segunda-feira, dezembro 24, 2007

"Conto" / Sonho (esquisito) de Natal


Madrugada de 24 de dezembro de 2007

04:39
Acordei com vontade de ir à casa de banho. Levantei-me e fui à "sanita de serviço" do prédio que ficava no cubículo (Cena Esquisita Nº1). É de salientar que estou com os meus pais num rés-do-chão e já agora, temos casa de banho em casa. Ao abrir a porta de casa, vejo a minha mãe a sair da "sanita de serviço", cabeça baixa, completamente ensonada. Fiquei espantado porque pensei que eu era o único que soubesse da existência do dito local. Na mesma, não faço a minima ideia porque raio é que me levantei e fui directamente ao cubículo, perdão, "sanita de serviço" onde na realidade é o cubículo! (Cena Esquisita Nº2).
Ao entrar no dito local, comecei a retirar uns painéis que havia em baixo na porta e na parede - poderia ser, de caras, uma cena esquisita nº3 mas não; acontece que eu já sabia o que ía fazer e como o espaço era apertado e sem ventilação, aquilo não era mais do que uma tentativa algo vã (admito), de arejar antes, para o durante.
Preparava-me eu para o serviço quando da porta do outro rés-do-chão, mesmo ali ao lado, sai um tipo que me cumprimenta e começa a falar comigo (esta sim, é a Cena esquisita Nº3). Ora, o tipo já andava a "dar umas voltas" com a vizinha do lado à algum tempo porque o marido dela é camionista e passa alguns dias fora e saía empre pela madrugada para não dar nas vistas (podia ser a cena esquisita nº4 mas como fica muito perto da anterior, é só promovida a Cena Esquisita Nº3.1). O pior é que eu estava mesmo aflitinho para um "serviço de mestre" que iria entupir os respiradores todos do prédio e o tipo não parava de falar comigo, ainda para mais de futebol, assim como se estivessemos acabado de estar a vêr um jogo (Cena Esquisita Nº3.2 - pelas mesmas razões da anterior porque está, esta ainda mais, perto da anterior). O tipo lá foi embora e finalmente eu entro, sento-me e respiro fundo porque não há melhor sensação do que o alívío, nem pensar!
As grades que eu tinha retirado da porta e da parede, davam-me uma visão da porta da rua e das escadas que vinham do 1ºandar. Poderia eu passar por exibicionista mas o que eu queria mesmo era arejar o sitio, só isso (Facto é diferente de Cena Esquisita).
Nem o servicinho havia começado, o meu pai acorda e começa aperguntar "qué que foi isso, pá? Que barulho foi ese, pá? Qué que foi isso?", e eu sentado, mãos na cabeça abanando-a, uma vez que tinha sido eu a fazer o barulho porque as placas que tirei, tal como a porta, eram de metal, daí o barulho. O que eu não sabia, era que o mesmo tinha acontecido enquanto ocorria um assalto (Loucura, né? Mas há mais ainda, prometo!), facto que acabei por dar conta quando a minha mãe surge em pijama, braços à cintura a proteger-se do frio, à porta da "sanita de serviço" e me pergunta - "tu guardas o dinheiro da fossa séptica em casa? Guardas? Olha...ela ficou sem ele!" (Definitivamente Cena Esquisita Nº4, por tudo!). "Ela", era a vizinha de cima.
Acabando de me dizer isto, a minha mãe vai para a entrada do prédio ficando a observar uma qualquer agitação lá fora, da qual eu não ouvia som algum. Imediatamente de seguida, sai uma mulher-que-eu-sabia-que-era-mulher, não-sei-porquê-mas-que-era-apesar-de-ir-de-calças, se-calhar-por-causa-do-cabelo-que-me-fazia-lembrar-alguém-conhecido, do rés-do-chão e fica parada à porta da rua a ver a agitação que eu não ouvia, para não dar nas vistas.
O surgimento desta senhora, impediu a aparição de algo muito mais importante que já me apoquentava a tripa à algum tempo e que o tipo que saiu antes dela, ajudou a prolongar. A minha respiração começou a ficar mais rápida, subindo verticalmente de intensidade quando avisto do meu trono, três pessoas que-não-conheço-de-lado-nenhum-e-que-só-poderiam-ser-os-assaltantes, a descer do 1º andar. Ora, a respiração "na vertical intensa" adicionada a estes três tipos, culminou num grito bem berrado de "eles estão aí, eles vão mesmo aí!"
Pois bem...para além de ter acordado a gata e os meus pais, devo de ter arrancado da hibernação o meu cágado-fêmea, acordado a vizinha do lado e não sei se a de cima também. E pronto, foi isto que se passou na madrugada de véspera de Natal, sem nenhum desatre à mistura uma vez que aproveitei e tratei de me aliviar no local certo, em casa.
Sem mais delongas,
Bom Natal.

Moral da história?
...acho que vou passar a ir à casa de banho antes de me deitar. Para prevenir...
P.S.: ainda estou para perceber porque é que o tipo sai nas calmas da casa da vizinha do lado e sem mais nem menos começa a falar de futebol comigo!!!

Caçadores de Nuvens











Não parou de chover a noite inteira mas para quem pense que já choveu o bastante, engana-se. Há falta de água.

No canal Odisseia, 07H45 da manhã, oiço falar em "armadilhas de nevoeiro" - trata-se da captura de nuvens em redes iguais às que resguardam edificios em obras ou remodelação que parece serrapilheira. Esticam-nas entre dois postes altos no cimo de um monte ou encosta e por baixo colocam em toda a sua largura, um cano de plástico estratégicamente cortado ao comprido pela sua metade, canalizando a água que escorre pela rede para um depósito. Isto passa-se no Chile, numa aldeia pobre onde uma voz de criança diz que "é possivel continuar a viver aqui (aquilo parece um "deserto, penso eu), só é preciso ser um bom "caçador de nuvens".
Quando já se começa a ouvir falar da falta de água potável, ainda se pensa que quando chove durante a noite toda "caramba, nunca mais vem o Sol! Mesmo que faça frio mas a chover é que não..."
Nós que vivemos com todas as mordomias, não gostamos nada de sair da cama quando há frio e muito menos se estiver a chover, temos queixas a toda a hora de "sempre a chover, sempre a chover". Não somos capazes de nos dar-mos por felizes com o que temos que é bem mais do que as pessoas daquela zona do Chile têm; no entanto, estes chilenos têm bem mais do que nós: Gosto, Vontade de (continuar a) viver no local inóspito onde vivem e Engenho para suprimir a falta de água potável que também usam para irrigação. Uma das muitas familias tem num dos depósitos, capacidade para 400 litros de água capturada das nuvens.
Nós por cá, só nos queixamos quando no Verão a albufeira ou barragem para onde costumamos ir, já tem pouca água ou quase nenhuma. E quanto ás energias alternativas, são uma óptima fonte de lucro, caras inacessíveis a muitos e principalmente, não fazem parte da nossa lista de preocupações, a curto ou médio prazo.
Somos nós os "inteligentes - pobres de espírito" contra os "pobres - mas inteligentes" e mais importante ainda... felizes.

quarta-feira, novembro 28, 2007

Leite de rata & outros animais









Que os famosos gostam de se fazer notados já toda a gente sabe. Volta e meia, um ou outro tem um devaneio muitas vezes disparatado, outras com algum, entenda-se algum, “sentido”.
Da boca da ex-de Paul McCartney, veio a sugestão de se passar a consumir… leite de rata. Rata, mamífero de quatro patas, peludo e que anda pelos locais mais repelentes do planeta. Essa rata. E não se fica por aí – sugere a substituição do leite de vaca, também pelo de cadela e gata.

Ora bem, dos três animais sugeridos, estes dois são os de maior conhecimento geral (mais ou menos 10 milhões de portugueses), o que não quer dizer que sejam melhor aceites como substitutos da velha e sempre amiga vaquinha, malhadinha e aqui vai um “múúú” reconhecido para ela.


Mas de disparatada até tem um (qual?) quê de sentido:
- Se conseguirmos tirar da cabeça o facto, repito, o facto de as ratas andarem “saudavelmente” em locais imundos e comerem de tudo; de as cadelas andarem na rua a beber água das sarjetas e de se lamberem (e não estou a falar do pêlo), e umas às outras também; e das gatas, apesar da reputação de animal asseado, se lamber na mesma (e ainda por cima ficam com aquele “ar” de quem achou um odor/sabor fora do normal, boca meia aberta a olhar para o vazio), e por conseguinte sofrerem de doenças em nada relacionadas com a sujidade que comungam…então, diz-nos a lógica de que o leite destes animais, até será capaz de ser nutritivo, saudável (proteínas e essas coisas assim).

No mesmo lado da originalidade da ideia, estará a resposta para o flagelo, praga de ratas (sim, eu sei que em Praga e Amesterdão não são consideradas flagelo e até estão legalizadas, mas não falo dessas), e também nos canis e gatis que sofrem de excesso de população animal.
A reconversão das vacarias para poderem albergar os novos animais, será o próximo passo, juntamente com a adaptação dos instrumentos de extracção do leite. É que as tetas de uma vaca nada têm haver com as de uma gata ou cadela. Para as tetitas de uma rata, já a indústria de miniaturização terá uma palavra a dizer, juntando também a miniaturização de máquinas de cortar cabelo afim de mais facilmente se desbravar os pêlos na rata. Necessários serão igualmente, meios para manter a rata, o mais tranquila e imóvel possível, o que se poderá revelar um problema, sabendo-se que uma rata quieta é uma rata morta. Aos saltos, pelo contrário é uma rata saudável.

