segunda-feira, dezembro 26, 2011

Surpresa no banhito! (Ah, pois é...!)

Nem mais... demorou um ano e sete meses mas havia de acontecer!
Cheguei a casa com o Gabe já a pensar em dar-lhe o banho e enquanto ele brincasse na banheira, eu desfazia a minha barba; ambos no quentinho da casa de banho com o aquecedor ligado, rádio ligado para ouvirmos umas musicas, ou seja tudo controlado.
Tudo? Tudo menos aquilo que um bebé não controla!
A dada altura, estava eu com a minha barba metade desfeita quando reparei que ele estava com a perna esquerda no rebordo da banheira dele e eu pensei que estava a olhar para o pé porque antes eu havida estado a cortar-lhe as unhitas e por isso não liguei. Só que ele continuava assim e reparei também que ele estava a mexer em algo e pensei que fosse nas suas partes privadas até que o vi rebolar algo entre os dedos. E era castanho.
- Mas que raio é aquilo?! - e ele continuava a rebolar nos deditos e eu - ...castanho...?! - e só depois é que eu atingi a cena - Castanho... bolinhas... castanho... perna alçada... castanho... curiosidade... castanho...Aahh não, Gabriel...por favor não Gabriel - e ele olhava para mim impávido e sereno - O que foi? Isto apareceu aqui...!
Tudo isto, enquanto eu pousava a lâmina da barba, limpava o creme das mãos e me dirigia a ele. Peguei-o e coloquei-o em pé na banheira grande - ...segura, filho...segura - como lhe digo sempre para ele se aperceber que o vou largar e tem de se equilibrar, e ficou a ver-me despejar um bocado da água na banheira e o resto... com os restos (!?) na sanita, lavar a banheira dele e depois enchê-la de água quentinha. Dei-lhe banho novamente e deixei-o a brincar mais um pouco na água enquanto eu acabava a minha barba. Ele já havia feito o serviço e não haveria mais perigo (esperava eu e ainda bem que foi isso que aconteceu).
E pronto... é verdade sim senhor: "aquilo" flutua e os bebés acham engraçado rolar entre os dedos quando estão no banho.
Ganda cena, meu!
Ser Pai é fixe!

segunda-feira, dezembro 19, 2011

Eu quéu dumíí...

Pode parecer verdade mas é tudo treta!
Esta é a figurinha depois de levantar a cabeça e olhar para mim porque até lá, fica de barriga para baixo ou de rabo empinado, cabeça virada para o lado contrário de onde eu estou sem se mexer. Quando o chamo não me liga nenhuma e só se mexe quando eu "chamo" os bichinhos carpinteiros (os meus dedos), e eles caminham pelo corpito dele, dos pés até ao pescoço; é a altura da brincadeira matinal como eu havia falado antes.
Mas no Sábado de manhã houve a surpresa das surpresas!
Já eu estava acordado mas ainda no quentinho da cama, apenas à espera que o Gabe acordasse para lhe dar o leite e ver-lhe a fralda quando de repente começámos a ouvir uns passitos pequenitos e apressados e olhando um para o outro nos perguntámos se seria mesmo o nosso "Happy Feet" (chamamos ao Gabriel quando ele começa a dançar e a mexer os pézitos não saindo do mesmo sitio):
- ...é o Gabriel?!?! - e era mesmo.
Saiu da cama, entrou no outro quarto e dançou...perdão, saltitou até chegar ao pé de mim e brindou-me com um sorriso enorme e um - Olááá...! - mesmo ao pé do meu ouvido.
Foi uma loucura!
Vez algo pela primeira vez que ele faça é um espectáculo. Já na Sexta-feira ao jantar ele disse "água" da maneira mais perfeitinha que poderia ser falada e repetiu mais duas vezes.
- Ganda Gabe!
Durante a tarde de Sábado, no sonito da tarde ele repetiu a façanha e veio ter comigo à sala. No Domingo de manhã foi a "não há duas sem três"! Veio ter comigo à cama, subiu e deitou a cabecita na almofada mas não foi para dormir; queria galhofa. E lá teve de ser! Brincadeira aqui vamos nós!
Hoje, Segunda-feira já fui eu que o acordei e lá tive de chamar os bichinhos carpinteiros para o ajudar a levantar e foi quando tirei a fotografia de cima. A de baixo foi no Sábado de tarde quando ele descobriu uma nova aplicação para a parte de cima de um recipiente de peças de lego grandes e a pôs na cabeça andando pela casa fora ao mesmo tempo que falava com aquilo posto.
Gabriel Astronauta?
Veremos mas o céu é (será?) o limite!?
Mas que tem pinta, tem!
- Mundo...cuida-te! Gabriel is in the house!!

