nisso!
Na praia da Linha, após o Inverno era actividade normal a reposição da areia retirada pelo mar, facto que aumentava sobremaneira a área da praia para gáudio dos veraneantes.
Se uns achavam bem, e eu sou um deles, por outro lado não creio que muitos outros achassem estranho o porquê de tal empreendimento.

O Clima (ou o Homem?!), está a mudar a face do planeta aos poucos, e às vezes mais rápido que isso.

Altura houve em que se chegou a falar do que poderia suceder se Lisboa fosse assolada por um maremoto, da possibilidade do mar “reclamar” o que é seu e lhe foi retirado e note-se, não é pouco!
Pois, também eu me lembrei disso e desejava estar nessa altura num local alto o suficiente para não sofrer muito ou o menos possível.

O que se passa agora na Costa da Caparica, é tão só (mais) um Aviso Muito Sério do que está a acontecer. Se nas primeiras praias da Costa a questão poderá minimizar-se ou resolver com o reforço, senão aumento dos pontões, vulgo quebra-mar, como resolver o problema nas praias que não possuem quebra-mar, naquela língua de areia que se estende até à Fonte da Telha, pelo menos?
Quando se está na praia, ao voltar as costas ao mar, em frente ao longe depara-se uma arriba bem alta. Ocupada em alguns locais por prédios ou pequenas moradias, toda aquela extensão de terreno foi outrora ocupada pelo mar. Logo na Costa, na avenida dos restaurantes e bares, durante a abertura das fundações para a construção de um hotel à uns bons anos, estiveram umas bombas de água a trabalhar incessantemente, a retirar a água que surgia no meio da areia, areia de praia. Toda aquela zona está construída por cima de areia, sendo preciso escavar bem fundo para encontrar rocha, sólida o suficiente para as fundações.

A preocupação, agora, com o avanço do mar é legítima se se considerar que será Tarde (ainda a tempo) para se fazer algo que já deveria de ter sido feito, mas não tão Tarde para o fazer imediatamente. Agora, é imperativo reforçar as dunas, afim de proteger os que estão por detrás e os seus pertences, Parques de Campismo e casas de habitação. Colocar vegetação que fixe as dunas, senão algo mais sólido com areia por cima; impedir a circulação de veículos e outras construções tão só porque já chega as que já lá estão.

Tentar minimizar as perdas que acontecerão de certeza se o Clima continuar assim, é a única hipótese.
Pessimismo ainda?


Mais vale agora porque já é Tarde mas ainda não tão Tarde quanto isso.

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Natal na Clareira


Por vezes tenho a sensação de que estou a entrar numa floresta, à espera de ao virar da esquina ver um pequeno gnomo de voz rouca, barrete vermelho e pompom na ponta, sapatos bicudos a virar para cima e guizos irritantes a dar-me os bons dias, saltando de uma lado para o outro. Logo de seguida, sai a correr para um canto onde por uma janela pequena saem as prendas todas embrulhadas e prontinhas a serem separadas por zonas.
Nada sai sem Guia de Remessa! Absolutamente nada! Fica tudo registado no PC NTL 5.0, modelo sempre actualizadíssimo, ao segundo; assim consegue responder com a máxima eficácia a todas as solicitações.
Desvio-me dos ramos pendentes e das raízes que saem do chão, entro na Clareira e dirijo-me para a minha mesa. Ligo o meu posto de trabalho, irmão do último modelo do gnomo, pronto para iniciar a minha actividade. O tempo é relativo. Muda do dia para a noite mas não se nota diferença nenhuma. Lá fora a neve não pára de cair e como quase por milagre não cria montes maiores que a altura de um elfo. Os gnomos não gostam lá muito e de vez em quando designam um deles para ir à cave buscar a pá de neve e tentar baixar os montes. Mas não conseguem e o que é engraçado é vê-los tropeçar constantemente, ou na pá de neve ou na própria neve. Caem e começam imediatamente a resmungar roucamente – “Ai eu! Ai eu! Ai eu!”. Levantam-se, sacodem a neve da roupa, abanando ruidosamente os guizos e recomeçam novamente a actividade.

Isto é um corrupio de gnomos e elfos a entrar e a sair da Clareira. Todos querem saber algo: “Já chegou a remessa do Outro Lado? Quando chegar avisa-me que uma coisa para ir para lá. Obrigado.”; “Olha, faz-me um fax, rapidamente, a dizer para mandarem vir novos Livros de Registo. Obrigado”.
Todos pedem alguma coisa; informações acerca deste ou daquele Destinatário, se existem maus comportamentos que exijam a intervenção dos Anjos da Guarda (para puxarem as orelhas e fazê-los seguir o Bom Caminho); se a Caderneta de Identificação chegou ou não (junto com os presentes, segue sempre um C.P.D. - Cartão Personalizado do Destinatário, com uma palavra amiga do pai Natal).
Todos perguntam algo, inclusivamente coisas que eles próprios deviam de saber mas como a época é de festividades, tudo (ou quase tudo) se perdoa, porque afinal há gnomos que não são lá muito inteligentes… Mas…perdoa-se. É Natal! É Natal, e ninguém leva a mal! (adaptado).

Tudo é feito informaticamente. É liiindo! Mas desde sempre que é assim: não há papéis, ou melhor…os poucos papéis que existem são pequenos recados passados de mesa em mesa. Armários de prateleiras contêm CD’s de máxima capacidade com cópias de segurança. O seguro morreu de velho, mesmo na Clareira.
Dão-se todos bem, gnomos e elfos (ou elfos e gnomos, conforme seja um ou outro a dizer!). Rivalidades?... Nada disso. A verdade acima de tudo e há que dizê-lo com toda a frontalidade: os elfos são mais inteligentes (apenas um pouco para alguns, mas vá se lá entender a mente de um gnomo!).

O trabalho não pára. O almoço é por turnos e o mais engraçado é que todos saem à mesma hora! É um mistério. Não há fila no refeitório e até há, ou pelo menos nem se nota porque desde que se pega no tabuleiro, até à peça de fruta é tudo fluido.
O dia corre fluido na Clareira. Não pára. Flúi (ou flói, porque É Natal, e ninguém leva a mal! (adaptado).
Sai um turno e entra outro sem notar se é dia ou noite.

A neve não pára e um grupo de gnomos tropeçam e caem desajeitados, resmungam, levantam-se e cada um sacode e neve da roupa do outro porque assim é mais rápido. Os elfos riem. Ouve-se um suave trovejar mas tudo (ou quase tudo) se perdoa.

É Natal na Clareira.

Prendinhas para o Natal.



Com o Natal à porta, surgem no mercado uma série de gadgets, desnecessários para alguns e para outros, mas que despertam a todos uma grande curiosidade. São dispositivos portáteis com fins específicos e bastante práticos. Distingue-os de outros o facto de serem menos usuais. É mais habitual vê-los em filmes de ficção, do tipo Triple X ou do Agente Secreto 007 – Bond…James Bond.

Pensada por uma mente de merda, (provavelmente!), surge uma tampa de sanita que fala. De seu nome, “Toilet Nanny”, o seu objectivo é educar os homens (para quê fechá-la se na vez seguinte tem-se de levantá-la outra vez? Bah…), que deixam a tampa aberta depois de efectuar o serviço. Contudo, o autor não menciona a possibilidade de ser reprogramada para outras situações. A tampa, por si só não serve de nada sem o respectivo assento, daí com a qualidade diferente dos traseiros que andam por aí, sugestões há muitas. Poderia-se passar do “Fecha-me, por favor”, ao mais directo “Ó palerma, isto é para fechar”ou “Gostas do cheiro, ó estupor?”, adicionando um bom conselho – “Puxa a água, ó pastel. Havias de ficar com o cheiro na roupa para ver se gostavas, ó animal!”. Tampas mais evoluídas equipadas com sensor de peso, soltariam frases do estilo “Aí na pá…! Ganda cú!”, (serviriam como dissuasores do apetite); “Não comeces a comer sabonetes que não é preciso. Vai lá vai!”; “Argh…Despacha-te que não te aguento mais”, este dito em tom de aperto e agonia. O aparelho viria equipado com memória, não seria preciso mais de 256 mb para uma dúzia de frases, e autonomia para 2 meses. (porquê 2 meses? Não sei…lembrei-me!).

Logo nesta época de doçaria tradicional (filhós, lampreia de ovos, bolo-rei), um “iluminado” lembrou-se de arranjar um Pote onde o interessado numa dieta, esconderia as tentações da gula, com um temporizador que definiria o tempo durante o qual ficaria fechado. Pois acho que ficava melhor sem tampa; a entrada podia ser a cabeça de um crocodilo com um sensor de movimento que ao detectar um intruso, fecharia com a violência habitual do animal (cerca de 300lbs na dentada).
Resultado garantido? Hum…sssim, se houver força de vontade logo no princípio em colocar os doces e chocolates no pote; porque se não…não valia a pena a (já de si desnecessária), compra do objecto. Além do mais, o “iluminado” (que concerteza fará parte do lote dos Conscientemente Estúpidos Mas Que Fazem Dinheiro Com As Compras De Outros Estúpidos…!), não se terá lembrado de que o mais provável de acontecer ao abrir o Pote depois da época natalícia, era encontrar tudo cheio de bicharada e bolor, duro como o catano, servindo só para calçar o pneu de um camião ou como pisa papéis. Daahh! Aaaah…isto seria para os pacientes na dieta, que conseguissem olhar para o objecto, saber que continha iguarias…hum…nhiam…nhiam…divinais e não pegar numa marreta, perder o amor (?) ao dinheiro que deram por ele e esmagá-lo em mil pedaços.


Existe uma T-shirt, algodão puro, com sensor que capta o som ambiente e ilumina um equalizador gráfico flexível, óptimo para usar nas discotecas e bailes de paróquia. Alojado numa pequena bolsa dentro da T-shirt junto às pilhas, um chip de memória teria frases de engate para as gajas – “Que flor tão linda. Aguava-te todos os dias.”; “Mexe e remexe, vais ver que ele cresce.” (para surgir enquanto o portador esfrega o escroto); “Anda cá canina que o jantar hoje é fava!”; “Olá, o meu nome é Bunda…Tiago das Bundas! Queres sentir a minha mão?”.
A utilização poderá estender-se ao quotidiano como Camisola Interior Lembrete – equipada com auscultadores, enquanto ouve as músicas preferidas, um pequeno choque eléctrico (12/15 volts, não mais do que isso), seguido de uma mensagem nos auscultadores: “Amanhã, virar cuecas do avesso”; “Pagar subscrição da Playboy.”; “Comprar roupa interior nova. Deitar a usada fora.”