A distribuição utilizaria os mesmos meios já existentes havendo, contudo que contar com a adaptação do consumidor ao chegar às prateleiras do supermercado e ver no pacote, o desenho de uma gata, cadela ou rata a olhar para si, radiante:
- “Consuma-me. Magro, Meio-Gordo ou Gordo. Consuma-me.”
“Leite de rata do campo. A pingar até si.”
“Lamba-se todo(a) com leite de gata siamesa. Próprio para gémeos.”
“Siga o seu nariz e verá que não se enganou: Leite Magro de cadela. Que faro apurado, o seu!”
.

Talvez não fosse tão risonho o futuro da distribuição do leite destes animais, uma vez que dada a proliferação de ratas, gatas e cadelas qualquer um poderá extrair e produzir o seu próprio leite, prevendo-se mesmo uma corrida aos canis, gatis e esgotos, esfalfando-se a populaça “bem” para garantir uma boa “reserva” destes animais. Da mesma maneira que para as crianças, as casas terão uma sala dedicada aos animais e os serões passados em família, conversando ou vendo televisão, comentando as notícias ou novelas enquanto se faz a ordenha.

É o novo retrato do serão em família.

(Seria engraçado ver o Jet 7 reunido em tertúlia na Ordenha das Celebridades!)

Há, no entanto uma incógnita na qual, das duas, uma:
- Ou haveria um incremento da produção de fraldas tamanho-família para as vacas que passariam a vaguear pelos prados, vilas e cidades (e quem as iria colocar?!), ou os serviços municipalizados terão (muito) trabalho suplementar para limpar as bostas dos passeios. Convenhamos…é diferente pisar merda de cão, de pisar uma bosta, correndo ainda o risco de deixar lá preso o sapato.
- “Que nojo, imagine-se perder o meu sapato pele de crocodilo!”

É complicado!
Seria a proliferação, qual lojas chinesas de McDonald’s, Burger King’s e afins, acabando com as vaquinhas na rua mas tornando-se a população portuguesa na mais anafada do mundo.
– Rebolamos, mas felizes.

O futuro revela-se, promissor ou não, veremos, mas com uma certeza:
- O Jet 7 continuará a colocar um sorriso amarelo na face do comum dos mortais, emitindo, nós logo de seguida um “Daahh…” enquanto abanamos em negação a cabeça.


P.S.: já agora, só falta alguém do Jet 7 perguntar “Onde é que o crocodilo tem as tetas?”



segunda-feira, novembro 05, 2007

Sinuhe


(...não quero (mas se tiver de ser...))

A. S. Q. P. porque é sempre a M. M. D. D.


O lusco-fusco chega rapidamente.
As pálpebras tremem de tanto peso assim, sem mais nem menos.
O que fica é só isto:

Bate forte, fortemente, como quem não me quer aqui;
Será granizo, será gente?
Granizo não é certamente,
Porque granizo não magoa assim.

Vê-se o escuro em baixo ao fundo.
Uniforme; sem defeitos. Bonito.

Por mais que desespere, os olhos não se habituam à ausência de luz e isso é bom.
Torna impossivel vêr as nódoas negras!
Mas a maior porra...
... é que dói na mesma!

...e mesmo assim...- "só quero um bocadinho."

A.S.Q.P. porque é sempre a M.M.D.D.
(cortesia de S.K.)



(sem comentários, p.f.. Já basta o que tenho na cabeça.)

quarta-feira, outubro 10, 2007

Bora Bora La Meridien Resort


Este foi um dia do caraças, pá!
O almoço no refeitório foi um chilli mal e porcamente confeccionado e como se não bastasse a quantidade brutal de feijão, ficou no estômago uma sensação terrivelmente anormal de peso incómodo que tornou a tarde completamente improdutiva, isto se não contarmos com a anormalidade de sons provenientes da casa de banho do trabalho, capazes de deixar verde de inveja o mais profissional dos músicos.
O caminho para casa foi efectuado com pezinhos de lã, sentindo todas as separações dos carris de ferro da linha do comboio, temendo uma descarga acidental que acabou por acontecer ao descer o último degrau ,com direito ao incomodativo molho. Durante a viagem, cada solavanco havia um músculo que se retesava. Olhar pela janela para me distrair só servia para aumentar o desconforto tal o enjoo que causava. Os nós dos dedos a segurar a pasta estavam brancos. Respondi à pergunta do passageiro do lado se eu me sentia bem, com um "Lindamente, nunca estive melhor" de dentes serrados e sorriso amarelo.
Na cadeira em frente, uma criança acabada de sair da escola, devorava frenéticamente um hamburguer; com os cantos da boca manchados de molho de tomate e reparando no meu olhar incrédulo, fez o gesto simpático de me oferecer "uma dentada", como se costuma dizer. Sacudi a cabeça num "não" de olhos esbugalhados, também ele frenético ao mesmo tempo que sentia a tripa a dilatar (mais um bocado!).
A minha estação chegou e de coração nas mãos e músculos da tripa apertados à décima potência, flutuei em flatulência controlada ao mais infimo gás, até casa por mais 15 minutos de terror, cumprimentando vizinho atrás de vizinho, com a face mais roxa que a de um defunto com 15 dias de congelador.
Nunca ninguém tinha presenciado em plena rua a passagem de alguém com um andar tão decidido, qual modelo de passerelle teso de movimentos, distribuindo "boas tardes" entredentes.
A desgraça aconteceu ao colocar a chave para abrir a porta da rua do prédio onde moro quando um amigo me cumprimentou de fugida com uma valente palmada nas costas, à qual o meu corpo correspondeu com o desfalecer de todos os músculos até então esforçosamente contraidos e um misto de sorriso amarelo e esgar de quem... fez merda!
Safaram-me as botas e as calças de ganga justas.Do mal o menos: Não me sujei da cintura para cima!

terça-feira, setembro 11, 2007

Premeditação Macabra (opinião segundo os factos)


Todo o tratamento, toda a mediatização dada a este caso foi, para mim, premeditada e muito bem engendrada. Note-se a “preocupação” da mãe em contactar a Sky News aquando, se é que foi assim, do desaparecimento.
Quem é o contacto de Kate na estação de televisão?
Que acontecimentos é que esse contacto desencadeou?
Quem são os amigos do casal que estiveram nas férias no Algarve?
O mais lógico, para qualquer ser humano em plenas capacidades mentais é de contactar a policia e possivelmente o Consulado ou Embaixada do país em questão, mas sempre em primeiro lugar as forças policiais. Sempre.
Mais a frio, se possível, verifico ou opino que a investigação da Policia Judiciária foi “empurrada”, direccionada para a questão do rapto e para as pistas que surgiram em vários países. Igualmente foi obrigada a divulgar o retrato robot do presumível raptor quando nunca o verifiquei noutras ocasiões, noutras situações em Portugal.
Não é assim que a nossa policia trabalha!
Todo o mediatismo deste caso provoca-me um sentimento de hipocrisia em relação às crianças e jovens portugueses desaparecidos.
Então e eles, muita gente pergunta!
Repito que todo o mediatismo e a direcção da investigação, terá sido premeditada ao pormenor:
- A "entrada em cena" de figuras públicas, o encontro com o Papa e a ida a Espanha e outras tantas "esquisitices" e coisas fora do normal, completamente fora do alcance (e da ideia) do comum dos mortais. “Soube-se” do envolvimento de um membro do governo britânico! Isto é indicativo das altas esferas onde o casal se movimenta.
O ataque directo às autoridades portuguesas e à investigação em curso, devia de ter tido como resposta a intervenção do nosso governo, de maneira a proteger, se assim posso dizer, as linhas de investigação e a própria Policia Judiciária.
Não aconteceu e a contínua mediatização (premeditada), colocou (e coloca), entraves às linhas de pensamento, raciocínio dos investigadores.
Desde o principio que digo que nada disto é normal.
Desde o facto de deixarem as crianças sozinhas, às muitas informações contraditórias dos movimentos nessa noite do casal e amigos e vizinhos, atitudes completamente despropositadas e estranhas e à atenção dada ao desaparecimento. Logo no inicio achei isso estranho. Juntem-se os vestígios no carro, 25 dias depois e temos a cereja em cima da “salada britânica” (russa ficava mal!).
Algo a acontecer, aconteceu na altura da visita de Kate a casa. Não antes nem depois. Depois, quando muito poderá ter havido o suposto transporte da criança no carro alugado. As nove pessoas, amigos do casal que posteriormente entraram em casa, tiveram tempo de sobra (macabro, isto), para engendrar o desenrolar dos acontecimentos. Sangue frio, elevado à décima potência!
Acredito no Gerry quando diz que o casal nada teve haver com o desaparecimento da Maddie. Terá sido uma ou mais pessoas a tratarem desse facto, “consolando” assim o facto do suposto acidente que “terá” provocado a morte à criança. Ele diz a verdade: fez questão de frisar que “o casal nada teve haver com o desaparecimento” em declaração prestada à saída do avião.
A saída do avião do casal e gémeos, é digna de um alto funcionário de Estado.
Quem são os senhores vestidos de preto, condutores e acompanhantes do casal?
Quem os contratou?
Tenho a certeza de que serão acusados de abandono e negligência em relação às crianças. Isso tem forçosamente de acontecer. Têm de pagar um preço, nada comparável à premeditação e desaparecimento de Maddie. Eles e quem os ajudou. Os testemunhos contraditórios são (acho eu) indiciantes de falsos testemunhos (passo a expressão), e de pura premeditação.

A Policia Judiciária sabe trabalhar e não precisa de quem lhe ensine. A troca de informação e constante “upgrade” de conhecimentos está inerente às funções e investigação.