terça-feira, dezembro 06, 2011

Um Ano e Sete meses de Gabriel

...e continua a contar!
É um espectáculo de menino; perspicaz até à medula, nada lhe escapa e tudo quer imitar e levar na mão só que como tem as mãos (ainda) pequeninas quando pega em mais uma coisa, outra lhe cai e "chora a birra" - "...buááá...eu quero mas isto não pára de cair...buááá...!" - e lá vamos nós - "Pronto...está tudo bem...ninguém te fez mal...espera um pouco...", e quando resulta ele esperar, é bom mas é coisa rara.
Na rua continua um descarado e algumas vezes surpreende as pessoas com um "Olá...!", ou com um acenar de olá ou adeus. Noutras ocasiões é só com o olhar de anzol que já fazia antes - "Sim, estou a olhar para ti e não largo!".
Já está um menino crescido; já deixou o berço e tem cama própria, de pessoa grande que quando nela deitado ainda deixa espaço suficiente para os gatos e ainda sobra. Se colocasse um anúncio era capaz de dar um guito extra:
- Aluga-se, espaço em cama para dormida de bebé até 2 anos, com direito a leite e muda de fralda antes do sono, durante a noite se acordar e antes da saida, o mais tardar pelas 07H45m. O leite / papa é a cargo dos progenitores.
Havia de ser bonito se acordassem durante a noite, o berreiro que seria e se calhar com arranhadelas à mistura por causa dos gatos. Mas nada que betadine não ajudasse e já nem se fala do guito! Mas passando à frente, o Gabe já tem cama e até ajudou na montagem que como é lógico, demorou (bem) mais do que o previsto; assim que me viu e à mãe com uma chave ou aparafusadoura na mão, não queria outra coisa e lá teve de ser. Para evitar (mais) berreiro, lá ajudou. Engraçado foi num momento em que eu dei com o calcanhar com força numa peça da cama para que encaixasse, ele foi imitar só que do lado errado - eu dei para encaixar e ele para desencaixar! - ...o que foi?! O pai também fez!!! Outro momento foi quando eu lhe disse a uma coisa que sim e ele respondeu que não, e estivemos nisto mais umas cinco repetições com a mãe a olhar para um e para o outro, tipo ping-pong e já no fim, estando eu com uma vontade enorme de rir, deixei escapar um riso enquanto dizia que sim e ele também riu sem desarmar, dizendo que não. Teimosia, pois então!
O quarto está diferente. Só o que a cama ocupa, mudou visualmente o espaço mas o meio do quarto é todo dele. E também o resto da casa, pois os brinquedos são espalhados como se de um terreno agrícola se tratasse; é o FarmVille dele - "Vamos semear...siga, tu para ali e este para acoli...".
Na consulta do ano e meio, subiu todos os percentis, peso (11.340Kg), bem de saúde fora uma constipação normal para a estação do ano.
Na semana passada quando fui ao quarto de manhã para o acordar, chamei-o como sempre faço:- Menino...! - e recebi logo um - Chiu...! - seguido de um sorriso malandro que consegui ver mesmo estando ele de barriga para baixo e cabeça de lado.
- Chiu...?! O que é isso, hein? - e comecei a caminhar com os dedos nas costas dele enquanto ele ria,
- Chiu o quê, menino?!
E ao acordar/levantar segui o curso normal das manhãs com um bocadinho de brincadeira à mistura. Há quase sempre tempo para uma brincadeira enquanto se muda a fralda matinal e se veste os collants por causa do frio e a camisola e os sapatos.
É Gabriel menino. Bebé grande lindo.

sexta-feira, setembro 16, 2011

É gritante!