Funcionando ao estilo tamagochi, existe o CHUPA-M. O. S. (Consolador Humanóide Portátil Automatizado). De tamanho real, trás todas as utilizações inerentes à função com possibilidade de programação de outras tantas quantas necessárias à satisfação do utilizador, equipado com cabeça, tronco, membros e membro (tamanho sujeito à disponibilidade em stock). Precisa, evidentemente de cuidados humanos para desenvolver e crescer (!!!) e é capaz de desenvolver personalidade própria: tímido, atrevido ou ternurento. Tem sensores nas cabeças e mãos, três modos de vibração: Suave para os preliminares, Intermédio e Louco, ainda com mais uma velocidade extra para as insatisfeitas. Demonstra as emoções através de cores nos olhos – amarelo para Feliz, o verde para Disponível, o laranja para Quero-te e o vermelho vivo para Ai se te apanho….
Dois CHUPA-M. O. S. destes são capazes de interagir, possibilitando a desejada ménage à trois.
Para os utilizadores masculinos existe o modelo TODA-T. U. A. (Totalmente Obediente Disponível Automatizada), com sensores de movimento e vibração exterior e interior, também programável para dizer frases conforme a disposição ou não: “Chegaste, bebé. Queres agora ou depois?”; “Si, cariño, si! Damelo…Damelo!”; “Tão forte não que ainda fundo os circuitos!”, este como penúltimo aviso de segurança. O último, é um aviso sonoro tipo buzina de nevoeiro que aumenta gradualmente. As cores são as mesmas de maneira a evitar aumento de custos e é possível, também, os dois modelos interagirem por si só (excelente para os preliminares, mesmo sendo robots!), entrando depois o utilizador rebarbado para a ménage à trois.

Agora, um modelo exclusivo para as mulheres: um modelo que já foi considerado o Top nos últimos anos: o I-Fod.
Biliões de mulheres por todo o mundo não conseguem viver sem o seu I-Fod. Conta com inúmeras variações relativamente ao aspecto estético, formato, dimensões, peso e cores, capacidade de armazenamento (do depósito do líquido à escolha da utilizadora: lubrificante ou outro que saia no momento certo). É um aparelho que constitui a evolução do velho e primitivo Estimulador Facial, frio, insensível e feio (dizem!).
Fácil de manusear e transportar, permite satisfação em qualquer lado, em grupo ou a solo; um bom entretenimento relaxante para este Natal.


Todos os Natais é a mesma coisa: Há com cada maluco…! E afinal, os malucos até são inteligentes!


FELIZ NATAL A TODOS


(Texto adaptado e propositadamente exagerado)
f.p. 2006

quinta-feira, novembro 16, 2006

Ideias, quem não as tem!

Duas noticiais no jornal o Metro que dão que pensar, pelo menos a mim, e que de alguma maneira poderiam estar interligadas mas não estão; isto é, até alguém se lembrar de que poderia ser rentável se estendida a outras áreas.

Uma companhia aérea, Smintair, a qual está previsto começar a voar em 2007, decidiu apostar nos fumadores.
A outra noticia fala do sonambulismo. Eles fazem sexo a dormir. Os investigadores estão intrigados com uma nova forma de sonambulismo. Há pessoa que durante o sono fazem sexo mas quando acordam não se lembram de nada. O sexonambulismo não é um problema comum mas existe mais do que se pensa.

Apesar dos malefícios que trás, será concerteza uma ideia aplaudida por muitos. Imagine-se a sala de espera da companhia repleta de viajantes de charuto, cigarro ou cigarrilha, “mata-ratos” ou “aromáticos de eucalipto” (espectáculo!). Conversas de ocasião, trocas de experiências fumantes, da tipa que o outro “comeu” no quarto de hotel aquando da convenção em Las Vegas e de como
depois lhe soube bem o cigarro que fumou depois do acto – aromático de manga. Loucura. A tipa valeu a pena! A dada altura o toque de uma buzina de nevoeiro, daquelas dos navios anuncia o embarque. Tudo pronto para mais uma leva, chão aspirado e cinzeiros limpos.
Os únicos impedidos de usufruir do prazer do fumo são os pilotos e operador de rádio, por motivos de segurança não fosse um deles querer tornar a viagem mais animada e trazer “ daquelas coisas de enrolar e que fazem rir”. Nem pensar! Olhos postos nos instrumentos e atenção ao que se está a fazer. Era só o que faltava!

Na 1ª Classe seriam aceites fumadores de cachimbo, charuto, cigarrilha, hospedeiras vestidas a rigor com mini-saia e ligas e sapatos de salto alto, show-girl’s com pompons, bebidas de luxo servidas por coelhinhas bem roliças. Na 2ª classe ficariam os fumadores normais de cigarro, das boas marcas às corriqueiras, assistentes de bordo de sapato raso, jeitosas e roliças. Um cantinho especial para os fumadores de charro e outras ervas aromáticas na parte detrás do avião, musica reggae, cabeleiras de carapinha há anos 70 para ajudar ao ambiente, já de si decorado com paisagens de plantações de perder a vista de cannabis, bancos reclináveis e encostos de cabeça com o logótipo bordado à mão da famosa erva. Possibilidade, também de efectuar penteados “rasta” feitos pela colaboradora de serviço, “vestida” com decalques da planta cannabis nas maminhas e fio dental com a planta cannabis e a frase “WELCOME TO PARADISE” bordada à mão, na parte da frente e atrás num pequeno triângulo escrito “EL CHARRO”).

Diferentes promoções estariam ao dispôr dos passageiros:

> Viagem de finalistas em que tudo será fornecido a bordo, das bebidas para apanhar a “cadela”, preservativos às cores e com sabores, de vários tamanhos com asinhas para aumentar o prazer (cortesia da companhia), “àquelas coisas de enrolar e que fazem rir” que tornarão sem duvida a viagem inesquecível;
> PASSE CINCO DIAS EM CUBA E CONHEÇA O PROCESSO DE FABRICO DO CHARUTO (amostras grátis de charutos acompanhadas com conhaque da companhia);
> FIM-DE-SEMANA NA JAMAICA. Sem dúvida o mais concorrido. T-shirt’s com as cores da bandeira e estampadas com a cara do Bob Marley, outras com mensagens de “LEGALIZE IT” acompanhadas da planta mais linda do mundo (já estou a fungar de excitação…!) – CANNABIS. Actividades lúdicas a bordo, cachimbos à descrição e espreguiçadeiras “TÁSSEBÊMEU” para curtir a cena;
> Provas de sabor diversas de cigarrilhas: mel, cereja, manga, baunilha e afins; competições de cachimbo unisexo nas quais é possível deixar apagar o lume cinco vezes com a penalização de tirar uma peça de roupa; concurso “QUEM CONSEGUE FUMAR MAIS DEPRESSA UM CHARUTO” e “QUEM CONSEGUE DAR A PASSA NO CHARUTO MAIS LONGA” (aspirinas e espreguiçadeiras “TÁSSEBÊMEU” à descrição para curtir a moca).
O vencedor tem direito a uma visita ao cockpit (depois de apagar o lume) e a enrolar um charro e fumá-lo em cabine própria com o privilégio da companhia da hospedeira-chefe – espreguiçadeiras “TÁSSEBÊMEU” à descrição para curtir…hum…para…olha…para curtir!

Como forma de unir e rentabilizar o negócio, procuram-se os sonâmbulos.
Já existem associações de aviação que pratica sexo em pleno vôo.

Mas o mais interessante é levar sonâmbulos em viagens aéreas com a possibilidade de filmar o acto, sem custos adicionais, com direitos de autor incluídos. Lógico que terão de ser os companheiros (as) a propor a possibilidade, com o benefício inerente: se efectuam tal actividade, tão gratificante e boa para a saúde, e não se lembram, então que melhor prova que uma filmagem para mais tarde recordar (nem que seja para melhorar!...se bem que será difícil melhorar algo que se faz sem que dar conta! Mas fica a intenção).
No entanto, e não menos importante, nada mesmo, é a entrega grátis de pastilhas, rebuçados de mentol ou “after-eight’s” após a prova de sabor para os fumadores, caso haja quem o seja e sonâmbulo ao mesmo tempo, ou não seja o nome da companhia aérea “Smintair”.
Concursos poderão ser efectuados sendo o vencedor do MELHOR SONÂMBULO SEXUAL presenteado, após o acto com uma repetição do mesmo, desta feita acordado com a hospedeira-chefe e/ou subordinadas, com direito a cigarros ou charuto e mentas à descrição, conforme os gostos.
Para o acto de sonambulismo propriamente dito, preços diferentes distinguem se efectuado com companheira própria ou escolhida em pleno vôo, escolha feita no momento da compra do bilhete.
Para sonâmbulos sexuais solitários homens, o programa de actividades é negado senão proibido mesmo, negando-lhes a possibilidade de voarem, uma vez que nenhum beneficio poderá trazer para os próprios, ainda para mais quando não se lembram de nada, apenas que acordaram molhados.
Para as mulheres as viagens são possíveis mas condicionadas pelo envio de fotografia de corpo inteiro, em bikini ou mono-kini. Os benefícios serão concerteza para as próprias que poderão transformar os filmes em colecção de DVD, TRABALHOS MANUAIS EM VÔO – Parte I e outros. Direitos de autor incluídos, salvaguardando a possibilidade de utilização pela companhia, dos filmes durante os voos (não extensível ao cockpit).



Um negócio a ter em conta.

segunda-feira, outubro 16, 2006

Mentes brilhantes, diferentes até que ponto?

Matt Savage compõe e toca Jazz num bar de Manhattan. Matt Savage é uma criança. Ele é autista profundo. Steven Willsher, inglês, adulto, desenha desde criança. Steven possui memória fotográfica. Após um vôo de trinta minutos sobre Roma, passou três dias numa sala a desenhar todos os pormenores numa tela com cinco metros, começando pela Basílica de São Pedro ao centro.
Matt e Steven são considerados “Savant’s”.

Savant” é a condição na qual pessoas, incluindo autistas, são capazes de feitos extraordinários, ilhas de habilidade, brilhantismo, talentos que contrastam sobremaneira com as outras limitações (…normais!), que possuem. Pode ser de origem genética, de nascença ou adquirida ainda em criança ou já em adulto. As capacidades de “Savant” coexistem com as outras “limitações”, se assim se poderá dizer.

Matt Savage fala normalmente, conversa normalmente como uma pessoa normal sem interrupções ou algo que o identificasse como…”não normal”. Fala assim porque está a falar de algo que o interessa grandemente, está no seu meio de conhecimento: montanhas-russas. É conhecedor de todos os pormenores das montanhas-russas mais espectaculares do mundo, ângulos das curvas, das subidas e descidas, das sensações. Sentado ao piano, descreve enquanto fala, duas ou três montanhas-russas, tal como um maestro tocando efusivamente uma área, de fazer saltar os cabelos de um lado para o outro.
Steven, desenha ao mesmo tempo que ouve música disco dos anos setenta. Pessoa normal como os normais, falando como os normais apenas com algo que o diferencia: memória visual extraordinária.

Normal. Deficiência. Anormal. Diferente.