Em resultado deste caso, é de louvar a associação de crianças desaparecidas criada pelos pais portugueses, mas é (sempre) preciso mais. Mais investigação, investigadores, linhas de investigação porque os portugueses também têm direito. Nada de mediatismo porque assim, assustam-se os prevaricadores. A Policia Judiciária libertará, em devido tempo informações, já com tudo muito bem pensado. Crie-se uma base de dados de pedófilos portugueses e estrangeiros (casos recentes de Norte a Sul do país, não faltam).
A Maddie já pagou. Os desaparecidos portugueses também já pagaram (ou ainda estão a pagar).
Falta encontrá-los e encontrar a Verdade.

terça-feira, setembro 04, 2007

Chuva de Luz (livre)








Ninguém consegue ver as tuas lágrimas quando choras à chuva, na calma fria da noite.
Ninguém!
A Lua chora contigo.

Agonia interior que não consegues manter longe.
Longe de ti; longe dos outros.
- Conseguirei brincar com a loucura?
(Apanhado nas redes de arame farpado do Tempo)

Ninguém consegue ver as lágrimas quando chora à chuva.
Na calma tormentosa da noite fria.
Fecho os olhos e procuro a Luz.
- Jovem, não vale a pena pensares nos anos perdidos. Estes são os melhores anos da tua vida. Anos dourados! Corre!

Corre, corre montanha acima para onde as águias voam livres; corre um estranho numa terra estranha.
Corre...salva a tua vida! Corre!
Só os bons morrem jovens.
Só o Mal vive para sempre.

Faltam 2 minutos para a Meia-noite.
Falta pouco para matar a besta.
Liberta a Sinfonia da Destruição, mata a besta porque o Céu pode (e vai) esperar!
Falta um minuto para a Meia-noite.

Onde as águias voam, és tudo o que quiseres ser. Diferente do vôo de Icaro, voas livre para o que queres ser.
"Estes são os melhores anos da tua vida!"
Vive para voar. Voa para te sentires Vivo.
Espirito em alta.
Besta morta. Corre, corre livre!

Onde as águias dormem, fecho os olhos. Estou em casa.
Livre (tudo o que preciso)!

sábado, setembro 01, 2007

O Vaticano no ar – Parte II



Pois, já começaram as peripécias na recém-criada e inaugurada companhia aérea do Vaticano, organizada pela Obra Romana dos Peregrinos.

Não, não há nenhuma cena explícita (infelizmente!), protagonizada por uma noviça-hospedeira a tropeçar e cair exibindo o rendilhado em ponto-cruz (católico), do fio-dental, nem tão pouco foram as cuecas de gola alta da Madre-Superiora cujo elástico se partiu, escorregando-lhe pelas pernas abaixo, em plena Classe Económica durante a distribuição das marmitas com os almoços.

No vôo Roma – Lourdes, os peregrinos (clientes), viram funcionários no aeroporto confiscarem-lhes os frascos de água benta que traziam. Provavelmente pensaram que por estarem num vôo do Vaticano (abençoado, portanto), as regras anti-terrorismo não lhes seriam aplicadas e acabaram por ficar sem os frascos com quantidade superior a 100 ml. Algumas pessoas traziam mais de um ou dois frascos! Mas lá se conseguiu dar a volta à situação e cada peregrino (cliente), tinha no seu lugar uma garrafinha da água miraculosa à sua espera.
Segundo a notícia, consta que o Santuário de Fátima já faz parte dos destinos de vôo religiosos, sendo preciso para isso alargar o aeródromo de Giesteira para albergar aviões com capacidade para 170 pessoas (peregrinos / clitentes).

Aguardam-se desenvolvimentos da companhia do Vaticano seja a confirmação ou desmentido da inclusão de Fátima (parecia não fazer parte nos primeiros planos da Igreja), ou do reforço dos elásticos na “lingerie” de gola alta das Madres-Superioras.
Em relação às noviças-hospedeiras, nada a corrigir (até ver!!!).

quarta-feira, agosto 29, 2007

Vaticano rumo aos céus


Até me custa a acreditar mas não preciso de ver para crer como S. Tomé ou neste caso, voar para crer; bastou-me ler no jornal Correio da Manhã (28/08/2007):

- O Vaticano inaugurou um serviço aéreo de vôos charter a baixo custo para os peregrinos italianos voarem até locais considerados sagrados pela Igreja Católica. No início, Fátima fica de fora do rol de santuários sagrados que contempla a França, Polónia, Espanha não esquecendo o Médio Oriente.
A companhia aérea já presta serviços para os correios italianos e vai operar com dois aviões pintados com as cores do Vaticano: amarelo e branco. No interior existem toalhetes na cabeceira dos bancos com a inscrição: “Eu busco a Sua imagem, Senhor”.
As expectativas são de 150 mil peregrinos (clientes), no primeiro ano.

O que a noticia não divulga são:
· O preço dos bilhetes;
· Se haverá sorteios nas dioceses, paróquias ou igrejas, de viagens para os paroquianos mais assíduos aos Domingos;
· Se será para quem pagar mais (p.e. como forma de pagar pelos pecados (bilhete 1ª classe = indulgência // bilhete 2ª classe = 10 Padres Nossos e 20 Avés Maria);
· Se haverá 1ª classe, com noviças-hospedeiras a atender as necessidades dos peregrinos e;
· … A haver 2ª classe ou Económica, se serão Madres-Superioras a colocar os peregrinos na linha, perdão…no lugar certo.
O Vaticano no seu melhor. Se com isto acham que atingem mais facilmente o Paraiso...duvido! Que interesses estarão por detrás desta e de outras decisões estapafúrdias (ver texto Vaticano pondera equipa de futebol)? O dinheiro que se gasta desmesuradamente em nome da Cristandade e nada pela ou para a Cristandade é algo de brutal.
Não seria melhor com o dinheiro que se vai gastar (e com o que se já tem!), ajudar os pobres, os sem-abrigo, os desalojados, necessitados pelo mundo fora?
É só uma ideia!

segunda-feira, agosto 27, 2007

Coisas na TV da Vida Animal






Factos & Ficção
Também há sado-masoquismo na vida animal e em caso extremo, toca mesmo o canibalismo. Comer depois de “comer” ou vice-versa.
A vida sexual dos tubarões. E dos golfinhos também.
Contrastando com a dos tubarões, os golfinhos não praticam o canibalismo (o que não os impede contudo de se “comerem”! – tenho pena de quem ainda não percebeu o sentido das aspas. Mas não muita!). O sexo nos golfinhos é uma orgia constante.
Lindo!
O benefício do grupo está acima de tudo. A convivência saudável entre a espécie tem o seu reflexo no ar feliz que demonstram há séculos. Sempre aquele sorriso estúpido de quem acabou de ter um orgasmo nas nuvens. Que bonito que é e quão difícil será mantê-lo debaixo de água! A prática leva à perfeição, dizem. Vivam os golfinhos! Só mordem quando comem (quando se alimentam, para os que ainda não perceberam a diferença entre comer e “comer”. Daah!).

Nos tubarões, o caso muda drásticamente de figura. Não há prazer (suspeita-se). Desconfia-se que (qualquer dos actos de) COMER seja uma resposta a um estímulo como o de tirar macacos do nariz ou coçar a micose, onde ela estiver. Com um ar daqueles, trincam por trincar, literalmente.
Trincam. Mordem inclusivamente a parceira quando esta liberta o odor qual convite à cópula. Abocanham-na até se encontrarem na posição certa para introduzir o esperma e depois saem mais rápido que um coelho. Quase como um coelho só que dentro de água. Mais difícil ainda. Passa-me pela cabeça a imagem de um tubarão de orelhas de coelho e de tufo de pêlo na cauda. Que estupidez!
Mordem tudo. E como o odor do convite ainda paira na água, assim que um sai outros tentam tomar o lugar, mordendo-a até mais não. No que respeita à “tubaroa”, suspeita-se que a libertação do odor convidativo à cópula seja um reflexo dos intestinos qual bufa nos humanos mas com o efeito ao contrário ao do afastamento das massas. A mordedura poderá assemelhar-se ao insulto nos humanos:
- Seu ordinário! (Teve de ser no masculino porque consta que as senhoras não se bufam. Pois. Quem acredita no Pai Natal, quem? Como acham que ele ordenava às renas para puxarem? Era com aquele cruel e desumano chicote, não? Bufa, amigos. Bufa.)

De volta à “tubaroa”, tal incontinência intestinal só pode revelar que é um animal estúpido, uma vez que o faz ciclicamente: BUFA = ser mordida, e passado algum tempo…bufa-se novamente!
E como se não bastasse tanta mordedura ao ser “comida”, leva-a a ser mesmo comida tanto é o sangue perdido e que atrai outros tubarões para o festim. De predadora a presa (burra! (porque se bufou!)).

Conclusão: o tubarão é um Sado-Masoquista – Estúpido – Aquático, cuja fêmea se bufa cíclica e estupidamente. O golfinho é “o prazer entre iguais”, mesmo que isso resulte num Sorriso – Orgásmico – Estúpido – Aquático. Um sorriso de séculos de fazer doer os músculos da face.
Lindo.

domingo, agosto 05, 2007

Momentos Confusos (no fundo; Só)

I only meant to make my emotions clear.
Things aren't quite as they seem inside my domain
A thorn in your side / a child to protect / that claims he's free.
I've already made my bed / like it or not.
These comforts to me / and these crosses to bare
with which (I) we live.
Strong enough to hold you
starved for some affection.
Baby(but) I can't drag you into this mess!