A apetência do Gabriel para aquilo onde não deve mexer é gritante. Literal. De gritos mesmo:
- Nãããooo... NÃO MEXE! - uma afirmação plena de surpresa seguida de outra, desta feita num tom mais suave - Não mexe, lindo, sim? Assim. - e coloco a mão como que para lhe dizer que é assim e mais nada - Prontos... Obrigado, obrigado... - e junto palminhas com um sorriso para ele ver que assim, sim. E ficamos por uns instantes a bater palminhas todos contentes; até eu virar costas e ele ir lá novamente.
Já o devo de ter dito noutras ocasiões mas nunca disse tantas vezes "Não!" em toda a minha vida e aproveitando que (ainda) estou com plenas capacidades mentais, digo que estou mentalizado que o vou fazer mais umas "milhentas" vezes. Sou pai. É lindo!
Vai tudo! Esta criaturinha linda presta atenção a tudo. Tudo! E depois imita, pois então mas dando sempre um toque pessoal. E a "culpa" é sempre nossa porque deixamos e/ou temos sempre as coisas à mão, perdão...às mãozinhas de semear; ou são os telemóveis (pega e coloca junto da orelha e fala pelos cotovelosna lingua dele), os comandos das televisões (onde carrega em tudo o que é botão e se tivermos a olhar para a televisão somos surpreendidos com algo completamente diferente), o piaçaba (pega e passeia pela casa a abaná-lo porque deve de ser giro e mais não digo!), a caixa dos gatos (porque os vê entrar e sair e deve de haver algo "muito giro" ali), a água dos gatos (porque é água e ter as mãos molhadas é engraçado), o comer dos gatos (porque são coisas pequeninas e ele pega e dá-me na mão com um decidido "Tom... tom..."), as gavetas e armários da cozinha (aponta para os tachos, junta as mãos como que para escolher o que tirar mas não vai a tempo felizmente), as gavetas do quarto dele e das mesinhas de cabeceira (que ele abre, tira as coisas e quando descobrimos nos dá para as mãos com um "Tom... tom...", mais inocente do mundo, vira as costas e vai buscar mais, isto se não nos apressarmos a fechar a gaveta e repetir a ladainha e as palminhas), nas gavetas dele, tira a roupa, descobrimos e dá-nos a roupa para arrumar. À dias, foi buscar uma caixa de comprimidos minha, saiu do quarto en trou na casa de banho, levantou a tampa da sanita e... exacto... tuka lá para dentro! Será que ele quereria dizer-me alguma coisa? Que já não irei precisar deles? Bem... não deve de ser bem assim porque por essa ordem de ideias quando ontem pegou no corta unhas da gaveta onde estava e foi todo lampeiro à casa de banho, levantou o tampo e o pôs lá dentro, às tantas quereria dizer-me que já não preciso mais de cortar as unhas?!?! Pois... também acho que não. Isto apesar de na altura em que o fez e perante a minha surpresa, passar por mim sem dar cavaco, de mão no ar, do estilo "Deixa lá estar aquilo...vá!".
Desde uns tempos atrás que quando toma banho, pega na esponja dele e começa a lavar a banheira e azulejos; é água por todo o lado e acho que é capaz de compensar mais levá-lo para uma piscina e dar-lhe lá banho; é mais água mas não será preciso limpar depois.
Volta e meia, ele surpreende quando é repreendido. Depois de um enérgico "NÃO!", olha e começa numa conversa calma e movimento de braços quase dizendo "mas não estou a fazer nada de mal!".
Adora botões! Já ligou e desligou a box, ligou a PlayStation, a XBox e a máquina de lavar roupa. Faz força, abre o congelador do combinado e a porta da máquina de lavar e como abre de repente, fica sentado no chão a olhar para o lado, assim - "Oohh... que paxou?"
Resumindo e concluindo? Ele vê fazer e quer imitar. Não há casa à prova de bebés e literalmente é preciso criar um novo emprego - Emplastro de Bebés. Andar sempre atrás deles, brincar com eles para assim não se meterem em encrencas.
(cansa comó camandro!) Mas sou pai. É lindo!

terça-feira, agosto 30, 2011

As fotos que pedi do Pego do Fundo (Tavira)