Estou a ver o “Mega – Savant”, Kim Peak de Salt Lake City, o inspirador do filme RainMan. O verdadeiro. Nada que se pareça com o Dustin Hoffman, é agora um homem de 50 e poucos anos de cabelo grisalho e óculos e bochechas balofas. Dois ou três pormenores transportaram-me para outras tantas cenas do filme: o balançar do corpo, a maneira de falar e o jogo de mãos. Espectacular! Kim Peak é um fenómeno inexplicável para os médicos e estudiosos da matéria. A sua massa cerebral não preenche a totalidade do crâneo, sendo bem mais pequena que o normal. Os restantes espaços estão cheios de liquido. Ninguém consegue explicar nem quase entender como alguém com tremendas limitações, acumula tanto conhecimento.
Kim está "proibido" de assistir a concertos de música clássica. O seu pai afirma que se alguém tocasse uma nota abaixo ou acima do estipulado, Kim aperceber-se-ia e imediatamente se levantava e assinalava "quem o fez", apontado-o.


Para nós, “normal” somos nós e quem se comporta como nós. Basta um pequeno desvio ou atitude de alguém a quem considerávamos, à dois segundos atrás normal, para de imediato dizermos: “Mas este tipo é anormal ou quê?”
Contudo não é tanto à letra assim. Basta sermos um pouco…menos normais para não sermos normais, logo, anormais.
Porque não diferentes?! Porque quem se comporta assim, não só é anormal como é estúpido. Estúpido Consciente, talvez. Ou Inconscientemente Estúpido, o que duvido. Consciente sim, de que comete uma estupidez de uma maneira perfeitamente anormal.

O que é diferente, fora do normal não nos agrada. É deficiente de normalidade, daí não aceitável.Isto é que é completamente estúpido, se calhar até de escrever quanto mais de o pensar. Mas é verdade!
Existem os incompreendidos, os menos aceites, diferentes, os génios e os deficientes de capacidades mentais. Alguns deles, entenda-se, perfeitamente normais!
Mas falo dos outros.
Conheço um génio incompreendido por muitos e aceite por poucos. Pessoa não tão fácil de lidar, capaz de atitudes bruscas e… “não normais” de pôr toda a gente a olhar para ele e para quem o acompanha. Mas se o assunto que se abordasse fosse do seu âmbito (informática e programação), a conversa acontecia sem qualquer altercação, fluida de princípio a fim com alguns detalhes normais para alguém como ele – incapaz de fixar o olhar por pouco tempo que fosse. Também capaz de algo extraordinário: trabalhar (agora por conta própria).
Normal, portanto. (Engraçado!)
Outros há com deficiências a nível mental. Para dizer a verdade, nem sei como os conotar, se Deficientes Mentais ou de Portadores de Diferenças Mentais. Serão eles normais no seu próprio mundo mas diferentes no nosso. Mas estes são mais facilmente identificáveis pela diferença na fala, nos gestos ou a caminhar. Tal como nos normais, que giro!
Nalgumas conversas com, perdoem-me a expressão, “gente assim” (menos normal, diferente…já nem eu sei!), é possível de facto verificar diferenças. Chamo diferenças e não anormalidades, não por não saber o que dizer mas precisamente pelo contrário.
(Serei normal por isso…? Hum…)
São capazes de feitos também extraordinários: efectuar tarefas, manter uma conversação, fumar (com todos os malefícios que tão mau vicio trás, até aos normais!).

Coitados? Coitados dos pobres de espírito, dos verdadeiros anormais (estúpidos ou não), conscientes só ou conscientemente estúpidos, parvos, idiotas e afins. Destes sim, é preciso ter pena (ou talvez não).

O que é preciso é saber viver NA e COM as diferenças.

Todos Diferentes, Todos Normais. Até os Estúpidos…porque neles…é normal!


f. p. 10/2006

quinta-feira, setembro 07, 2006

O Verão é lindo!

O bafo quente invade os pulmões e até custa a respirar.
Tempo de praia, banhos de Sol e mar, pouca roupa que o bronze fica bem e chama a atenção, amores e odores.

Sim, odores. Odores de Verão.

Disfarçáveis na praia e campo, terriveis e insuportáveis em ambientes fechados. Na praia é só passar areia qual lixa no sovaco e lavar com água e sal "...e olha que bom, está mesmo aqui à mão." Siga para bingo!
Amor rima com odor (que giro). Odor bom, claro.

Imagine-se o contrário: à beira-mar uma silhueta bem torneada de biquini reduzido inclina a cabeça e escorre a água remanescente com as mãos, de olhos fechados sentindo os raios quentes na face. Não muito longe uma figurinha masculina observa-a, sorvendo a baba e pensando para consigo "...anda cá canina que o jantar hoje é fava!" Nem mais. É já a seguir; ajeita os calções e recheio, enche o peito e aproxima-se dando seguimento à troca de olhares minutos antes.

Fantástico o que um olhar faz (mas não revela!).

A conversa inicia-se e decorre sem percalços até ao momento em que sentados na areia ao pé da água, para refrescar, ele põe o braço á volta dos ombros dela, faz boquinha de cachucho e se prepara para o "chôcho" da ordem. Qual estalada na cara, assim a frio, a mocita é assolada por uma fragância sovacal que se agarra às paredes interiores das fossas nasais e de lá viaja a uma velocidade alucinante até ao cérebro, cerebelo e afins, dando sinais de alerta aos neurónios que tocam a rebate e fazem ricochete para os pulmões avisando-os para susterem a respiração. O sinal torna-se perceptivel ao rapazito quando repara nos olhos esbugalhados, boca fechada e bochechas de fora já azuis-cereja da falta de oxigénio. Ela afasta-se tipo caranguejo, inspirando aliviada e agradecendo a marzia e a brisa que passa a seu favor.
A brisa é amiga. Viva tu!
Espantado com tudo aquilo, vê-a afastar-se abanando a mão à frente do nariz; não compreende porquê, uma vez que pouco antes até tinha esfregado e penteado o sovacal com uma mistura de areia, água e "...até sal!" ... pelo menos resultou bochechar com água do mar. "...menos mal", pensou, "...até estou no bom caminho".
Pensamento positivo acima de tudo.

Nos transportes a coisa muda de figura à décima potência.
Flatulências à parte - afinal, há coisas que não se conseguem evitar, é o local ideal para ser confrontado com odores de (quase), todos os tipos.
Há odores próprios, geneticamente transmissiveis mas evitáveis. O mercado está povoado de desodorizantes e perfumes que ajudam (e de que maneira), a atenuar os efeitos e evitar olhares de soslaio reprovadores. Pior é quando após soslaio, não hà maneira de se afastar um centimetro que seja.
- É o tipo que entrou no autocarro num fim de tarde e se sentou pesadamente no banco. Põe de lado a mochila, estica as pernas, arregaça as calças ainda com pó das obras e abana os pés esperando que algum ar passe por entre a sola das sandálias e as meias de lã (?!) - pior do que escorregar no chão é escorregar nas sandálias e mesmo assim bater com os cornos num poste.

O que se faz numa situação destas em que, verdade seja dita, ninguém tem de cheirar o que é dos outros?
Empina-se o nariz, respira-se va-ga-ro-sa-men-te, aproveitando cada centimetro cúbico de ar. O dito cujo, esse está bem - "...com o meu cheiro, posso eu". Há sempre a hipótese de sair e apanhar o próximo autocarro.

Mas quando o que a malta quer é chegar a casa, é capaz de aguentar muito.
Descansadamente apertado em pé no metro, entre entradas e saidas "...porque ainda não chegou a minha estação", há a senhora que entra e que impesta a carruagem com o mais forte dos perfumes.
Do mal o menos - não cheira mal. Mas há que dizê-lo com frontalidade: estar quinze minutos com o nariz enfiado em girassóis e nenúfares, enjoa. (Dou valor às floristas)

Será este o oito?
Estará então no oitenta, o magote de pessoas que se aninha onde pode e o individuo que apenas se pode segurar na parte de cima do varão, expondo ao nivel do nosso nariz o belo sovaco peludo, com gotas de suor dependuradas, ondulantes, tentando escapar, "qui sá" à nuvem de fragância que sai, tal e qual como quando se destapa a vela e o fumo sobe. Terrivel, mas verdadeiro!
- "Já fumei um cigarro, deitei fumo pelo nariz como um dragão, mas o cheiro do sovaco do tipo não sai - Ai, Jesus, que agonia!"

Lá alguém se lembra de desentupir a tripa.
A bufa mistura-se ao exagero do perfume e à transpiração exacerbada. Ah, não esquecer o ar quente da Estação.
Linda sinfonia de odores e nem uma nesga de terreno para escapar. Resultado?
Faces tornam-se azul-cereja, expressões de indignação como "...aínapá, era só o que faltava", ou então "caramba, alguém comeu alguma coisa morta!" (a minha preferida).
Ninguém tem de cheirar o que é dos outros mas porra...que o guarde para si! Ponha num frasco e faça uma infusão ao deitar - nada se perde, tudo se transforma - "sai e volta a entrar que és meu!"

O proibido de fazer em momentos assim...é rir. Pode parecer de mau gosto mas o humor, convenhamos...é lindo! Voltam-se todos para nós e é inútil dizer entre risos "...não fui eu, a sério!", de seguida "...parece que é parvo", somos logo bombardeados, "...porco, indecente". Apetece responder com uma gargalhada "...é melhor não dizer que é pouco, minha senhora...", mais risos, claro está.

É fazer como na India - tirar as janelas aos veículos e assim peidar, transpirar e perfumarmo-nos à vontade.
Mas lá deve ser mais fácil ainda, pois todos cheiram a caril.

O Verão é lindo e recomenda-se. Esfregue-se o corpo, lave-se a dentóla com algo mais que água e sal (...por favor!), porque nunca se sabe quem vamos encontrar pelo caminho.

Outros odores há que despertam outras emoções...mas isso são outros quinhentos, a devido tempo e no lugar certo (mais ao lado!).

domingo, agosto 20, 2006

Super-Homem, O Regresso.

O tipo está de volta.

Diferente. É pai, está mais rápido (bebe Redbull ao pequeno-almoço), tem um fato novo um tanto ou quanto abichanado e mais justo (que raio a Lois Lane viu nele e se viu, só lhe mostrou a ela), e que marca de gel é que ele utiliza que nem a voar ou dentro de água se desmancha? Quando paira em voo põe uma pose na qual só faltam os dedos mindinhos no ar. Loucura, menina!
O Clark Kent é um totó que continua com vontade de meter a língua toda na boca da Lois Lane até à campainha e esperar que o deixe entrar noutro lado também (seu doido). Mais totó é que nem sequer utiliza a visão Raio-X para ver ao pormenor…os pormenores. Ganda pastelão!

É pai e o puto até é giro.
Resultado de um pinanço nas alturas, herda do pai um poder interessante: resiste à kriptonite. (para além de saber que quando crescer terá uma pujança de manhã à noite). Boa, miúdo! Viva tu!