>
Well I feel deep in your heart there are wounds Time can't heal
And I feel / somebody somewhere is trying to breathe
Well you know what I mean
It's a world gone crazy
Keeps Woman in Chains
So Free Her
So Free Her
>
Lock the doors We'll leave the world outside / All I've got to give to you
Are these five words tonight:
Thank you for loving me / For being my eyes / When I couldn't see / For parting my lips / When I couldn't breathe
Thank you for loving me
This Romeo is bleeding
But you can't see his blood
It's nothing but some feelings
That this old dog kicked up
Now your pictures that you left behind / Are just memories of a different life
Some that made us laugh, some that made us cry
What I'd give to run my fingers through your hair / To touch your lips, to hold you near
When you say your prayers, try to understand
I've made mistakes (and hurted you), I'm just a man
If you told me to cry for you / I could
Take a look at my face
Livin’ on a prayer
>
She may be the face I can't forget. The trace of pleasure or regret. May be my treasure, or the price I have to pay.
She may be the song the summer sings. May be the chill the autumn brings. May be a hundred different things, within the measure of a day.
She may be the beauty or the beast. May be the famine or the feast. May turn each day into a heaven or a hell. She may be the mirror of my dreams. The smile reflected in a stream. She may not be what she may seem inside her shell.
She who always seems so happy in a crowd. Who's eyes can be so private and so proud. No one's allowed to see them when they cry. She may be the love that cannot hope to last. That comes indeed from shadows in the past, that I remember till the day I die.
She may be the one I'll care for.
Me, I'll take her laughter and her tears, and make them all my souvenirs.
> All the best, T. (do fundo do coração) <
Cortesia (Cock Robin; Tears For Fears; Bon Jovi; Elvis Costello)

sábado, julho 21, 2007

Anúncios de comida, a Massagem das pedras e Luz que cura


Muitas vezes só de ouvir alguém falar em hambúrguer ou pizza é o suficiente para uma pessoa ser invadida pelo pecado da gula. Água cresce na boca, como numa nascente. Pouco tempo demora a que o desejo seja realizado e vermo-nos parados defronte ao estabelecimento, apreciando a magnifica arquitectura com montras enormes antevendo-se o espaço aberto e aquelas mesas e cadeiras lindas, pintadas da mesma cor que a fachada.
Visão mais bonita não há!
São estes antros (oh, sim) de gulodice que corrompem a nossa juventude e que contribuem para a obesidade infantil e constante aumento nos adultos.
Comida de plástico. Na Suécia, uma lei proíbe o anúncio a alimentos durante qualquer programa infantil ou juvenil. Acho muito bem uma vez que terá de ser desde pequenino que teremos de ter cuidado com a comida.
Mas não são apenas os anúncios de comida a ser proibidos. Um adulto que se dirija a um desses estabelecimentos vai perfeitamente consciente do “menos-bem” que a ingestão de tal alimento lhe irá causar, para além da imensa desilusão ao desembrulhar a comida ou olhar para o prato.
É um facto: a publicidade a comida é um abuso e os prevaricadores deveriam ser admoestados com multas pesadíssimas e obrigados a indemnizar os clientes por danos morais (estomacais).
É gritante – um cliente entra, olha para as fotografias expostas, por vezes do mesmo produto mas de vários ângulos e o resultado final nunca, repito, nunca é igual à fotografia em exposição.
- ‘Tá mal, pois claro!
É imperativo aumentar o número de fiscais da ASAE a circular. Bons, bons mesmo, ainda são os hambúrgueres vendidos à porta das discotecas e bares e depois são precisamente esses a ser multados, logo ali, onde a malta sempre punha alguma coisa no estômago para amainar a turbulência do álcool! - Pois, ‘tá mal, claro!

Para ajudar a combater a obesidade, além de outras maleitas como stress, dores menstruais e musculares, obstipação, angustias, celulite, má circulação, cansaço e depressão, recomenda-se a Massagem com pedras quentes, muito em voga nos tempos que correm. Pedras de basalto lisas, “produto do processo de arrefecimento de lava e trazem uma herança energética de milhões de anos”.
Fantástico!
São dispostas alternadamente, quentes e frias nas costas, mãos e pés para equilíbrio dos chakras. O calor chega às terminações nervosas, descontrai os músculos, atingindo-se o relaxamento total – o estado Alfa.
Prática semelhante era utilizada pelas civilizações ameríndias e egípcias e também na época de Jesus Cristo, embora com objectivos um tanto ou quanto diferentes e resultados também. Por vezes, pedras (podendo ser de basalto ou não, consoante as regiões), lisas ou de arestas angulosas e afiadas, eram fervorosamente atiradas (a quente!), independentemente da zona do corpo, a alvos humanos.
Julgasse que nem todas as pedras seriam atiradas “a quente”, podendo assim deturpar os resultados.
Nos mais afoitos e esguios, era capaz de estimular a circulação sanguínea, músculos, articulações e respiração, isto se o indivíduo em questão fosse capaz de se desviar dos objectos arremessados, pelo menos, até ao momento e local em que a primeira acertasse. Dessa altura em diante, a estimulação cresceria a olhos visto no grupo “atirador”, animando as hostes e provocando até alguns gritos de histeria, libertando emoções reprimidas.

Concerteza que o que não resultaria na cura das mazelas de então, seria a terapia da Luz Natural pela denominada “máquina da alegria”. Será do conhecimento geral que a luz natural é um factor essencial para o equilíbrio do organismo. A dita “máquina” conjuga a fototerapia, cromoterapia, hipertermia e musicoterapia com a acção da luz.
Pois nos tempos que correm, duvido que isso melhorasse o estado físico e psíquico de alguém; de facto, o trabalho em determinados locais já de si “é musica todo o dia”, haja muita ou pouca luz natural e o que é deveras natural é a “hipertermia” que se nos assola interiormente e nos aquece até às pontas dos cabelos ao assistir aos bandos de “cromo(terápico)s”, aves raras às qual nenhum vírus H5N1 se consegue colar.
A única situação que poderá resultar em nós, os sãos, é a fototerapia. Tirar, muito pela sucapa, fotografias aos cromos-residentes, colocar na parede servindo de alvo, com ou sem sistema de pontuação, a tudo o que se possa arremessar. Isso sim, se traduziria na melhoria geral do estado físico e psíquico, impedindo o stress, ansiedade e falta de harmonia do organismo.

Luz que cura? Procure a Luz! Compre o alvo com a sua criatura “preferida” e liberte a tensão que há em si!

segunda-feira, julho 02, 2007

Boas noticias para o sexo feminino (!?)




Os cientistas americanos arranjaram uma maneira de acabar de vez com o flagelo da menstruação.
O medicamento deverá chegar ao mercado europeu dentro de 6 a 12 meses.

Trata-se de um comprimido que deverá ser tomado todos os dias sem interrupções, ao contrário da pílula convencional. Curioso é que deixa-se de tomar a pílula de tempo a tempo e passa-se a tomar um comprimido, sem falhar um único dia. Se por vezes e de acordo com amigas minhas, era “fácil” falhar a hora ou o dia, difícil será “não falhar” um único dia!
No mercado dos comprimidos e pílulas vai haver uma revolução.

Comprimidos e Pílulas.
Qual a diferença? Confesso que isto começou a fazer-me comichões na tola e obriguei o Tico e o Teco a procurar no dicionário a resposta.
  • A Pílula é uma preparação farmacêutica, sólida de forma esférica e destinada a engolir-se inteira; cousa desagradável.

A forma esférica fez-me lembrar um supositório (medicamento sólido de forma cónica para introduzir no ânus), mas logo na parte do engolir notei que estava errado.

  • O Comprimido está definido no dicionário como: apertado, pastilha comprimida.

Confere, portanto.

Assim sendo, dever-se-á tomar todos os dias sem excepção, um comprimido/pílulapreparado farmacêutico sólido, tipo pastilha comprimida para engolir – “arraçado” em parte em supositóriomedicamento sólido (de forma cónica ou esférica, o que é que isso importa?!).

É imperativo não confundir o local da toma (introdução), embora até agora não terem havido quaisquer notícias acerca de efeitos secundários pelo facto de ser introduzido no corpo humano noutro sítio que não a boca.
Talvez por ninguém ainda ter experimentado ou então ter prolongado o período de experimentação e se ter tornado egoísta e não divulgar os resultados!


Chega o Verão e começam as chatices.
Vendo bem, basta a Primavera com uma pontinha de calor para surgirem uns bracinhos e perninhas de fora, pondo tudo em alvoroço.
Por vezes é impossível não olhar. Outras vezes querem mesmo ser observadas e acabamos por fazer exactamente o contrário. Sem voltar a cabeça, viramos tanto os olhos que quase ficamos com dor de olhos!

Uma moça que conheço, apareceu-me à frente com um vestido leve, comprido branco, notando-se (oh, sim!), a cueca boxer também branca. Como se não bastasse, era portadora de um decote maravilhoso.

(suspiro e mais outro suspiro).

Estava linda (apetecível, também).
Quando confrontada com a minha questão acerca de haver ou não algo tipo “saiote” para pôr debaixo da saia branca, sorriu maliciosamente.
Malandra! – Pensei eu, mas sem duvida uma Malandra Bonita.
(Apetecível. Hum…)

Verdade seja dita: é difícil para a malta se conter quando vê um decote mais ousado ou umas pernas bem torneadas e não há colete-de-forças que valha.
A malta já anda uma boa parte do ano num semi – colete-de-forças.
Explicando: “semi” porque apesar de se gozar de alguma liberdade de movimentos, há que ter em conta a decência e o respeito (não somos nenhuns porcos, caramba!).
É um colete um pouco mais largo que o habitual (Só não dá para soltar os braços o suficiente para apalpar alguém! Chatice!).