...com a minha Tia Gena.
...a hora da papa.
... uma coisa daquelas em casa era giro!
... mas sem aquela gente toda.
... ainda desciamos (atrás de nós vêem-se as minhas primas Mariana e Andreia).
... o caminho para lá era longo mas a mim não me custou nada!
... Pego do Fundo, afinal é assim que se chama!
... e gostei muito e depois viemos embora no Domingo depois do almoço, ainda o tempo estava esquisito. O meu papito decidiu porque viu que eu já estava com algum sonito e assim adormecia no carro, tal como aconteceu à ida para lá. Ele diz que ía aprender durante a viagem e talvez por isso é que na volta, parámos duas vezes em vez de uma; também não viemos muito depressa. Das duas vezes mudou-me a fralda (é tão bom!), e deu-me papita mas da segunda vez eu já estava outra vez com o rabito dormente e se calhar por isso é que ficámos mais um bocado de tempo parados a passear e vi um cão com uma senhora. Sei como o cão faz e pelo caminho o meu papito imitava o som e eu também e do gato também e riamos muito. Ele fazia isso para eu não chorar por estar farto de estar sempre na mesma posição mas foi giro e quando dei por isso, estavamos a chegar a casa.
Entrei e disse "olá" aos gatos Patitas e Mysha (Tomulto & Anarquia, como o meu papito costuma dizer... hihihihi...).
Gostei muito da viagem e do fim de semana. Parece que o meu papito já está a pensar na próxima viagem mas ainda não me disse nada mas já sei que vai ser giro.

A minha primeira viagem ao Algarve - a praia.

...e pronto!... já posso dizer (quando vocês perceberem o que eu falo) que já estive numa praia no Algarve, toma lá!
O meu pai já me tinha dito isso durante a viagem que a gente depois ia para a praia com os Tios Gena e Zé mas nem me lembrei disso porque quando ele me levou para a cama, estava tão cansado das correrías das minhas primas Andreia e Mariana a andarem atrás de mim que, pura e simplesmente (como o meu pai costuma dizer e acho que é importante!), adormeci passado pouco tempo.
Quando acordei, ainda brinquei um bocado na cama com o meu pai e ele disse-me que eu a dormir parecia uma agulha de uma bússula maluca, a rodar em todas as direcções. Não sei o que isso queria dizer mas fez-me rir porque ele disse aquilo duma maneira engraçada ao mesmo tempo que me fazia cócegas e dava beijinhos no pescoço. Rimos durante um bocado.
Tomámos o pequeno almoço e passado pouco tempo os meus tios desceram e fomos para a praia. O meu pai levou o carro dele porque achou que depois se fizesse muito calor, nós vinhamos embora enquanto os tios e primas ficavam na praia; parece que o sol muito quente não é bom para mim!
A praia era gira.
Corri de um lado para o outro na areia molhada porque sabia bem nos pés e não importa em que direcção corria, tinha sempre ou um dos meus tios ao pé de mim ou o meu papito (chama-se Fernando, Nando para os amigos... chhhiiiuuuu....!).
A água estava mesmo boa, não tão fria como em Carcavelos ou na Parede porque ouvi dizer que era por causa do Mediterrâneo (parece ser um tipo fixe, para a água ser boa e quentinha...!). Se o tivesse visto tinha-lhe dito "obrigado" mas não o vi. Talvez para a próxima. Aquilo estava mesmo giro e eu adorei correr para a água, cair na água, escrever o meu nome na areia (Gabe, mas só para os amigos e para quem gosta de mim. O meu pai diz-me que há muita gente que gosta de mim e que alguns ainda eu não conheci e ainda não me viram mas que gostam de mim na mesma e ele diz que isso é Muito Bom, com letra grande para dar mais ênfase; não sei o que isso é mas deve de ser coisa boa. Como eu - Coisa Boa (hihihihi...) ...Chhiiiuuuuu....!), e também brinquei na areia com o meu Tio Zé.
Quando estava a brincar com a minha Tia Gena, houve uma senhora que ofereceu uma fralda daquelas para os miudos pequenos como eu, para estarem na praia porque ela viu que a minha era normal e já estava muito cheia de água do mar. Para mim não me importa o que tenha por baixo porque se me apetecer, faço na mesma - é tão bom! Não sei porque todas as pessoas também não fazem assim...!
Passado pouco tempo, veio um vento forte e o meu papito até teve de correr para apanhar um dos nossos chapéus de sol que saiu do chão o que lhe provocou algumas dores no joelho; parece que o joelho doi-lhe à alguns anos mas eu não percebo porquê porque ele anda sempre a brincar comigo, atrás de mim em casa, às escondidas, a agarrar-me e a fazer de mim como um avião ou o Super-Gabe, como ele diz mas de vez em quando brincamos na sala ou no meu quarto e ele fica sentado e eu ao pé dele. E depois começou a chover, logo.
Tivemos de pegar nas coisas todas e vir embora e também muitas pessoas fizeram o mesmo. Não percebi porque viemos embora se fomos para a praia para ir para a água mas parece que não é a mesma coisa, ouvi dizer. Fomos para casa e tomei banho com o meu papito para tirar o sal.
Ficámos os dois na banheira, tirou-me os calções/fralda novos que a senhora me deu (são giros e têm bonecos) mas o meu papito ficou com os dele; sentei-me entre as pernas dele e brincámos um bocadito com a água e ele depois chamou a minha tia para que me pusesse na toalha e secasse e o meu papito (chama-se Fernando acho que já disse), pudesse tomar o banho dele. Não gostei lá muito porque queria estar com ele, no mesmo sitio dele e não pude e chorei um pouquinho. Não gozem... também não é para rir! Eu gosto de estar com os meus tios e primas, fazem-me bem e gosto de rir com eles mas também gosto de estar onde ele está. Prontos.
Mas depois ele apareceu.
Ainda dormi um bacadito mas ainda consegui ouvir que de tarde iamos até ao fundo do pego mas acho que percebi mal o nome; parece que ía ser giro ver aquilo.
Depois peço ao meu pai para pôr umas fotografias do sitio.
foto Pego do Fundo (Tavira)

