quinta-feira, março 24, 2011

Atirei o pau ao gato. Só ao gato...?!?!

É uma pergunta que está na mente de muita gente mas que ninguém é capaz de trazer à discussão - o porquê do monopólio do animal?
Quero deixar bem claro que não sou apologista de atirar o que quer que seja a um animal mas na música que cantamos às crianças, só entra o gato mesmo que se cante na versão em que o gato se chama Jafú.
Então e os outros animais? Também não têm direito a entrar numa música em que se lhes atira um pau? Porquê?

Foi esta questão que se me assolou a mente um dia destes quando estava na cozinha a fazer o jantar e levei o Gabriel comigo, na cadeirinha dele para que não ficasse sozinho porque começava a ficar com a birra do sono. Entre um pedacito de bolacha e outro, e enquanto me dividia entre a frigideira e a fritadeira, comecei a cantarolar a música do "atirei o pau ao gato".
Foi apartir da terceira repetição que vi que a coisa não estava a resultar e ele não achava piada nenhuma. Resolvi então sacar da minha mente mais alguns animais; e quem veio "ao barulho" foi uma barata (esta na versão da pisadela), uma lombriga (na versão, paulada na cabeça) e o último foi um dos meus animais preferidos, o suricate (na versão do susto e o animal a fugir).
Cada versão era cantada como todas as canções para ele, com pausas a cada frase e enfâse nas últimas silabas e gestos meus à mistura. Cada pausa arrancava ao Gabriel umas gargalhadas e por conseguinte, a mim também.
Bastaram três repetições de cada versão para que a birra do sono levasse a melhor e a massa quase queimasse (a massa era para o almoço do dia seguinte).
Do "mal", o menos: o Gabriel adormeceu e até consegui salvar alguma da massa (o pouco sabor a queimado dava a certeza de que havia sido cozinhado. Demais mas cozinhado.)

Devem de estar a nascer mais dentes ao Gabe porque ele anda com os dedos na boca, lá bem atrás.
No fim de semana passado fomos ver os lobos, perto de Mafra (Picão). Vimos quatro, mas três deles bem perto de nós e ele ficava a olhar, principalmente para uma fêmea (Faia) que a dada altura, ouvindo os sons que o Gabe dava, o observava enquanto andava de um lado para ao outro.
Foi muito giro ir lá porque foi desta minha 5ª visita que acabámos por dar uma volta completa a um cercado. Consegui ver o Prado, um lobo do qual fui padrinho. Adorei.

O Gabe cada vez mais olha e presta atenção às coisas e nem os botões do elevador escapam. Já fica de pé quase sem apoio e deitá-lo é birra certa. Ficar acordado é que é!
O Gabe é o Maior! É o mais bonito sorriso do mundo!