O Verão é lindo!
Tenho a sensação de que irei ver mais vezes aquela moça!

Um beijo, Tuala.

quinta-feira, junho 14, 2007

1 8 7 e já não me chateias mais!


Através de um episódio da série C.S.I. Las Vegas, comecei a pensar quanto tempo levará até que um adolescente “se passe da carola” e der um tiro a alguém que o chateie vezes sem conta?

Numa altura em que se lê nos jornais acerca das “idas ao poste” e de praxes mais que parvas e sem nexo, efectuadas aos caloiros, lembro-me dos meus tempos de escola.
Sempre houve e de certo que sempre haverá abusadores e abusados, “caçadores” e “presas”, os populares e os coitados.
Muito se diz da “verdade das crianças” mas também é capaz de ser uma verdade cruel.
Da minha parte posso dizer que foram mais os momentos agradáveis que os momentos maus; não era perseguido por ninguém, apesar de usar óculos desde a primária. O problema é que sofri de Hiperhidrose desde tenra idade, o que não me facilitava nada na escolinha e fazia com que ouvisse muitas vezes “a verdade cruel das crianças” – Olha as mãos dele! ; Tens sempre as mãos molhadas! - Não era mentira nenhuma. Era mesmo assim. Mas quando não se sabe ou não se tem idade ainda para ter a percepção das coisas, é mesmo assim.
No entanto, o caso muda de figura à medida que crescemos, tanto de corpo como de mentalidade; bem… pelo menos para alguns, claro!
A vida de estudante é chata: aulas, ter de estudar e nenhum tempo para distracções, notas, a não ser… – …aquele ser vivo que ali vai, mal vestido (já nem se usam aquelas roupas!), e óculos “fundo de garrafa”. Eh! Eh! Eh! Vou-me divertir um pouco!
Eu nem tenho razões de queixa; aparte das mãos suadas, até passava despercebido, ficava no meu canto, na boa. Aquilo até funcionava a meu favor: perguntavam porquê, eu mostrava e o assunto morria ali. Esquisito demais para se preocuparem. Na boa.
Não sei como seria se tivesse ido para a Faculdade ou Universidade com a história das praxes aos caloiros. Podiam acontecer mil e nenhuma coisa: é o reino do Não Sei O Que Aconteceria. Podia-me calhar um tipo mal-encarado, cheio de vontade de me atirar contra um poste ou rapar-me os pelos púbicos. Caramba… até podia ser que calhasse uma madrinha toda boa e me quisesse rapar os pelos púbicos. Baril!
Mas a questão é séria, existe bem perto de nós e por mais que o que se passe nos outros países seja “”, não é assim tão longe nem descabido quanto isso. As praxes existem e não vão desaparecer e tão pouco os “cabeça oca” que se acham os maiores e gozam com os outros. Há praxes engraçadas de fazer sem denegrir ninguém e isso será concerteza o mais fácil de mudar. Difícil mesmo, será alterar a mentalidade bruta de quem gosta e tem prazer em fazer mal.
Como lidar com os mandões que se divertem antes e depois das aulas e nos intervalos? Uma hipótese é os sistemas de vigilância. Outra é uma série de actividades capazes de satisfazer / entreter todas as mentes e corpos, levando-os a criar e fazer coisas e não a destruir nada nem ninguém. Tudo é discutível: a ideia de ter alguém a vigiar pode não agradar a muita gente e ainda para mais o modo como seria efectuado iria ser algo de dispendioso. E meios não há.
Como impedir que o abusado procure vingança que a sua mente se transforme e o faça tomar uma atitude igual ou pior que o que lhe era infligido?
Temos a tendência a nos defender quando atacados. E a atacar por vezes sem olhar a meios.

A bem do ensino e da sanidade mental dos alunos.
A mentalidade na Escola, em que o único estrondo que se oiça é o dos livros a fechar todos ao mesmo tempo logo após o toque de saída.

Pim, Pam, Pum, cada bala mata um…
P.S.: 187 é o código da policia americana para Murder, Death, Kill (Assassinio, Morte, Matar).

sábado, maio 05, 2007

Ponto de vista


É uma questão de perspectiva, apenas.

Há quem diga que tem saudades do tempo de antigamente e que parece que ainda há pouco tempo tinha quinze anos, antes fazia mais, agora nem um terço! Os tempos são outros, a sociedade está em constante evolução e como seria de esperar, o que passou já não volta atrás.
- “…agora, nem um terço!” – O mesmo seria dizer que não faz “um cú”. Um terço é pouco, daí “um cú” é também pouco.

Mas não é bem assim. Não senhor. É necessário escalpelizar esta situação, afim de evitar futuros dissabores.

Há diferenças lógicas entre um terço e a vulgarizada expressão – “um cú” quando aplicadas na mesma frase. Utilizar uma destas expressões tem inerente uma ínfima porção da totalidade. Queremos acentuar o quão difícil será fazer algo, quando em comparação com outra coisa ou época. Contudo, é necessária uma cuidada procura da expressão correcta a utilizar, com o perigo de não nos fazermos entender da melhor maneira.
As diferenças entre estas duas expressões saltam à vista e felizmente não tem cheiro como outra expressão vulgarizada poderia ter: “a merda é a mesma, o cheiro é que é diferente!”.
Portanto, dizer “um terço”, não é o mesmo que dizer “um cú”. Vendo bem as coisas com frontalidade (ou pela parte detrás), ao dizer “um cú”, falamos da totalidade de algo – o cú é um todo e não uma parte. Utilizando na mesma frase as duas expressões, obriga a corrigir a parte do cú, explicando a qual dos terços nos estamos a referir – nádega da esquerda ou da direita, não esquecendo, obrigatoriamente o orifício anal.
No entanto, é mais usual e até recomendável utilizar a expressão “um terço”, uma vez que seria talvez um pouco constrangedor dizer numa frase:
“Antes fazia mais e agora nem uma nádega esquerda!”

Se o objectivo é tornarmo-nos o centro das atenções é este o caminho a seguir!

Passamos à parte em que aprofundamos uma situação, um assunto, e aqui a parte do “terço” a utilizar é logicamente o “segundo terço”.
Vejamos: contando que o ”primeiro terço” será o da parte esquerda e o “terceiro terço”, o da parte direita, para aprofundar um assunto só há uma hipótese – ir directo ao “segundo terço”, o orifício anal.
A profundidade até à qual se pretende abordar a questão fica a cargo de cada um, tendo sempre em conta que não há muita margem de manobra, uma vez que só há um caminho a seguir – para a frente. Voltar atrás, será apenas e exclusivamente o necessário para acentuar um ponto de vista, verificar a reacção de quem nos ouve, para de seguida atacar novamente o busílis da questão.
O cú merece toda a atenção.

Portanto, mesmo que os tempos sejam outros que haja algum saudosismo do que era melhor antes e agora… nem por isso (!), existe uma constante entre o Passado e o Presente (e garantidamente também no Futuro):
- É preciso fazer mais que “um cú”, para que tudo não seja como antes. As nádegas também merecem e só assim se atacam os três terços do problema.

domingo, abril 15, 2007

Coisas de padres italianos (noticia do 24Horas 14/04/07)
















Diz um padre famoso em Itália:

- “Quando se vive no pecado, há sempre risco de cair na possessão demoníaca.”
Daí, para quem se revelar homossexual, incorre num pecado grave, imoral e contrário às leis da natureza. O que acontece neste momento em Itália é um aconselhamento da parte de padres católicos, aos pais de crianças homossexuais, a levar os seus filhos a serem exorcizados.
Vivem no pecado.

Do que os senhores de batina não se lembram é de que o pecado, como eles dizem, toma várias formas, desde o princípio dos tempos, e o que é pecado para uns, não o será para outros.
Todos pecamos ou pecámos, mais ou menos, todos os dias ou todos os meses, seja o que for. Comemos demais e não devíamos, mentimos e dizemos asneiras e não devíamos.

Quem atira pedras, não tem telhados de vidro.
Ou terá?

É estúpido, triste, embaraçoso até, saber-se que aos apregoadores dos bons costumes têm práticas com meninos de tenra idade “por detrás da sacristia”, e pela frente ao altar, falam aos fiéis e fazem com a mesma mão que antes tocou onde não devia, o sinal da bênção. Disse “meninos de tenra idade”, mas poderia ser senhora adulta. O que é que isso importa para quem defende a moral e os bons costumes e os pobres e até praticar o celibato?

Ser um exemplo. Não ter nada a apontar.

Chegámos ao ponto de até os padres aplicarem a máxima de “faz o que eu digo, não faças o que eu faço”, que a plebe muitas vezes pratica.

O Vaticano distingue Actos de Tendências: o Acto é considerado pecado e nunca poderá ser aprovado; à Tendência, dever-se-à evitar a descriminação e sim ter respeito e delicadeza.
Concerteza de que estes senhores de batina não se lembram das Tendências que os levaram a praticar Actos como o de queimar na fogueira quem ía contra à ideologia e o de venderem (literalmente), o perdão dos pecados através das.
A Inquisição até era uma coisa boa! (ironia, por favor!)

O que é pecado é esconderem-se por detrás da capa (actos e tendências puras), de um Homem Bom que foi Jesus Cristo e não seguirem de acordo os seus ensinamentos.
Somos como somos.
A plebe também peca mas não se tem como “santa” ou “intocável”.
A plebe tenta e pratica o bem, por vês quando e como pode. Todos nós, nos protegemos e a quem gostamos.
Mas sabemos que não somos nenhuns “santos”.
Tão pouco seremos demónios ou possuídos por tal.