Altura; Algarve (ainda não chovia)

O meu nome é Gabe (só para os amigos...chhiuu...)
Papito, acho que engoli um peixe...!!! ... 'tá um bocadito salgado!

Altura; Algarve

Tubarão Gabito à procura da presa...
Nhaac... Nhaac... Nhaac... onde 'tá o peixe...
P.S.: Este espécime não tem barbatana dorsal utilizando em vez disso, fralda(!)

Altura; Algarve

Para a água, aqui vou eu!
Óia p'a mim, Papito...óia!

terça-feira, agosto 23, 2011

A minha primeira viagem ao Algarve


No fim de semana passado fiz a minha primeira viagem grande. Nada de entrar no carro e ir para a casa da Tia Lena ou passear por aqui ou por ali, pelo parque no Monsanto, Dolce Vita, Belém... nada disso. Fui com o meu pai ao Algarve; fui ter com a minha Tia Gena, o meu Tio Zé e as minhas primas Andreia e Mariana (que fazia anos no Sábado).
O meu pai estava indeciso em ir porque fica sempre um pouco ansioso antes de uma viagem e ao que parece, tem sido sempre assim, desde que começou a passar férias com os amigos. Mas nada de mais: decidiu à última e de manhã preparou o resto das coisas ainda eu dormia o meu sonito. Preparou as minhas roupas, as minhas fraldas e a minha comidita, para além da roupa dele, claro (coitado).
Levou-me à Tia Lena onde fiquei e foi-me buscar quando saiu do trabalho e fomos directos. Eu já tinha comida na Tia Lena, tal como o meu pai havia pedido para que depois eu adormecesse no carro. Ainda tentei ficar de olho aberto ao que se passava porque estava a achar o caminho para casa muito longo mas depressa a Joana Pestana veio e levou-me para a Nuvem nº 9.
O meu pai contou-me quando acordei que eu adormeci antes de entrarmos na ponte, no trânsito e que a viagem correu bem, calmamente e muitos carros passaram por nós e até a policia mandou parar um, no sentido contrário - devia de ir a andar bem depressa porque se calhar estava aflito e queria chegar rapido à estação de serviço mais próxima; eu não tenho esses problemas - faço e pronto!
Acordei pouco antes de chegar a Beja (quando acordei o meu pai enviou-me um bêjo, não sei se era pelo sitio onde estávamos a passar mas quero que era mesmo para mim e por mim), e disse-me que estava muito calor, estava a ser a viagem toda assim; o tempo nebulado e naquele momento 34.5º de temperatura.
Olha... e eu não calculava? Já estava farto de estar sempre na mesma posição e a fome já andava a rondar mas não me manifestei logo; antes disso ainda estive na conversa com o meu pai mas acho que era mais do estilo eu dizia alhos e ele bugalhos. Ele por vezes não compreende o que digo, sei que me responde e faz os possíveis, o coitado, e eu respondo na mesma porque acaba por ser giro conversar assim. Eu gosto dele. E ele gosta de mim. Faz com cada careta quando me muda a fralda... não sei porquê! Acabo por me rir, claro!
Quando acordei já estava escuro mas o calor continuava e depois da conversa, já mais lá para a frente, comecei a sentir fome e fiz questão de o dizer (de fazer vêr - nota do redactor), ao que o meu pai dizia que era só mais um pouquito para que a gente pudesse parar num sitio seguro e não à beira da estrada. Parámos num sitio chamado de Azinhal, do outro lado da estrada em frente a um café onde uns senhores estavam sentados numas cadeiras, do lado de fora, por causa do calor. Eu também me sei sentar sozinho numa cadeira; é giro!