Uma palavra para a tradução “inteligente”:
- Uma cena com a Lois Lane a tentar escrever um artigo no computador acerca do tipo de collants azuis e manta vermelha nas costas, em que o écran é preenchido com o cursor de texto a piscar e uma SURPREENDENTE tradução em maiúsculas:
- “EU” …!

… Uuuuf…! Arrepiante!

(Quem o fez, merece o Prémio Nobel "Daaah" e do Tico e Teco por ter conseguido confundir o piscar do cursor com a letra “i”. Fantástico, melga!)

O Super-Homem é pai.

Estava-se mesmo a ver que só podia dar nisto! Tantos voos a altas horas da noite e a grandes altitudes que lá conseguiu dar a volta à cabeça da Lois Lane. Leva a miúda às nuvens e…”pinanço” para cima! Mas a coisa já vinha detrás…

Sejamos verdadeiros: qual era a primeira coisa que fariam se tivessem visão Raio-X? Pois então…!

Mas onde e como terá sido a “pinada”? Isso é que eles não mostram…pois é! Já para ver um beijo é o que é e agora o tipo é pai!?
É urgentíssimo ficar a saber como “dar uma” à Super-Homem. Bastará vestir uma camisolita e collants azuis justos, pôr um “S” na peitaça e um cortinado vermelho nos ombros para dar um Super-Pinanço? …Ah, o que vale uma fantasia!
Qual terá sido a intensidade do momento? È sabido que à medida que a tensão aumenta, é costume ouvir a expressão – “dá-me com força, querido”; e será que a Lois Lane se arriscou a dizer isso? E logo nas nuvens!
Mas sabe-se que tal não aconteceu o que revela que a miúda tinha algo mais que o Tico e o Teco na cabeça, senão andaria com um Super Andar Novo.

Só um Super-Homem para manter um Super sangue frio num momento daqueles e não arrebentar com a rapariguita. Boa! E que outros artifícios terá ele usado? E protecção? Concerteza que sendo um Super-Herói teria de dar um Super exemplo. Que marca utilizou ele? E havia tamanho? Seria como o Homem-Elástico? … Hum… Teriam sido às cores? E sabores? …Dá que pensar: Super-Homem = Super-Membro. ‘Tá visto!

E nós, meros mortais como ficamos? Precisamos de saber esses segredos – as Super-Posições, os Super-Murmúrios à orelha, as Super-Posições (eu sei que me estou a repetir mas as coisas importantes primeiro).
Os mortais têm o direito a viver e nada nos garante que venha do céu a Super-Mulher de biquini e capa vermelha a esvoaçar na nossa direcção (cada um imagina-a à sua maneira!), sujeitos a apanhar uma tendinite no pescoço de tanto olhar para cima. VENHA ELA. ANSEAMOS POR UM SUPER-PINANÇO!

Coisas da China.




Dois funcionários de uma empresa de electricidade na província de Hunau, chateados por não terem sido convidados para a inauguração de um hotel local, não foram de modas: cortaram a energia e obrigaram duas gerentes a beber até caírem para o lado. Resultado? O corte de energia afectou não só o hotel mas também alguns quarteirões circundantes causando o caos. Por essa é que eles não esperavam; nem tão pouco de serem despedidos e humilhados na empresa que os empregava.

Mas dá que pensar. E se a moda pega?
Isto faz-me lembrar uma história que se passou com uns amigos meus no Algarve, típica da sua maneira de ser e estar – desinibida e divertida (estão em casa).

Meia dúzia de marafados fazia o circuito normal de fim-de-semana, correndo os bares de Albufeira a Albufeira (tipo Monopólio: saindo e voltando à casa de partida mas sem direito a receber 2 contos!). Uns mais tortos que outros, rindo desalmadamente, paródia de todo o tamanho dirigiram-se a uma das muitas discotecas conhecidas da zona. À entrada a fila habitual aguardando a vez. Era o momento de manter a postura diante dos Senhores de Preto à porta. Depois lá dentro…era dançar com as “camones”, camisa fora das calças, uma mão no ar ao ritmo da música enquanto a outra segurava o copo. Paródia saudável à moda algarvia. Que saudades!

Quando chegaram à porta, o habitual “boa noite” e o número – “somos seis”. A experiência dos Senhores de Preto descortinaram um brilhozinho de “olhos de gato encadeado pelos faróis de automóvel” num 6 avos do grupo. Calmamente, foram informados da quantia para entrar e que determinado elemento não poderia entrar.
Espanto sentido à décima potência no elemento acusado de não estar em condições para entrar na discoteca – “Hein…? Quém? Êh não posso entrar? Êêuu?”
Sem muitos alaridos, os restantes (os mais direitos dos tortos), disseram que ele estava bem e não ia fazer mal nenhum, era só para beber um copo (um atrás do outro!) e curtir a música. Mesmo assim a resposta foi a mesma. Mas quem não parou foi o elemento acusado.
- Tu sabes quém êu sôu? Nã sabes? Quérss ver, quérss…? – E de carteira na mão saca de um cartão que mostra aos Senhores de Preto.
Impregnado de calma algarvia, uma figurinha de estatura média, óculos de lentes grossas e aro de tartaruga, gel no cabelo (para atrair uma “camone” menos dotada de vista), de camisa (já com a fralda para dentro), e sapato, exibe de braço esticado com o ar mais importante do mundo, o cartão dos Serviços Municipalizados de Água de Albufeira. Nesta altura já os restantes do grupo riam entre dentes, adivinhando a barrigada de riso que estava prestes a acontecer.
Impávidos e serenos, os Senhores de Preto olharam para o cartão, talvez com alguma vontade de rir mas nunca o demonstrando, continuando a ouvir o discurso do moço:
- Tách a ver? Tách a ver? Nã me déxâas entrar? Ah não…? Se nâ me déxâas entrar corto-te a água da discoteca, aí! É, é…! Vaich a ver! – E volta a mostrar o cartão, abanando-o todo importante.
Não se contendo mais, os outros rebentaram numa barrigada de riso despegado e afastaram-se da porta – “Então a gente leva o gajo, déxa ‘tar. Boa noite.”
O outro pouco convencido, deixou-se levar resmungando – “Êu vou-lhe cortar a água…ai vou, vou! O gajo vai ver! Nâ vai ter água para o gêl…Nã vai haver gêl nas bebidas para ninguém! E descubro onde o gajo mora e corto-lhe a água por um mês!”
Afasta-se brandindo o cartão como uma espada e dizendo – “Tách a ver? Tách a ver?”

Se a moda pega…

21 Formas de aumentar a energia

Recentemente deparei na revista masculina, Men’s Health, com uma lista de conselhos capazes de assegurar um aumento de energia no organismo, se seguidos à risca. Mas onde é que a autora do artigo, Sandra Maurício terá ido buscar estas dicas?!...toca a acordar! Vejamos as diferenças entre os conselhos e a realidade:

1> Cheirar substâncias naturais como o rosmaninho, hortelã-pimenta e gengibre. Francamente! O que provoca uma verdadeira descarga de “gana” é o cheiro dos cabelos de uma deusa deitada ao nosso lado (contando que não tenha problemas nas glândulas soporíferas, nem ressone);
2> Cinco minutos de exercício fora da cama, flexões ou saltar à corda. Até parece! Com uma mulher linda ao nosso lado quem é que ia sair da cama para saltar á corda? Garanto que iam haver saltos naquela cama e que durariam bem mais de 5 minutos. Exercícios fora da cama – TOLICE!
3> Levantar e andar em vez de pedir que alguém traga algo. Relaxam-se os músculos tensos. MAS QUAL QUÊ? O que a malta gosta é de TENSÃO! E se pudesse ser TENSÃO de manhã à noite? Ui…ten-são, ten-são, ten-são! Andar sim mas directo à presa – Saiam da frente!
4> Se tem de trabalhar até tarde, beba café em dose tripla. Daaah…! Que tal pedir ajuda à secretária, uma palete de RedBull e outra de “camisinhas”? Ah, “ganda” noite!!!
5> Beba um bom copo de água porque a desidratação acelera o cansaço. Pois eu digo que sim, para além de pôr os rins a trabalhar logo de manhã – essencial para um bom movimento de ancas.
6> Durma no sofá se tiver insónias. Não digo que não, mas leve-a consigo – variar os locais (a dois), apimenta a relacção. Insónias? Ocupe o tempo da melhor forma: deitado ou em pé, não seja esquisito. Mas lembre-se: com gana!
7> Lavagem interna periódica, desintoxicação do organismo por procedimentos naturais. … (expressão de Esgar, Horror, Vómito) … É preciso libertar as matérias mórbidas do nosso organismo. …(Vómito e contracções abdominais, Espasmos e Tremores) … Vai lá, vai…!
8> Massagens chinesas para desbloquear a energia e aumentar a harmonia e bem-estar. Concordo. Massagens com chinesas jeitosas e roliças (zzz), iam aumentar algo mais que o bem-estar. Venham elas!
9> Banho energético: 10 ramos de alecrim, 1 colher de sopa de lavanda, 10 cravos-da-índia, 10 paus de canela, outro tanto de semente de girassol e flores do campo sortidas. Ferver num litro de água, coar e regar no corpo. Não vejo onde está o factor energético, não sem um ingrediente imprescindível: uma ruiva roliça de olhos verdes e de biquini reduzido. Agora sim! (tremores) Ah, energia!
10> Para acabar com as dores, ingira azeite (?) Prefiro aplicar o azeite no sítio certo (já que os especialistas dizem que tem efeitos anal (…tosse…perdão), analgésicos e anti-inflamatórios). É bom saber isso.
11> Tomar ferro. Duro como o aço, é assim que a malta gosta. Até que enfim directos ao assunto. E ainda para mais faz bem à saúde.
12> O Stress retira energia. Voltamos às massagens. Oh, sim! Oh, sim! (ver o n 8).
13> Costas e tronco fortes ajudam a realizar tarefas com menos esforço. Pois concerteza, então! Por mais roliças que sejam é preciso força para agarrar nelas; Força e Vigor. SAI UMA DOSE DE FERRO PARA ESTA MESA!
14> Múltiplos interesses são bons para evitar cair em depressão: desporto 2h/semana; amigas louras 3h/semana; amigas morenas, ruivas, mulatas, asiáticas…elas “andem aí”! VAMOS DAR USO À ENERGIA!
15> Encontrar o equilíbrio; a falta de energia é uma questão psicológica. É necessário que o indivíduo tenha um maior conhecimento de si mesmo para ter um maior controlo mental – crucial na altura certa para que o momento dure e dure e dure e a explosão aconteça num turbilhão de emoções e… hum… excedi-me… perdão. Imaginação, oh imaginação!
16> “Um copo” no fim do dia. Com companhia e desde que não se passe da medida, ajuda a retardar a explosão num turb… aquele momento do nº anterior. Torpor, oh torpor!
17> Deitar uma hora mais cedo equivale a dois cafés. Boa! Se for acompanhado, equivale a comer às colheradas um pacote inteiro de Mokambo.
18> Uma má postura pode indicar cansaço. Ponha-se direito! …(espasmos) … Pois sim senhora…mas seja gentil!
19> Coma muito peixe que contém Ómega-3 que é muito importante para quem sente a cabeça cansada. Ora bem… que seja uma peixeira morena roliça… quando a cabeça está cansada, o corpo é que paga – Venha o castigo!
20
e > Reiki e bebida energética.
Se a Reiki for roliça a bebida vem a calhar.
21
ENERGIA… ENERGIA!

sábado, julho 22, 2006

Campeonato de Masturbação (Jornal 24Horas)



Na mesma página onde o ex-vocalista dos Savage Garden oficializa a sua união gay, onde se viam fotos de beldades como Stacey Ferguson (Black Eyed Peas), Jennifer Aniston (actriz, ex. Brad Pitt), Sarah Jessica Parker (O Sexo e a Cidade) e Pamela Anderson (hum…oh que Marés Vivas!), dei de caras…olhos com uma notícia deveras…interessante que li e reli: Campeonato de Masturbação.