A vergonha está à vista de todos.
Santos e moucos…conheço uns poucos!


sábado, março 24, 2007

Atreve-te !


Atreve-te!

...as coisas nem sempre são como queremos.


















Para que se tenha (mais) uma ideia, as coisas nem sempre são como queremos.

No meu périplo habitual pelos E-mail’s, deparo-me todos os dias com aqueles E-mail’s de “caca”, lixo do “lixo” de quem os envia. Acontece a toda a gente; não pedimos nada e recebemos tudo, desde informações de concertos de rock cristão (a ideia de frades e freiras aos saltos no palco e a “rasgar” acordes numa guitarra eléctrica, até era capaz de tornar o serão numa animação!), preços bem atractivos do célebre comprimido azul (na compra de três caixas, oferecemos uma com potência acrescida!), a sites pornográficos (com promoções, pouco importa – porno é porno (…hum…. OK!Continuemos.)).

Na maior parte das vezes o que faço é assinalar os E-mail’s como “Junk Mail” e não me preocupo mais com isso. Mas desta vez, fiz algo que vem sempre assinalado no fim duma mensagem: “Se não estiver mais interessado em receber a nossa Newsletter, por favor clique aqui.” Surgiu um quadro a lamentar – que chatice!, o facto e a pedir, se eu não me importasse, de indicar uma razão. Pois concerteza que o fiz: coloquei o cursor na caixa de texto e de uma forma eloquente, escrevi – “Apenas isto: porque não!”, e cliquei no local respectivo. Mais explicações para quê?
Mais uma página que abriu a informar-me do que acabei de fazer, com um remate final interessante – “… e brevemente irá receber a confirmação por correio electrónico.” Ainda não era desta!
O correio electrónico chegou:
- “É a despedida da nossa Newsletter, temos pena de o ver partir. Acabou de se retirar da nossa lista de assinantes. Este será o último E-mail que receberá da nossa parte.” (mais uma vez… que chatice, pensei eu!). “Será adicionado à nossa Lista Negra e o nosso sistema irá recusar qualquer envio para o seu endereço” (boa, é precisamente o que eu quero!) “… Sem que seja através de intervenção manual do nosso administrador.”
… Com esta fiquei “Alto, estátua! Não mexe mais!” Afinal, ainda não estava livre daqueles tipos! Estava dependente da sobriedade do “administrador” ou outro responsável qualquer.

Se o tipo chegasse ao local de trabalho, cabelo de vendaval, camisa de fralda para fora, gravata à banda com um sapato na mão e o outro calçado, todo mijado pelas pernas abaixo, boca de lado e língua de fora, e lhe desse uma “coisinha má” na cabeça e conseguisse, através de ameaços aos restantes colegas de os violar todos a sangue frio, chegar ao computador principal e tirar o meu endereço electrónico da Lista Negra e começar a enviar E-mail’s a torto e a direito, juntamente com fotocópias do traseiro ainda humificado de urina.
Se fosse para os outros endereços, menos-mal. Só me restava uma coisa: aguardar e não abrir nenhum E-mail daquele remetente.

Mas isto é tudo um negócio; quem me garante que não são as próprias empresas que vendem os produtos informáticos que supostamente nos protegem de invasões de traseiros húmidos, vulgo E-mail’s não pretendidos, a enviar estes abusos, penetrando no íntimo do nosso Computador Pessoal?
É os Vírus e os Antivírus. O Spam e o Spyware.

Eles “andem aí”!

quarta-feira, março 21, 2007

O Mau é Mau !




O Mau está aqui.

Pavor do Mau!
Medo do Mau!
Receio o Mau!
O Mau obriga.


O Mau faz.

Faz Mal.
O olhar é Mau.
O gesto é Mau.
Quando fala é Mau.
É Mau e vive.
Vive para o Mal.

O Mau é mau!
O Mau irrita!
O Mau é desconfortável.
Mau!

quinta-feira, março 01, 2007

…era uma vez um estábulo.




Como todas as histórias…


…era uma vez um estábulo.

Era um estábulo muito grande e fazia parte de uma quinta igualmente grande que se chamava Quinta da Piedade. O nome talvez fosse o apelido da família proprietária, mas adequava-se mesmo bem àquela quinta, porque lá os animais viviam até ao fim dos seus dias.
Para quem olhasse de longe, não era uma quinta como as outras. Não se produzia nada que se visse, não havia criação de animais sequer para venda, nem tão pouco abate. No entanto, o corrupio animalesco era grande, entrando de tempos a tempos novos animais, não necessariamente diferentes dos que já lá estavam em aspecto ou porte mas apenas novas aquisições. Adicionavam-se espaços para melhor os acomodar e pronto… lá ficavam eles. Passavam os dias em conjunto.
A integração não era difícil. Todos eram bem aceites pelos residentes. Faziam a sua vidinha em conjunto. Não haviam tarefas atribuídas. Estavam ali, mais nada. Que bom.
Está bem… talvez não seria só assim! De toda a criação, haviam uns mais velhos que outros. Sempre que algum outro animal se saia com uma tirada, assim um tanto ou quanto “à selvagem”, era aconselhado a refrear os ânimos e posto de castigo no cimo do monte mais distante, aos coices no ar, de costas para o estábulo. O castigo seria adequado ao animal em questão, caso não fosse apetrechado de cascos, por exemplo. Convenhamos que seria difícil pôr uma avestruz aos coices no ar, não possuindo cascos, mas a ideia tinha adaptações humilhantes, como por exemplo pôr uma avestruz aos coices no ar e a zurrar. Humilhante sim, pois para quem não saiba uma avestruz não zurra.
Os mais velhos aplicavam os castigos, não necessariamente aos mais novos, como a outros da mesma categoria. A idade é um posto e “mai nada”, mas nem para todos! Eram eles que acolhiam os recém chegados, atribuíam os espaços e quem os iria acompanhar para sempre ou apenas durante um determinado período de tempo. Daí, não ser normal a quem olhasse de longe, ver uma pata brava, a acompanhar uma rata do campo ou uma vaca leiteira lado a lado com um ganso fêmea, passeando na erva verde e rasa. Pelo contrário, um cavalo em correria louca na planície com uma égua, nada teria de estranho.
Mas a vida corria. E roçava por vezes a loucura divertida. Por vezes a balbúrdia ouvia-se à distância, sons transportados pelo vento através dos montes e vales. Cada um ria-se e brincava com as estapafurdices do outro. Era rir até espalhar a baba pelo chão e chorar a rir quando o burro velho passava, pisava e escorregava, caindo de cu a deslizar como um pião.
Um rio de baba tem esse efeito! Faz rir ainda mais a malta.
O dia começava cedo, típico da vida numa quinta. Mal o Sol raiava, o galo cantava. O pessoal abria uma pálpebra de cada vez, espreguiçava-se e dirigia-se ao bebedouro para lavar o focinho, bico, penas, pelo, bigodes e cascos, conforme o animal. Posteriormente, deslocavam-se ao lago Maior afim de lavar ao pormenor as partes. Higiene acima de tudo. Até para os porcos; estes tentavam disfarçar o cheiro natural, esfregando ervas daninhas nos sovacos, só que a maior parte das vezes saia-lhes o tiro pela cu… perdão (engasgo!) … pela culatra, uma vez que os cães já lá haviam urinado antes.
Cães danados! É a vida!
Após a limpeza e já nos seus postos, recebiam a visita do costume da porca de serviço. Há sempre uma em qualquer lugar. O resto do dia era passado na conversa, séria ou na galhofa. Jogos de cartas também havia, fosse sozinho ou com mais pessoas. Na cave por detrás do estábulo, decorriam os jogos mais a sério: póquer e roleta. Ninguém gostava de jogar com o furão; o fuinha portava-se como um… fuinha. Sempre que tinha oportunidade, fazia batota e quem não estivesse com atenção, perdia e tinha de lá deixar a pele. Difícil, talvez mas fica a ideia.
Quando a galhofa parava, imperava a inépcia e o ócio. Ficava tudo a ver as moscas a esvoaçar, mais ao pé de uns que de outros. O cheiro, talvez! Por vezes surgiam as “fofocas”; inevitável. As galinhas então… do piorio! Minavam tudo, com todos.
- Alguém reparou no barulho que os coelhos fizeram ontem? Caramba… já não bastava durante o dia, de manhã à noite! Agora é também da noite até de manhã. Devem de andar a comer daquela erva marada, lá do pasto norte!
Alguns concordavam, enquanto outros olhavam para o lado e sem dar nas vistas, tossiam e assobiavam fingindo distracção. As patas ajudavam à festa, dizendo que estava na altura de se fazer alguma coisa. Desta feita o problema não era os coelhos, mas as ratas do campo.
- Aquelas, como se já não chegasse o delas, ainda fazem mais buracos por todo o lado. No outro dia pus lá uma pata!
Logo de seguida, ouve-se uma voz fininha e rouca, da rata:
- E quem mandou tapar assim o meu buraco sem pedir licença? O buraco é meu!
Os presentes olharam ao mesmo tempo para a rata e de seguida para a pata, esperando a resposta.
- Um dia eu ponho lá é outra coisa! – Responde com um ar muito zangado, a pata.
- Aah, sua porca! – Exclama a rata, de boca aberta.
- Posso saber… óinc, óinc… porque é que me estão a meter na conversa… óinc?
– Pergunta a porca, ao que respondem em uníssono – Cala-te, animal que tu tens um passado triste! Xô… passa!
O resultado foi uma pequena discussão animalesca sobre o direito da rata em ter o buraco aberto onde quisesse, da pata em pôr ou não lá a pata ou outra coisa qualquer, mesmo sem pedir licença, uma vez que era isso mesmo que a rata fazia – andava sempre com o buraco aberto sem mais quê, e o direito da porca em cheirar assim, qualquer que fosse o seu passado, alegre ou triste, ninguém tinha nada haver com isso – é seu e de mais ninguém, mas que afinal não seria bem assim, porque quem cheira assim tão a urina de cão, não é bom da tola – Será que não dão conta, caramba? Aquilo nem é transpiração… é urina de cão!
Ao longe os cães espreitavam – Porra, fomos descobertos! Temos de encontrar outro lugar para urinar.
- E que tal se for atrás do estábulo?
- Atrás do estábulo está um monte, criatura…! Depois vai tudo a escorrer lá para dentro e é pior, não?!
- Qual quê? Junto à parede é o lugar das galinhas e onde comem o milho. He! He! He!

