segunda-feira, outubro 01, 2012

GABRIEL.


GABRIEL.
 
É o bater do meu coração,
Um alvéolo do meu pulmão.
O ar que inspiro e expiro
Dia a dia, com sentido
Para aprender e fazer
O melhor que consiga.
É o sangue que me corre nas veias,
Pela casa e na rua atrás da bola.
É o leite e a papa que come
E que me enche o corpo de Alegria e Felicidade.
E Entusiasmo.
Para lhe Dar mais,
E mais... e mais e mais.
E no fim que não será mais do que
O Princípio de mais qualquer coisa,
O Carinho e o Abraço, o Sorriso e o
Riso.
É Filho.
Sou Pai.

Coisas, cenas de menino tramado. Loucura!





E as birras acontecem e era bom que fosse tal como as pessoas desejam para o parto - "Que seja uma hora pequena.", mas não.
Nop.
Népias.
Nada disso.
Agora, quase por tudo e por nada faz aquele som de choro/birra ao mesmo tempo que passeia pela casa de braços caídos ao longo do corpo. Nem posso mudar de canal; se tiro "os bonecos" para ver outra coisa, faz-se logo ouvir alto e bom som num lamento interminável:
- "Os bonecos...os bonecos...quero ver os bonecos!"
Já fez as necessidades no bacio mas nem sempre "avisa" e quando o faz já a coisa aconteceu; e a mudança da fralda continua com brincadeira pegada.
O Gabriel está um "tretas"...caramba...! Assim do estilo dizer coisas para que eu pare de lhe chatear com cócegas e brincadeiras; pede água, diz que está ali o gato ou que foi o gato, etc. Numa destas mudanças de fralda, coloquei-o no fraldário, antes havia tirado da mão um biberon pequeno com sumo e ao deitá-lo começámos na paródia e ele logo na treta, a dizer que o gato estava ali e tal. Eu dizia-lhe que não, o gato não estava ali e ele começava a rir. Pediu sumo:
- Sumo...
- Não temos sumo. Não há. Só aguardente. Queres?
- Não (sempre a rir).
- E vinho... queres um copito?
- (sem parar de rir) ... não.
- e depois mostrei-lhe "O Dedo", o terrivel dedo que ataca fazendo cócegas e trás os amigos, os outros dedos que deambulam pelo corpito de bebé, qual bicho carpinteiro:
- ...e um dedo - disse eu colocando o dedo bem lá no alto para ele ver bem, girando-o - ...e este dedo aqui que... - nem acabei a frase. Imediatamente ele mexeu o braço e apontou "desesperadamente" para o sumo - Sumo!... sumo!
Este apelo "desesperado" quase dizendo - "O Dedo, não...por favor, O Dedo, não!", arrancou-me uma gargalhada bem grande.
E dei-lhe o sumo (e claro que mudei a fralda também!).
 
É daquelas coisas - pode vir o malandro do alemão tirar-me a possibilidade de me lembrar disto mas garanto que ficará cá bem gravado na memória.
 
Gabe, The Babe 4Ever