Uns segundos para se recomporem… mais uns para usarem a imaginação… OK!... De volta à realidade.

A "masturbatona" começa a 5 de Agosto em Inglaterra com direito a transmissão televisiva e é segundo os organizadores, por uma boa causa.
(até parece que quem o faz não o faz por uma boa causa! Daaah…)

Mas sim, a causa é nobre. Tem haver com a prevenção da Sida.
A meu ver, o campeonato deveria de ter um formato semelhante ao Campeonato Europeu e Mundial de Futebol, ao Europeu de Ralis e Mundial de Formula 1 ou até mesmo com mais frequência – apenas uma pausa mensal para descansar os músculos e (re) carregar as baterias (depósitos, entenda-se).
No que respeita à prevenção, se práticas como a deste campeonato se tornassem tão banais como meter o EuroMilhões, Totoloto, sacar de um cigarro, beber um café e já não digo lavar as mãos, concerteza que nem se falava do Vírus da Sida.

Falam-se de Salas de Chuto para os toxicodependentes – criem-se sim, salas (salões, digo eu!) com todas as comodidades para a função em causa – “batê-las”!

Nada de sexo em grupo – só “batê-las”. São coisas diferentes, amigos!

Imagine-se 3 tipos de salas com cabines individuais (mais largas que as que se encontram nos Peep-Shows (disseram-me. Nunca vi!)), com livros, fotografias de parede de corpo inteiro (de-ta-lha-das) e revistas desde a Tânia e Gina badalhoca para eles e a Playgirl para elas. A terceira sala seria mista, separada por um vidro do chão ao tecto impedindo o contacto pessoal como nos Peep-Shows (disseram-me que é assim nesses sítios, a sério), tornando o acto da “dar ao punho” e do “dedal” bem mais atractivo e excitante, podendo os intervenientes usar máscaras do Zorro e assim “esgrimir” à vontade sem se dar a conhecer, contemplando-se mutuamente durante o exercício.
…hum…Lembrei-me agora que tenho de tirar a verruga do queixo!

O recorde estabelecido numa anterior competição nos Estados Unidos é de 8 horas e 30 minutos a batê-la.
Dá peso à frase “de manhã à noite”, sem dúvida.
Não se fala se o recordista ficou como o Charlot num dos seus filmes na fábrica que de tanto efectuar o mesmo movimento com o braço, quando acabou o serviço foi para casa a mexer o braço sem parar, de cima para baixo, movimento por acaso quase parecido (quase) com o efectuado pelo campeão em causa. Também não se sabe de alguma lesão que tivesse acontecido a algum dos participantes nem a sua gravidade. Teria de certeza de haver um departamento médico devidamente apetrechado, com pessoal qualificado para eles e para elas, claro está, com massagens relaxantes, bebidas energéticas, incenso, pomadas, óleos e lubrificantes tão capazes de nos…perdão…de OS adormecer como de arrebitar (tal e qual; funciona para ambos), e deixá-los prontos para nova etapa de esgalhanço (ou dedicação).



Tal como os bancos têm agências espalhadas pela cidade, haveriam agências neste caso do Banco de Esperma (nada se desperdiça, tudo se aproveita – nos homens porque nas mulheres o esguicho perde-se…perde-se mas é liiindo!).

O objectivo é impedir as pessoas de se espalharem aos fins-de-semana pelos relvados e bancos de jardim e de desatarem a “dar ao dedo” e punho sem respeito pelos outros que passeiam alegremente e ansiavam ao mesmo mas tiveram o lugar ocupado; durante a semana aproveitariam as pausas de quinze minutos de manhã e à tarde e quem quisesse ao almoço, e era vê-los em correria desenfreada, gravatas à banda, camisas fora das calças, vestidos arregaçados e ténis (quais saltos altos quais quê…ténis para correr que o tempo é pouco!), às agências mais próximas esperando a vez.
Filas e filas e filas e desespero à medida que o tempo escasseia, nervosismo e stress impedindo a malta de contribuir para a prevenção do flagelo que atormenta esta Era.
Ooh, desespero!
Aah, que dedicação!
(suspiro) Era lindo de ver!

E porque a educação é importante e de pequenino se começa a Prevenção, nas escolas uma nova disciplina: Trabalhos Manuais (de verdade!). Na Suécia, pais berço da Nova Fé, a iniciação sexual começa bastante cedo, aos treze anos. Imagine-se os Trabalhos Manuais. Um pais inteiro profetizando uma só fé. Liiindo!
Aquilo é que é Fé!

Já estou a ver…Grupos se criarão espalhando a boa nova. Tabernáculos da Fé tentando angariar crentes nas estações do Metro, entregando pequenos folhetos ilustrativos (isso mesmo – com fotos a coisa vai), de como e onde praticar a boa graça do esgalhanço.
Prevenção, irmãos, prevenção é tudo!
Tenham fé no Punho e no Dedo, irmãos!
Aleluia!
Ó Masturbação nas Alturas!

Contentemo-nos (não, não é erro), com sessões particulares a sós ou a “mais que um” (quem me dera!), e faça-mos uma prevenção particular e pessoal.
Já enfatizavam os Ena Pá 2000 numa das suas célebres canções, no refrão…refrão? Para dizer a verdade, toda a música gira em torno de uma só e excelente frase, cantada em estilo Gregoriano: “Masturbação. A bem da Nação.” E siga para Bingo!

quarta-feira, julho 12, 2006

Circuncisão como forma de combater a Sida



Os especialistas da Organização Mundial de Saúde chegam a conclusões engraçadas:
- Se nos próximos 10 anos todos (!) os homens se submetessem à circuncisão, poderiam evitar-se dois milhões de novas infecções e 300 mil mortes, tudo provocado pela Sida.
É que parece que o malandro do vírus dá-se bem em zonas quentes e húmidas, encontradas na parte inferior do prepúcio.

(também eu me dou bem em zonas quentes e húmidas e não sou bactéria ou vírus algum nem ando por aí a cortar-me às fatias!!! Parvos! Estúpidos!)

Contudo, esta questão poderia estar no caminho da resolução, sem grandes alaridos:
- A distribuição gratuita de televisões pelas famílias africanas; uma ou mais consoante o agregado existente na altura, a colocar em vários pontos da palhota iria resolver sem duvida alguma o problema. Toda a gente já ouviu a expressão acerca de famílias numerosas – “se tivessem uma televisão, nada daquilo acontecia!”
Famílias inteiras à roda da TV a ver o Jornal da Noite, o Levanta-te e ri! , as novelas da TVI, já para não esquecer o programa de educação sexual também da TVI, muito importante nos tempos que correm. Claro que os pequenos ficavam virados para a parede, vendo noutro aparelho o Canal Panda.
No entanto, creio que talvez não fosse lá muito boa ideia, uma vez que poderia despertar apetites com o consequente aumento do agregado familiar:
– Nêga, vem cá ispirimentá a prusição di missionário!
...ou de agregados vizinhos, se saíssem desvairados, palhota fora e tudo o que surgisse à frente…fosse devorado - compadres, comadres, cães, gado, a sogra que foi despejar o lixo no contentor, pitons, esquilos...enfim!

Mas mais a sério, não creio que a circuncisão fosse a ideal.

Então a solução é destapar ainda mais o “menino”? Está comprovado que isso aumenta o tamanho em alguns centímetros e aí, não haverão televisões suficientes que distraiam a malta. Quais programas, quais quê! Era “toma lá morangos” ou a fruta da época que fôr naquelas bandas, de manhã à noite.

A distribuição gratuita de camisitas ainda será a mais eficaz. Acções de promoção do produto recorrendo a modelos fotográficos voluptuosos concentrariam as atenções, com a segurança a cargo do exército Não-local, não fossem eles também uma cambada de rebarbados e “dar o exemplo de como não fazer” e estralhaçar as rapariguitas logo ali, acabando a assistência de olhos esbugalhados e a mascar as camisitas para acalmar os nervos.

Um exército de eunucos da ONU. Nem mais!

Sejamos sérios, doutores!

Esperma de laboratório

Estes cientistas são doidos!


Na Universidade de Gottingen utilizaram esperma fabricado em laboratório a partir de células estaminais, para criar vida. O resultado foi o nascimento de sete ratinhos.

Já aqui, se me começam a eriçar os pelos da nuca.
– Esperma “fabricado” em laboratório…eles trabalham num laboratório… É só puxar pela cabeça literalmente ou melhor…manualmente, que já se sabe o resultado que dá!!! Pooois é…!
Lá desenvolveram a mistela e injectaram em óvulos de ratinhas.
…hum…aqui, se me eleva (calma!), o sobrolho esquerdo. “Atão”, o prazer que não lhes deve de ter dado esta parte da experiência! E de quem seriam os óvulos / as ratinhas? Claro…!
- Coleguinhas, coleguinhas de bata branca…mmmmmmm…êze…êze…venham dar o vosso contributo à nossa experiência, venham!

E dizem que são experiências para combater a infertilidade. Assim também eu quero ser cientista, pois então!

Doutores…então e os Bancos de Esperma? - (o contrário é descuido!). Anda a malta a dar, a dar ao punho para contribuir para boas causas, afinal para quê?!?! Com o risco de apanhar tendinites e câimbras e tudo…querem mandar a Palmira para a reforma, é? A Palmira é amiga, pá!

Arranjem é (melhores) condições nos Bancos de Esperma para a malta ir depositar a preciosa proteína no cofre: jacuzzi, sauna, banhos com turcas (e não estou a falar das toalhas!), empregadas jeitosas (acho que me repeti…), que a malta é jovem e gosta!

E tiram eles o bacharelato para isto! Tss, tss!