- Ainda vão pôr ovos amarelos… Aí na pá…! Ficam logo ovos para a Páscoa! – E desatam a rir que nem uns doidos, deitados no chão a espernear e a uivar.

É mais ou menos assim, a vida no estábulo. Uns dão-se bem, outros nem tanto. Mas falam todos uns com os outros.
À hora de almoço é outra rebaldaria com todos a conversar ao mesmo tempo. Nem o facto de, quando o tempo está solarengo, fazerem todos um piquenique no prado em frente ao estábulo. Não dá para ser na parte de trás porque urinam lá os cães e é inclinado e não dá jeito. Trocam comida entre si, menos com a porca e a rata, e irritam-se quando os coelhos começam no “truca-truca”, ainda antes sequer de abrirem a marmita.
- Oh pá… Qué qué isso?! Olhem a comida…! Arranjem um quarto…! – Gritam em coro.
Cada um fica ao pé dos acompanhantes e todos estes juntos numa roda-viva, na conversa.

A tarde é passada como a manhã. Com mais ou menos movimento pelo ervado; a instrução dos mais novos segue o seu ritmo, enquanto os outros fazem o que têm a fazer – falam e enxotam as moscas. Por vezes, recebem a visita surpresa da Sr.ª Dona Piedade, que de surpresa não tem nada porque o garnizé está sempre de pescoço ao alto à espreita e avisa logo. Conta, para isso com a colaboração dos ratos lá da casa que em troca de comida, passavam informações. Ratos danados!
A visita resume-se a passear pelo estábulo e pelas imediações, cumprimentando todos e verificando as instalações; tinha tudo de estar num brinco! Tal tornava-se difícil na parte das porcas. Na parte dos galináceos, estranhou o facto dos ovos saírem amarelos – Pintos chineses? Deve de andar aí um intruso na Quinta! Mas pelo menos há ovos para a Páscoa! – Os cães riam que nem uns doidos. Volta e meia, ao passear lá fora, pôs o pé num buraco da rata, caiu e ficou toda suja. – Maldição! - Por esta altura, riam todos às escondidas, menos a porca e algumas galinhas que corriam a acudir.

Pela tarde fora, lembravam a visita e riam novamente que nem uns doidos. A normalidade regressava ao estábulo quando o garnizé avisava população de que a Sr.ª Dona Piedade regressava à casa.
Como é linda a vida no campo.

P.S.: Garnizé é um galo pequeno.

terça-feira, fevereiro 20, 2007

A 2 - Reanimento.



Desejo pequenos pormenores,
Gota a gota.

Mil palavras de silêncio.
Tudo por Amor.
Para Amar.

Memorias esquecidas,
Nunca lembradas, a dois.

Não me esqueço de viver,
Porque sou assim.

Amar com mil palavras de silêncio no coração.
Reanimar
Sentimento

Sonhar (sempre) mais um dia,
Num lugar encantado.
Ter a sorte grande
De sentir o sopro do coração,
Perdidamente, louco por Amor.

Menos um dia.

Ela, a...



…cada vez mais aqui,


Já (quase) me perco.
Adormecido no lado errado da noite,
No lado só.
Cada vez mais aqui,
Longe do fogo da noite,
Num cenário vazio.

Já te perdias!

Cada vez mais aqui,
Só casca.

Dá-me ar!
Sangue!

Na luz na noite,
Apareceste.
Pálidos olhos azuis,
Não mais no lado errado,
Dão-me prendas.

O passageiro entrou.

sábado, fevereiro 10, 2007

Cabelos em queda (livre)






É um fenómeno normal e perder entre 50 e 100 fios por dia não é preocupante, mas mantenha-se atento: mais do que isso e é melhor ir ao médico.


Quantos de nós já entraram numa casa de banho pública, em casa de amigos ou no trabalho e repararam na presença de resquícios de fios? Quase toda a gente, claro.
Grandes ou pequenos, encaracolados ou esticados, em pé ou deitados (… que disparate!),...no rebordo ou lá dentro, mesmo.
É terrível. Então se conhecermos a pessoa que antes utilizou as instalações… (arrepio)


Dependendo da altura do ano, pode estar sem brilho, fraco e desvitalizado independentemente do volume do tufo. Também poderá ser considerado normal, dado o local onde se encontra!
Mudanças de estação, medicamentos, hereditariedade, pós-parto, stress ou problemas dermatológicos (como a dermatite seborreica).
Ao apresentar uma queda (livre), acentuada, irá reflectir-se na auto-estima.

- Alimentação saudável, rica e equilibrada com vitaminas e minerais, ajuda a um tufo bonito;

- Champôs e loções, lavando em dias alternados (caso seja muito oleoso), massajando junto da raiz. Se gostar dele comprido, utilize amaciador nas pontas evitando que fique iriçado. Não use o secador. Basta a toalha;

- Para os mais “à frente”, pintar pode enfraquecer um tufo que se pretende forte e bonito;

- Para melhorar a oxigenação dos tecidos, pratique actividade física.

É preciso pôr fim à perda do Tufo, ser amigo e adepto do Tufo bonito.
Pelo fim dos vestígios de tufo nos sanitários.
Ser saudável é ter um Tufo saudável.

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Momentos a 2


Fogo e Ar

Arde e vê-se.
Um é o que o Outro precisa.
É, sem ser mais que isso.

É com o Prazer dos Sentidos,
Sentindo sensações sensoriais,
E na pele também.

O calor no contacto,
O calor do contacto.
Falar sem dizer,
Dizer com o olhar.

Bater mais depressa.
Tremer dos pés à cabeça.
Aceitar o Ser.

Prazer a Arder.
Respirar suspiros fundos,
Arritmias ritmadas
Sentidas.

Tocar e receber agrados,
Carinhos e demais.
Sem afectação.
Sem pudor.

Querer ter,
Estar,
Ser e poder.
É, porque é assim.

Confiar.

Momento a 1



Devia de ter morto logo no início.
Não devia de ter esperado tanto tempo,
Mas era difícil não sentir,
Deitar fora o que estava dentro…
… A doer.

A dor é grande e dói-me tudo.
Gritos de dor,
Dentro de mim.

Devia de ter arrancado tudo logo no início.
Coração, veias e artérias.
A pele que tu tocaste.

A dor é grande e dói-me tudo.
Odeio a dor, odeio-te
Dentro de mim.
És dor.

Devia de ter morto logo no início,
A dor que sentia.

Devia de ter arrancado tudo logo no início.
Coração, veias e artérias.
A pele que tu tocaste.
Devia…

É dor que dói e vê-se.
Vê-se o Vazio.
E o Vazio, dói.

Devia de ter arrancado tudo logo no início.
Coração, veias e artérias.
A pele que tu tocaste.
Devia…

... mas quem disse?


Mas há sensação melhor do que o Alivio?
Nem pensar nisso!

Qual orgasmo, qual euro milhões, qual totoloto, Joker, lotaria, qual ser pai, mãe, avô ou avó, qual conseguir tirar a carta de condução de mota ou ligeiros, qual quê, pá!

Então há melhor sensação do que conseguir aliviar a bexiga, muitas vezes mesmo no último micro segundo, pinga voando, tipo jacto de pressão? Alguma vez?!
O corpo fica dormente de tanto aguentar. Os pelos eriçam-se. Fazem-se expressões faciais de agonia e a cor grená vómito preenche aos poucos o rosto. Cruzam-se as pernas e rangem-se os dentes.
Pensamentos lindos e cor-de-rosa, são forçados a percorrer a mente, montes e vales, arco-íris grandes, crianças brincando com balões, saltando… saltando, não que a bexiga não aguenta!
- Criancinhas lindas, por favor… não saltem… andem, andem! Uma casa de banho! O meu Reino por uma casa de banho!

- “Ó martírio! Ó inclemência! Estará, porventura periclitante a vida do nosso menino?

Desapertar as calças em agonia, torna-se um martírio. Mãos e braços tremem, os dedos não conseguem segurar o fecho ou botões e quem não tem unhas… pior! Dói, sentir a carne a entalar-se na unha cortada rente. Os dedos escapam do fecho que encrava. A bexiga envia um sinal ao cérebro em forma de dor extremamente aguda. Morde-se o lábio inferior e as mãos tremem ainda mais. Puxam-se as calças para baixo, à força bruta, cuecas e tudo, rasgões na pele das coxas, tipo “dois-em-um” e depois … cada um sabe de si – quem quiser senta-se e faz mais qualquer coisita!