Sejamos sérios, doutores!

sábado, julho 08, 2006

Jornada Inacabada (não mais Sinuhe)



Vejo a minha vida, por onde ando
Disse que não voltaria mais a apaixonar-me
Mas bem no fundo sabia que estava errado
A minha procura (ainda) não terminou...ainda não

Sei que
Quando Amas uma mulher
Vês o teu mundo nos seus olhos
Quando Amas uma mulher
Sabes que está a teu lado
Uma alegria interminável
Há um laço de ouro que brilha, à espera que...sim

Se não acredito que aquela é "a tal"
Oh, como é dificil apaixonarmo-nos
Espero e desejo que nesta noite
Estejas por aí algures, a pensar em mim

Sim...eu sei que
Quando Amas uma mulher
Vês o teu mundo nos seus olhos
Quando Amas uma mulher
Sabes que ela está a teu lado
Uma alegria interminável
Há um laço de ouro que brilha à espera que... (o agarres)

Os olhos tremem aguados
Quando a vez passar
E olhas para os seus olhos, e...

Quando Amas uma mulher
Vês o teu mundo nos seus olhos
Quando Amas uma mulher
Sabes bem que está ao teu lado
Uma alegria interminável
Há um laço de ouro que brilha à espera que...

O agarres e o apertes bem forte

Que aproveites cada momento

Sempre que vês o (vosso) futuro nos olhos dela.




(Journey - When You Love a Woman) f.p.

domingo, julho 02, 2006

Coisas do volante


Uma empresa inventou um dispositivo que permitirá a quem passa muito tempo ao volante seja de um veículo ligeiro ou de um pesado, de urinar sem que para isso tenha de parar numa área de serviço ou em caso de emergência, à beira da estrada. O dispositivo recolhe e despeja o líquido em andamento na estrada, não tendo o condutor de se preocupar sequer com isso.

Como o sistema funciona e é aplicado é que não se sabe, mas não é preciso ser um génio para inventar algo parecido – um funil e um pedaço de mangueira resolvem a questão. A nível do despejo, aproveita-se o buraco de um dos pedais e introduz-se a ponta da mangueira e “lá vai urina!”.
Parece simples e em teoria é.

Agora, na prática é capaz de ser bem difícil e não tão natural como o acto de colocar o cinto de segurança – concentrar-se na condução e ao mesmo tempo abrir a braguilha, colocar o instrumento (seja ele qual for), em posição para a descarga…é capaz de causar alguns embaraços, como por exemplo molhar os estofos ou as próprias calças e espalhar tudo pelos pés abaixo.
Daí, afim de prevenir situações do género assim que se senta ao volante, puxa-se as calças para baixo (para evitar correntes de ar em zonas delicadas, liga-se a “chauffage”), e de perna aberta ajeita-se o instrumento (este o do próprio) e “acompanhantes”, direccionando-o para baixo para o funil (são de evitar pensamentos eróticos – o objectivo NÃO É apontar para cima!), usando um elástico daqueles grossos para o prender…p.e. às bolinhas ou à cintura, não vá um solavanco pelo caminho provocado por um esquilo a atravessar a estrada fazer com que o dispositivo caia.

Isto resulta(rá!), se o condutor viajar sozinho, porque noutro caso teria de haver um (muito) GRANDE à vontade dos passageiros em estar dentro de um veículo cujo condutor tem as calças para baixo, “zéquinha” apontado a um funil, só para não parar se lhe apetecer urinar!

E os passageiros? Poderia o sistema estender-se a eles também? E como funcionaria? E seria igual para as senhoras? Nesse caso impunha-se a utilização de uma arrastadeira.

Em teoria parece funcional. Na prática…

Sejamos realistas: conduzir e urinar ao mesmo tempo, só se for de argália. Pelo menos evita ter de baixar as calças e expor-se aos elementos.

E como seria numa Operação Stop? Hilariante, sem dúvida…

quarta-feira, junho 28, 2006

Correr nú em protesto.

Há com cada uma que nem lembra ao diabo!

25 Activistas da Associação ANIMAL vão a Pamplona à famosa largada de toiros que se realiza por esta altura, com o intuito de protestar contra este tipo de eventos, só que para tal estão dispostos a correr como vieram ao mundo, adornados de um lenço ao pescoço (para evitar uma ou outra corrente de ar – são lixadas as de Verão!), e de chifres de plástico na cabeça.

Está-se mesmo a ver que vai tudo correr bem, não é?

No frenesim louco da correria alguém vai escorregar e cair de quatro no preciso momento em que se aproxima bufando “um naco de carne” com 500 kg e ser presenteado com um chifre (verdadeiro, note-se), pelo fundo das costas, num acto de empalamento, capaz de fazer ficar verde de inveja o Rei dos zulus, Shaka Zulu.
E pior…em movimento!
…urgh!!!

O risco também existe de, com aquele adorno na cabeça, ser confundido por “outro” da mesma espécie e até desconfio que o lenço ainda é capaz de apimentar mais a situação – vermelho então seria lindo, e ser violentado em plena rua duma forma animalesca (toing!), diante de centenas de pessoas.

Como julgam que surgiu o Minotauro, hein?!? Metade toiro, metade homem!
Exaaacto!

Quem sabe se na Antiguidade já não se faziam protestos do género contra as atrocidades cometidas aos toiros?
…e fecharam o bichito num labirinto à laia de castigo, do tipo: "Então a tipa pôs-se a correr toda nua à frente do toiro e agora apareces tu! Siga lá para dentro!"


Mas já dizia o outro: cada maluco com a sua mania.
Já agora que tal pintar um alvo nas costas em vermelho vivo e laranja, para melhor chamar a atenção dos animaizinhos? Se calhar dava muito nas vistas!
Daaah…!
Ainda alguém notava que estavam nus e os violava logo ali e não havia toiro que os salvasse.

Que disparate.

sábado, junho 10, 2006

Sexo Tântrico - quanto tempo?!?!?!




"De início, o pénis do homem deve penetrar na vagina apenas cerca de dois centimetros e meio. Depois, deve-o retirar e fazê-lo descansar com o prepúcio sobre o clítoris, em movimentos constantes durante vinte minutos."




Concerteza que serão casais mais velhos a pôr em prática tal "martirio" para os mais novos que convenhamos, pouco ou nada pensam em "amor" e tudo no sexo. Quando digo casais mais velhos, não digo propriamente da terceira idade, uma vez que esses serão em alguns (bons, claro!), dos casos os verdadeiros e pacientes "tântricos" e menos de sexo firme e hirto, verdadeiramente dito.
Haja paciência!
Pois concerteza, então não?! 'Tá-se mesmo a vêr!
A malta é jovem e gosta. E quer e pronto!
A malta quer a rapidinha (que ás vezes é muito, ui... bom!), e a não-tão rapidinha igualmente eficaz, quando se tem tempo e encontra local onde não se corra o risco de ser interrompido.
"Vinte minutos" a bater com a cabeça no... Caramba!
Se para conhecer a velha arte do amor oriental é preciso praticar uma vida saudável, sem vícios, comer fruta, legumes, não ingerir bebidas alcoólicas e beber sumos de fruta naturais e muita água, prefiro ficar na ignorância do meu saber. No entanto, há um pormenor em que concordo com os apologistas do sexo tântrico: a mulher deve permanecer por cima do homem. Concordo plenamente mas não durante o tempo todo.
Há outra coisa para a qual iría ser muito dificil encontrar paciência e falo especificamente acerca do primeiro parágrafo. Chiça...passar vinte minutos, calculando milimetricamente dois centimetros e meio a entrar para logo de seguida sair e fazê-lo descansar (descansar de quê?!?!), sobre o clítoris...?! Consigo encontrar outras coisas onde empregar esse tempo e outro tanto, coisas que sem dúvida nenhuma, darão (e dão mesmo!), muito mais prazer.
Gostos não se discutem.
Eu?
Digamos que há um mundo (muito bom), a descobrir e que se encontra "algures" entre a mais rápida das rapidinhas, e o (pelo menos para mim), aborrecido "mete e tira, pousa e volta a meter" de vinte minutos de duração.
Tantra é " o que conduz ao conhecimento".
Há um aventureiro, sedento de conhecimento acerca do prazer verdadeiro, da entrega entre dois seres humanos dentro de cada um de nós.
A rapidinha ou a não-tão-rápida sabe bem mas de facto tira-se muito mais prazer quando se sabe esperar e sentir a intensidade do momento.
Para isso é preciso tempo.
É verdade. Mas nem tanto ao mar, nem tanto à terra.

segunda-feira, junho 05, 2006

Big Brother de rua

Toda a gente já ouviu falar de sistemas de vigilância por câmara e já se habituou a tal facto em locais públicos como Centros Comerciais, lojas e também já introduzidos em alguns transportes públicos, (p.e. no Metro). Tudo em prol da segurança e bem-estar do cidadão e turista ocasional.

Mas o que não existe por cá é o sistema de vigilância de, e na rua. É o mesmo sistema, levado do interior para o exterior, para a rua.
Este sistema já existe há algum tempo na Inglaterra, tendo como consequência a redução da percentagem de crime nas ruas. Funciona da mesma maneira que num Centro Comercial mas numa escala bem maior; adaptou-se às circunstâncias: uma série de câmaras estrategicamente colocadas em pontos altos, vigiam a circulação de pessoas e veículos na rua, atentas ao mais pequeno indício de distúrbio que então captado na Central de Segurança, põe em acção as autoridades.


Seria viável e bem aceite que o mesmo sistema de vigilância fosse implementado em Portugal, mesmo que em algumas cidades?
Se é para a protecção do cidadão que passei-a calma e serenamente na rua ou que se dirige para o transporte público, porque não?

Cada vez que folheio o jornal, leio acerca de um roubo por esticão ou de uma loja assaltada. Este sistema poderia contribuir para inverter a situação actual.
No sistema inglês, a câmara possui o “zoom” da imagem capaz de captar a cara de um assaltante, seguir os movimentos ao mesmo tempo que as autoridades são postas em acção.

A ideia de George Orwell, de “alguém a vigiar todos os nossos passos”, já está em marcha. Pelo menos para a segurança dos cidadãos, é uma ideia viável.

quinta-feira, maio 18, 2006

Anda, bichinha...vem!

...e roubaram uma das vacas da tão badalada "CowParade"!!! Parece mentira!

Houve um taxista que viu e informou as autoridades do rapto (como vinha no jornal), da vaca. Imagino o policia de serviço a atender o telefone (se foi telefonema ou lá mesmo), e ouvir alguém a dizer que estavam a raptar a vaca que estava no Campo Pequeno.
Conseguem imaginar? Raptaram a vaca no Campo Pequeno.
"Desculpe?Onde?O senhor está a sentir-se bem?"

Vendo bem as coisas, o rapto pressupõe que seja contra a vontade. Ora bem...duvido que o animalito tenha protestado com algum "múúú!", que fosse. Portanto, até terá ído de livre e espontânea vontade, para onde é que não sei. Nem tão pouco quem poderá ter feito tal proeza, embora tenha uma leve suspeita...!


Será que não terá sido como forma de protesto contra a reabertura da Praça de Touros do Campo Pequeno? Descabido?...talvez não!
Que melhor simbolismo do que aproveitar a "CowParade", e através da vaca que estava exposta nas imediações do Campo Pequeno, dar mais enfâse ao protesto?