Ignora-se o perfume característico do local e expira-se uma sensação de liberdade, com um sorriso estúpido na cara ao mesmo tempo que os pelos na nuca repousam, enquanto outros se afastam com as nalgas quando a bufa da praxe sai sem pedir licença e ignorando quem quer que esteja do outro lado da porta.
(som abafado, prolongado: pfffffffff!)
Quem estiver sentado, desfalece de cotovelos apoiados nas pernas.
Quem estiver de pé, encosta a mão à parede. Ou as duas, se estiver com apontaria.
Loucura!
Imagens de montes e vales verdes, nuvens no céu e arco-íris, crianças a correr atrás de balões coloridos, passam, agora lentamente pela mente.
- Corram, criancinhas… corram! Saltem à vontade… cuidado com as pedras, vá… saltem, saltem!
… (suspiro prolongado)
- Haaa…! Sabe tão bem! Exxpectááculo…
Naquele momento, nem um terramoto nos tira dali. Nem que chovam canivetes – caso se esteja ao ar livre, por detrás de uma moita! Nada! Nada! A não ser que surja um pote de ouro à nossa frente… aí mexemo-nos para o apanhar, antes que apareça um duende estúpido vestido de verde, a agitar os braços no ar e a gritar:
- Ai o meu pote! Ai o meu pote! Larga, porco!

- Diz que é pouco, diz! Já uma pessoa não pode fazer uma necessidade nem apanhar o pote de ouro! Palerma! Ainda levas com um bocado na testa… Desanda, puto!

Serviço acabado.
As funções e acções corporais retornam ao normal. Nalgas e pelos do cú, incluídos.
E sem vestígios na roupa interior, o que é “mai lindo!
Melhor sensação do que esta…?
Nem pensar nisso!

quinta-feira, janeiro 25, 2007

Cenas de um Estudo de Mercado


À porta do prédio, encarei com um rapaz que ia a sair. Afinal enganei-me. Vinha, era à procura das pessoas, com um papel na mão contendo os nomes dos sete galardoados com o privilégio de comparecer num Estudo de Mercado. – Uau… Melga! – Pensei que o rapazito fosse sair do prédio, e fiz um compasso de espera haver se o moço saia ou não.
Ficaram duas figurinhas, uma segurando na porta aberta e a outra especada à espera. Fixei o olhar, como quem pergunta com alguma impaciência – Ou sais…ou seguras a portita, e me deixas entrar! Isso é que não é nada, puto! - Durou uns segunditos, só. Perguntou-me se eu ia para o Estudo de Mercado – Sim, vou. – Respondi, parado, ali ao frio. O puto nem sequer me convidou para entrar. “Esxxxtúpido!”
- E o nome, é… – Eu disse o nome, assinalou numa folhita pequena e indicou-me os elevadores. Pediu-me, encarecidamente para quando saísse do elevador, fechar as portas de correr porque senão o elevador ficava preso. – Concerteza. Tudo bem! - Subi uns degrauzitos e o primeiro elevador tinha as luzes dos dois botões ligadas. Bastou uns segundos para “ver a coisa”. – Portanto, a luzinha acesa no 5º… o elevador está lá em cima! A luz de chamada acesa… porta aberta.
- Pois!
O moço deve de ter reparado que, por poucos segundos fiquei parado à porta do elevador, e disse que havia outro – … o de serviço, a seguir àquela porta, ali. – E que deveria de ter a mesma atenção com as portas de correr. “Pois, concerteza. Se nem quem entrou antes o fez… Mas fica a intenção. Bonito!”
Passei pela outra porta e para meu espanto, vi que as mesmas luzes estavam acesas, o que só podia indicar uma coisa. ‘Tá bem…duas – “O ascensor aquietou-se pelo 5º andar; e qual terá sido a besta que não fechou as portitas de correr. Ai se eu a vejo!” – Fiquei, mais uns segundos que da outra vez, junto às portas, olhando de soslaio as escadas, que me fazia aumentar ainda mais a dor que sentia no joelho, intensificada pelo frio da rua. – Hum…! Lá terá de ser.

No fim da escalada pela escada de serviço, tive a prova do crime ao verificar, antes dos três últimos degraus, uma luz branca que vinha da porta do elevador. Completamente aberta, escancarada. Faltava a besta.

Toquei à campainha, recebeu-me uma senhora baixinha, de mais ou menos metro e meio, toda sorridente. – Olá, boa noite…entre, entre…hihihi! – Segui o gnomo risonho até à sala, onde ainda estavam só três pessoas: um Marreco Cabeçudo Sorridente, uma Caixa D’óculos Intelectual – (hum…Gira!) –, E um Anafado Bolachudo e com ar de frete. Tinha encontrado a “besta “. – “Provavelmente saíste, tu e o teu grande cú, e qual porta qual quê!”.

A mesa, branca e comprida, estava bem composta: uma garrafa de água, um pacote de Ice-Tea, copos e três pratinhos com bolachas de água e sal, waffers e mini-donuts de “chiculate”. – Baril!
Sentei-me e…silêncio!
O Anafado Bolachudo mexia no telemóvel, todo refastelado na cadeira com ar de frete. Houve conversa de circunstância com a Inteligente dos Óculos e o Marreco Sorridente, daquelas conversas mesmo…de circunstância. Só faltava (!), que as pessoas se apresentassem – Olá, o meu nome é “X”, e faço isto ou aquilo. – “Já agora (frete)! O gnomo sorridente ainda entrou na sala umas duas vezes, para depois vir a moderadora dizer que se tinha de esperar um pouco pelas outras pessoas. Olhei para as cadeiras, vendo que seriam mais quatro alminhas que estavam para chegar.
Demorou, mais ou menos uns 15 minutos para as outras pessoas chegarem; a primeira foi uma rapariga, sorridente, de olhos esbugalhados, fanhosa, deu um “bôa nôîte” com sotaque açoriano. Quando a ouvi, esbugalhei (eu) os olhos e pensei – “Fanhosa e açoriana! Quais seriam as probabilidades das duas coisas se juntarem, numa pessoa só?” – E sorri, a olhar para o chão.
Outro chegou e pouco depois, também a pessoa que faltava. Ele, matarroano, distraído e fanhoso (outro, mas este do continente), também sorridente; a outra, uma rapariga, aspirante a Jet-Set, loura com ar sério, e tagarela que se fartava. Ela e o Anafado fariam uma boa dupla.

Já os estou a imaginar, ao estilo Super-Herói: roupa justa, coladinha ao corpito, um “S” grande no peito de cada um, lado a lado numa pose para a fotografia, só se vendo os olhinhos.

E tal e coiso… Começou a reunião.
O que nós achávamos disto, o que cada um achava daquilo, que tal esta frase, como poríamos a frase, etc. Era engraçado ver o que cada um achava. Para mim, estava quase tudo bem, dêem-me que eu aceito. Até as bolachinhas nos pratinhos! Tinha que despachar-me, senão o Fanhoso (o do continente, do arquipélago era “uma” fanhosa), comia-las todinhas! Queria eram as bolachinhas.
E o tipo comia…!

Cada um dava a sua opinião. Para o Anafado Bolachudo e para o Marreco, era tudo “frete” – É isso assim mesmo, mais nada! – Dizia o primeiro, para depois o corcunda rematar – É, pois claro. De outra maneira, é muito! E seríamos nós a dar o dinheiro? – Acentuando as palavras. Queriam despachar aquilo, “mai nada”.
(Risos)
Conversa, discussão, barulho, braços no ar a pedir a palavra.
A Fanhosa Açoriana salientava a importância disto e daquilo, com uma certeza gritante difícil de entender, ao qual o nervoso também não ajudava, notando-se no discurso, tipo as linhas a tracejado das estradas – Êh…Ê, pôrquê… Ê aquela coisa… Ê cômê… Só pôde ser assîm!
A mim estava tudo bem. O pior, era quando se chegava ao fim das possibilidades e tinha de escolher “só” uma. Mas, está bem! Só dava era vontade de rir.
A intelectual dos óculos queria eram as viagens. Se havia viagem, ao estrangeiro, claro está, então ‘tá bem!
(Mais risos)
A Aspirante ao Jet-Set, falava duma maneira mui eloquente, bem faladeira, com palavras caras, tombando a cabeça e o cabelo, note-se, acompanhado com um movimento da mão, como se estivesse a escorrer a água depois do banho. Ora para um lado, ora para o outro.
A dada altura, no meio de uma conversa bem barulhenta, e depois do gnomo ter entrado para renovar o stock de guloseimas, a moderadora pergunta ao Fanhoso Distraído que foi mesmo, mas mesmo apanhado em flagrante delito: completamente “noutro universo”, trincando vagarosamente uma bolachinha, de dentadinha em dentadinha, mirando o vazio, quando ouviu o seu nome e a pergunta – O que é que acha? -, Deu um salto, virando-se na direcção da moderadora e, soltando migalhas para fora da boca, algumas dependuradas nos lábios finos, e disse – … do quê?
Não resisti, e em fracções de segundo, soltei (pelo menos, eu), acompanhado pelo resto da assistência, uma gargalhada, bem puxada e sonora, que durou mais que uns segundos.

Era giro.

Foi giro.

Uns queriam que aquilo acabasse depressa (foram duas horas e picos), outras queriam algo com viagens, os fanhosos soltavam perdigotos ao falar, e ela então, bem precisava de um tradutor (!!!). Eu… “’tasse beeem!”
Ataquei as bolachinhas, e logo de seguida o resto da malta, o que levou a uma nova entrada em cena do nosso gnomo de estimação. E a festança continua.

Acabou, chegou ao fim, todos receberam a prendinha…


… Fim.