É só uma suspeita...mas o tempo o dirá.

(agora daí a haver um pedido de resgate...caramba!)

segunda-feira, maio 15, 2006

Mas que bela imagem...!







...depois de lêr, fechem os olhos e usem a imaginação!



...passso a citar:

"Obrigada."
"Que peixes colocou aqui?"
"Oh, vários. Mas não sei o nome deles em português."
"E o prato principal também vai ser peixe?"
"É este o prato principal."
"Como assim? Esta é a sopa..."
"A sopa de peixe norueguesa é muito rica. Vai ver que, quando acabar de a comer, se vai sentir enfartado."

Tomás trincou um pedaço de peixe, pareceu-lhe abrótea, temperada pelo liquido branco do caldo.
"Por que razão é branca a sopa?", admirou-se ele. "Não é feita de água?"
"Leva água, mas também leva leite."
"Leite?"
"Sim", assentiu ela. Parou de comer e fitou-o com uma expressão insinuante. "Sabe qual é a minha maior fantasia de cozinha?"
"Hã?"
"Quando um dia for casada e tiver um filho, vou fazer uma sopa de peixe com o leite das minhas mamas."
Tomás quase se engasgou com a sopa.
"Como?"
"Quero fazer uma sopa de peixe com o leite das minhas mamas", repetiu ela, como se disse-se a coisa mais natural do mundo. Colocou a mão no seio esquerdo e espremeu-o de modo tal que o mamilo espreitou pela borda do decote. "Gostava de provar?"

Tomás sentiu uma ercção gigantesca a formar-se-lhe nas calças. Incapaz de proferir uma palavra e com a garganta subitamente seca, fez que sim com a cabeça. Lena tirou todo o seio esquerdo para fora do decote de seda azul; era lácteo como a sopa, com um largo mamilo rosa-claro e a ponta arrebitada e dura como uma chupeta. A sueca ergueu-se e aproximou-se do professor; em pé ao lado dele, encostou-lhe o seio à boca.

Tomás não resistiu.

Abraçou-a pela cintura e começou a chupar-lhe o mamilo saliente; o seio era quente e macio, tão imenso que afundou nele a cara. Encheu as palmas das mãos com os dois seios e apertou-os como se fossem almofadas, numa pulsão de luxúria, queria-os sentir fofos e gostosos. Enquanto ele a mamava, Lena desapertou-lhe o cinto e o botão das calças; correu a braguilha para baixo e tirou-lhe as calças com um movimento rápido. Privando-o dos seus seios, depressa o recompensou de outro modo; ajoelhou-se aos pés da cadeira inclinou-se sobre o seu regaço e encheu a boca. Tomás gemeu e perdeu o pouco do controlo que lhe restava sobre si mesmo.





...fim de citação.

...fim do capítulo V, que nada fazia antever que assim fosse.

E ainda não acabei de ler o livro!



...mas que bela imagem!

É Desconcertante!


Uma final merecia mais empenho e garra por parte das equipas. Marca-se um golo e automáticamente reduz-se a velocidade.

Nem se compara a final de Sábado da Taça de Inglaterra com a final de Domingo da Taça de Portugal! Não há hipótese!

No Sábado (13/05/2006), as duas equipas queriam ( e demonstraram-no), ganhar a Taça de Inglaterra - É SINÓNIMO DE PRESTIGIO!
No Domingo, quem marcar primeiro tem o jogo ganho. Já se sabia - eu sabia! Tem sido sempre assim; a equipa que sofre o golo, não aumenta a velocidade do jogo parecendo contentar-se com a presença na final

Nós por cá!

Tudo bem, há excepções mesmo em Portugal, mas é raro!

A final devia de ser uma Festa.

Corre o risco de se tornar uma mera formalidade. É o que se vê!

sábado, maio 13, 2006

Apologia de Mim para quem quiser (não cobro nada!)

Houve uma vez alguém que disse: "Liga mas é a quem se preocupa contigo e deixa lá quem não vale a pena!".


É verdade! Só faz falta quem está!


*
Eu digo que * é melhor pensar três mil vezes o que se quer dizer, se se quer dizê-lo, como se quer dizê-lo e se vale mesmo a pena dizê-lo (apesar de algumas vezes já sabermos a resposta, ou o que vai acontecer).

Digo NÃO à simpatia falsa ou por piedade. Quero discurso directo sem pretensões, olhares desviados ou encolher de ombros, falsas promessas que não têm o menor ensejo de ser cumpridas.
Se NÃO é NÃO, há que dizê-lo como o Baptista Bastos - "com toda a frontalidade"!

Há que ser directo, sem rodeios.
Não tenho muita paciência para situações em que outras pessoas põem a mão no ombro e dão aquela palmadinha de solidariedade. Não é isso que a outra pessoa precisa! A outra pessoa precisa é que sejamos nós a dizer as coisas que não iria gostar de ouvir ou que ouviria de outros e mais ainda.
Sem pena!
Quase sem dó nem piedade!
Verdades!
Se não formos nós na altura a dizê-lo quem o dirá? E é melhor ouvi-lo primeiro de nós (amigos), do que alguém não tão chegado.

Claro está que alturas há em que apenas a Presença em Silêncio é mais indicada (e aceite!), que a palmadinha no ombro. Solidariedade, sim mas a apropriada. Falar Quando e Se quiser.
Nada disto implica isolamento! A Presença em Silêncio é melhor - três mil vezes que estar sozinho. Aqui, o que se torna dificil é obrigarmo-nos a deixar o isolamento sozinho e estar com alguém; e também é, deixar de nos preocupar com o facto de não sermos "boa companhia".

Parvoice à décima potência!

Se estivermos com alguém, concerteza de que não será o tipo da esquina e sim alguém muito mais chegado. Esse alguém apenas tem de Estar no local certo, à hora certa. Estar! Falar do assunto tabú se interpelado nesse sentido, senão falará de outra coisa totalmente diferente. Falar nem que seja durante dez minutos seguidinhos - monólogo!

Estar! Mesmo que calado.

E se de repente "o mudo" falar?
Ouve-se e cala-se! Se perguntar, responde-se mas...(ver asterisco no principio do artigo*)...pensa-se primeiro!

É preciso saber estar. Também é preciso aproveitar as oportunidades. Se alguém pergunta se se quer sair um pouco, não dizer logo que não. Respirar fundo e obrigarmo-nos a ir; sim, digo Obrigarmo-nos porque depois ao não se decidir sair, vai-se ouvir uma vozinha interior: "... e está um dia tão lindo lá fora!"... ou então: "já não posso ver estas paredes à minha frente!".

Perde-se muito ao não sair de casa. Pelo menos, sair sozinho e ver outras pessoas - é menos mau, mas está-se sozinho na mesma!

O indicado é a Presença em Silêncio.
Nesse momento é que se tem a noção do quão importante é ter alguém ao nosso lado (mesmo calado), é que se tem a noção de que a palavra AMIGO existe e é real, palpável. Não é apenas um bafo de ar saído dos pulmões.


Faz um esforço!

quarta-feira, maio 03, 2006

sábado, abril 29, 2006

“Dar a volta à coisa!”




Na Revista CERTA vem um artigo interessante: À mesa Verdades e Mentiras. Pode também dar azo a outras interpretações; trata-se de “Dar a volta à coisa!”

O que comemos (e o que damos a comer!), e a forma como o fazemos (sem duvida), é uma questão que está longe de reunir consenso (não percebo porquê…cada um sabe de si). Bem, vamos por partes:

a) A carne vermelha é dispensável. FALSO. É muito importante que faça parte da dieta alimentar, de preferência por inteiro, aos empurrões suaves ou com força (si cariño, damo-lo mas fuerte, si!). Faz perder muitas calorias e transpirar até mais não, humidades fora (e dentro).

b) É mais saudável o pão branco. Verdadeiro. (dizem eles!), porque eu não sou esquisito, mas cada um sabe de si. Branca, preta, mulata, com penas na cabeça e vestida com pele de leopardo morto à estalada…venha quem vier por bem (oooh, e se for boa que venha, oooh que venha), que tenha fibra para contribuir para uma maior saciedade e melhor funcionamento dos intestinos (?!?!?! Para quem gosta, apenas!).

c) Banana. Sim ou não? Claro que sim! Não há visão mais bela que uma boa banana no seu esplendor de firmeza e riqueza em potássio e vitaminas C e B6, rapidamente convertidas pelo organismo em energia. E ENERGIA É O QUE A MALTA PRECISA! Existe o mito de que não deve de ser comida (e dada a comer) à noite (disparate!); a saciedade que proporciona é deveras gratificante.

d) O chá possui bons antioxidantes. E as ervilhas são boas para a tosse! Pois por mais verdadeiro que seja, prefiro oferecer à minha companheira algo com mais “power” – uma ginjinha para aquecer, um whisky para acalmar, uma cervejita para preparar o terreno, não quero saber dos flavonóides do chá nem nada disso. Não quero os radicais livres neutralizados, ainda para mais porque os vai-e-vem contínuos também ajudam na prevenção das doenças cardiovasculares, dilatando as veias. Toma!

e) Espinafres são a maior fonte de ferro. Falso. Claro que é falso! NABO é o que a gente tem e dá de boa vontade, é duro como o aço e verga mas não quebra!

f) Os suplementos não substituem a fruta e os legumes. É verdade mas ajudam a “dar o litro” na hora da “fruta” ir ao “legume”! Eheheheheh…

g) A toranja ajuda a queimar gorduras e a perder peso. Falso, mas quem é que quer saber disso para alguma coisa, pá?

h) Comer depois das 20 horas engorda. (!!???!!???) …é preciso dizer que é falso? Logo à noite… pois! Se não resistir a comer (ou dar de comer), antes do jantar, não faz mal. Faça-o antes e/ou depois, de manhã à noite de seguida ou com pausas, dê-lhe é com gana.

i) A gelatina é boa para a dieta. Verdadeiro, claro! Se não estivermos com um esqueleto, há sempre alguma porção de carne que se move, treme, agita que chama pelo nosso toque, carícia, beijo molhado, carícia (estou a repetir-me mas o que é que isso importa???).

j) A melancia é indigesta. Falso. As fibras da polpa aumentam os movimentos intestinais, dando a sensação de que a digestão é complicada. (?!?!?!?!) …mais uma vez, para quem gosta…porquê protestar?


É sempre necessário não esquecer que acima de tudo, as novas gerações de Portugal, nascem do tomatal.

quinta-feira, abril 20, 2006

Sonhos (Império dos Sentados)



Sonhos, quem não os tem
Como ondas no infinito / vai e vem
Sonhos, quem não os tem
Perdidos na voragem / que o mundo tem

Quero sentir, o soprar do vento
Libertar os medos / soltar o tormento

Só mais uma vez
Voltar a sonhar com o amor, talvez
Só por esta vez
Voltar a sonhar / mudar o que vês

Perder os sonhos, é perder a própria vida
Sem sentido para continuar

Não páres de pensar que vale a pena
Que podes mudar nesta peça a última cena

És preso por duros fios
Que te cortam o pensamento
Mas os sonhos voam mais alto
Para além deste momento

Não quero mer mais jornais
Nem as grilhetas da televisão
Quero explodir / mudar o mundo
Sonhar que tudo vai ficar bem




...(quero voltar a sentir felicidade)

segunda-feira, abril 17, 2006

A terapia do tintol




Li um artigo perigoso na revista Sábado! O titulo até é um tanto ou quanto sugestivo: “O vinho como terapia”.

Prevejo grande afluência ao Complexo Termal das Caldas de Monchique, de enólogos e entusiastas frenéticos “da pinga”. É provável que tenham de aumentar os lugares de estacionamento!

Contudo, a ideia que impera é o tratamento de pele afim de retardar o envelhecimento, por meio de máscaras e banhos (!?). Tal processo já era utilizado na Antiguidade.

Recomendo a procura, por intermédio de câmaras e equipamento informático, qual CSI, de traços indicativos faciais e andantes, seleccionando a entrada – linha recta no chão; tocar com a ponta dos dedos na ponta do nariz, de olhos fechados e fazer o “quatro”, e não é com os dedos da mão!

Apesar do preço para duas noites em quarto duplo, de 175.75€, recomendo a selecção à entrada.
A ideia é um deleite para os olhos: passar duas noites, com ou sem máscara na cara, mergulhado num jacuzzi, tendo como um dos ingredientes da “sopa”, o sumo da uva, é de valor! É de valor e é caso para ir lá para dentro de copo vazio!

Quais oligoementos e minerais da água das termas, quais quê! Venham os polifenóis da uva, melhor…venha a uva toda e deixem a água, porque para quem quer saúde de ferro, concerteza que não é água que vai beber!!!

Dizem os entendidos que o tratamento de beleza aponta como resultado anular o Stress, ganhando a pele vitalidade e luminosidade.
Concorrente do comprimidozito azul? A ver vamos!
Mas tem um ponto a mais: confere luminosidade – no escuro deve ser de gritos! E mais: só a ideia de apesar de uma pessoa não conseguir manter-se em pé, mas consegui-lo manter de pé, dá novo alento à frase “fazê-lo de manhã à noite”! Até a dormir! Siga!

Vai um brinde?

Miuzela Arriba - Já fumega!





Fim-de-semana prolongado e como muitos resolvi sair da confusão à procura do sossego ou apenas de algo diferente do rebuliço diário e rotineiro das cidades, e também para (tentar) apagar da memória imagens de um passado recente, daqueles que por menos que se queira, surgem reflectidas nos mais pequenos pormenores.
Rumei ao interior perto da fronteira com Fuentes de Oñoro, já sabendo o que ía encontrar: uma casa por terminar, a simpatia das pessoas, o impensável em Lisboa do simples “bom dia” e “boa tarde” às gentes da aldeia, alguns conhecidos outros nem por isso, o ar puro, os primos e amigos que não encontrava a algum tempo, o homem do pão que desce as ruas a apitar anunciando a sua presença. O Largo está diferente – já não é Largo mas continua largo. Modernices!
Não há jornais mas não é nada que dez minutos de carro até às bombas de gasolina na A25, não curem; mais dez minutos “e hablamos así”. Bares não há; há é cafés, uns que fecham mais tarde que os outros. O café nas bombas à entrada da estrada para a aldeia é o ponto de encontro do costume: restaurante com duas televisões e SporTv, o que dá muito jeito em dia de futebol.

Na noite anterior a estas linhas, fui com o meu primo a um café na aldeia vizinha, a quatro minutos de carro. Longe!!! Conversa puxa conversa, passado e presente misturados, umas “minis” no balcão, amigos e desconhecidos que chegam, um cigarro e depois de uns golos de “mini” mais um cigarro. Sábado, 22:30 – não muito tarde, chove lá fora, seis pessoas no café, sete a contar com a proprietária.

Rodada após rodada, cruzam-se conversas com mais um cigarro à mistura.

Um maço nem por isso cheio nem por isso vazio ao lado do cinzeiro é erguido por um conhecido do meu parente junto com o isqueiro. Seguido de um sorriso rasgado, solta um comentário: “ e o maço agora a arder?!” Cruzei olhar chamando a atenção; olhares fixos no “malabarismo”, ninguém respira nem bebe (porra!). Fracasso (ainda bem, vai já um golo!).

A conversa continua, por vezes cruzada, embebida por mais uma rodada de “minis”. Ainda não satisfeito, tenta novo número de trapézio mas agora com sucesso: o fumo ergue-se ondulante vindo do interior do maço; um sopro esforçado elimina o pouco lume criado e um pouquito de cerveja extingue de vez a brasa, mistura de plástico, papel e prata.
O resultado foi o tema principal da noite.

Os cigarros em contacto com a cerveja ficaram inutilizados e após verificação, sem sabor natural do tabaco. Ninguém achou jeito à coisa, menos o trapezista – não fuma, mas gosta do arame! Paga maço, não paga maço, novo maço na mesa e dela não sai. “Eu não fumo, porque é que tenho de comprar uma maço?”; “ e porque é que tenho de levar com o fumo dos outros?”

Confusão saudável instalada e prova de que as mais recentes noticias acerca da nova lei do fumo também chegaram a este recanto (lindo) de Portugal.

O que fez não está certo. A “futura” lei vem à baila. Faz sentido em locais com espaços grandes onde podem coabitar fumantes e não fumantes, mas não pode fazer sentido nos cafés de aldeia. A indignação da dona do café faz-se notar: “Se não puder ter clientes que fumem aqui dentro então tenho de fechar o café! Quem fuma, bebe, ou querem ver que tem de ir beber lá para fora!?”
Quando está frio a valer uma das coisas que ajuda a aquecer é o tabaco. Não digo que esteja correcto.

Eu cá preferia a excelente aguardente e ginja da aldeia, para não falar do vinho – para além de matar os micróbios mais resistentes, ainda era capaz de arrancar umas boas gargalhadas tal o rol de parvoíces que sairiam pela boca! Tudo na proporção certa. Se beber, leve consigo um cartão com a indicação em desenho de sua casa. Se ao acordar tiver mais espaço em casa do que quando a deixou…beba mais para esquecer, mas não conduza. Por esta altura, também só deve restar o espaço que a viatura ocupava! Beba mais!

Mas o fumo era a questão. O maço novo, esse já se encontrava no bolso do meu primo. A dona do café, afirmava que com a chuva que caía lá fora, teriam os clientes de ir para a rua? O meu primo vira-se para o seu conhecido “homem do arame”, e pergunta-lhe: “porque é que você entra, pede o que quer e não vai beber lá para fora? Ainda para mais, homem, o fumo nos pulmões mata todos os micróbios que lá estiverem!”

A conversa até faria rir as pedras de granito da região!

E depois era a percentagem; o não fumador trapezista viu na televisão de que os fumadores eram mais que os não fumadores, cerca de 80%. Os fumadores teimavam o contrário. Confusão saudável intoxicada! Porque uns não tinham de suportar os outros, e o espaço é pouco nos cafés das aldeias e era a ruína do negócio. Eu ria. Fiquei a pensar se a percentagem seria a nível nacional ou por aldeia! Fuma-se muito por lá, fuma! Juntando lenha à fogueira, lembrei casos também de televisão, de velhotes de oitenta e noventa e picos anos que fumaram a vida inteira e continuavam rijos e vivinhos da silva.

Suportar. A propósito, um desconhecido, também de fim-de-semana, lembrou um episódio passado com um colaborador seu num restaurante.

Depois de pedir desculpa pela intromissão, passou a interveniente lembrando que no restaurante também estavam duas senhoras que conversavam a plenos pulmões como se estivesse cada uma num canto. Toda a gente já tinha reparado na sua presença. Ao chegar o fim da refeição, o senhor e o colega, puxam cada um de um cigarro. Uma das senhoras ao verificar a situação, vira-se e pede para não fumarem porque as iriam incomodar. Os dois senhores calmamente, olhando um para o outro, pousam os cigarros por acender no cinzeiro, tendo o primeiro e o presente no café, dirigido à senhora, dizendo: “concerteza, minha senhora mas com uma condição – desde que chegámos que as senhoras estiveram este tempo todo a falar como se estivessem sozinhas, incomodando toda a gente. Dai que se as senhoras se calarem, nós não fumamos”.
Espanto e riso tomaram conta do café, gargalhadas a plenos pulmões intoxicados pelo fumo.

A conversa continuou. O autor trapezista do malabarismo com o maço de tabaco continuou a dizer que não pagava o maço. A dona do café adiantou ao meu primo que o outro ía acabar por pagá-lo e não dar conta disso! Mais risos.

E o tabaco tomou conta da aldeia. Até quando?


P.S: neste recanto perto da fronteira, há uma ligação entre duas margens do Rio Côa, que em tempo de Invasão Francesa teve um papel determinante no seu avanço, depois de conquistada. Durante muito tempo e alguns quilómetros, era o único ponto de passagem entre margens – a Ponte de Sequeiros.

Afinal os "Eco-pontos" não são novidade nenhuma!


O mais comum e viajado dos mortais, já terá concerteza verificado que Portugal está repleto de eco-pontos. A melhor e mais interessante maneira de observar e experimentar tal fenómeno, é com uma viagem pelos recantos do nosso jardim à beira-mar plantado, a dois. Sim…a dois e num veículo todo-o-terreno.

Vaguear por estradas de terra batida ao longo de campos e vales verdejantes, com uma boa companhia ao lado. Chegar a um vale, ter um rio onde esfriar as veias e corpo quente. Sair do veículo e respirar o ar puro. Tirar a roupa, abraçar a companheira e juntos entrar na água fresca, arrefecendo os corpos suados da viagem. Encher os pulmões, observar as gotas de água a escorrer pescoço abaixo da companheira, rumo ao estreito superior, e aquele pingo fabuloso que se equilibra tremelicando na ponta do nariz. Não resistir! Avançar, abraçar e beijar os lábios de água doce, beijar o pescoço, morder o lóbulo da orelha soltando ela um grito profundo que ecoa pelo vale…
- Ouviste? – Pergunta ela nos seus braços, olhando o verde.
- Sim – responde – é o eco – torna a beijá-la com mais força e diz: Está no ponto!

domingo, abril 09, 2006

Saber Perdoar é...

...Ao aproximar-se do balcão da recepção de um hotel, um homem, ao virar-se, esbarra o cotovelo no seio de uma linda mulher. Meio sem graça, meio envergonhado, ele diz:"Mil desculpas. Se o seu coração for macio como o seu seio, tenho a certezade que me perdoará."A mulher responde: "E se o seu pirilau for duro como o seu cotovelo, meu apartamento é o 1212."


Assim, sim, é saber perdoar!!!