O meu pai preparou o comer e antes de começar, abriu as portas do carro para ver se nós sentiamos algum ventito, mas era pouco. Comi a minha papa e um bocado de leite, fomos ao café porque o meu pai não podia fazer como eu faço (não usa fralda não sei porquê! Dá tanto jeito...!), e fomos ao café e ele bebeu um café e pediu uma garrafa de água de litro e meio fresca. Eu queria agarrar na garrafa e beber mas ele não me deixou porque me disse que estava muito fria para mim e que a minha água estava no carro. Prontos... 'tá bem!
O resto da viagem foi um bocado às curvas, tal como ele me disse, mas com as janelas quase todas abertas não foi assim tão chato; e depois sempre conversávamos mais um pouco e ele fazia umas caretas e sons esquisitos que me faziam rir. E a ele também. Às vezes é mais ele a rir do que eu mas depressa o apanho!
O calor continuava e eu já estava mesmo farto de estar na mesma posição, apesar de ele me dizer que já não faltava muito mais e que o problema era o calor que nós sentiamos que nos fazia ficar assim, mais chateados (ele disse saturados mas não sei o que quer dizer por isso fica chateado porque era como eu já estava - chateado e com o rabito dormente!). Mas realmente não demorou muito mais; o telemóvel dele tocou no momento em que ele virava o carro para o estacionar em frente à casa dos meus Tios. Ele desligou porque não valia a pena atender e fez sinal com a luzes para a porta.
A minha Tia Gena apareceu e a seguir o resto das pessoas. Aquilo era um bocadinho estranho para mim e por isso não saí de ao pé do meu pai, abraçado à perna dele mas logo quis um colito - é mais fácil ver as coisas de cima! Arrumámos as coisas e o meu pai foi comer alguma coisa porque ainda não tinha jantado, só eu mas assim que o vi comer também quis e ele foi-me dando de garfo a comida. Comi e corri pela sala, olhando para as minhas primas e tio, rindo e esbracejando. Sentia-me contente e feliz - estava a comer, já não tinha tanto calor e o rabito já não estava dormente.
Depois fomos para a camita.

quinta-feira, julho 28, 2011

Anda por aí mais dentito?


Pois concerteza que sim! (deve de ser!!!).
Ontem, quando fui buscar o Gabe, a TiaLena disse-me que ele teve febre à tarde e andou rabugento e vomitou a sopa e um pouco de água que bebeu pouco depois. Fui logo com ele ao hospital para saber o que se passava.
Estas coisas para mim são do estilo "aprender no momento"; ainda para mais porque ele esteve sempre animado, mesmo durante o atendimento pelas (duas) médicas, separadamente. O nome do Gabriel com o sotaque sul-americano é giro e não fosse uma senhora a chamá-lo, ainda diria que era o Oscar Cardozzo! Correu tudo bem e aguardámos na sala de espera que o enfermeiro chamásse; e chamou, em português perfeito, de tuga mesmo. E quando nos dirigiamos lá para dentro, ainda a meio do caminho, ouvi novamente o nome do Gabriel mas desta vez com sotaque russo que mais soou à versão feminina do Putin (presidente russo).
Ora... fiquei sem saber para que lado ir! E em caso de dúvida... escolhi o tuga! Já lá dentro e durante a explicação do enfermeiro, surge uma médica loira, cara redonda muito séria a dizer que já tinha chamado o Gabriel à 20 minutos (pelas minhas contas). Ou ela se esqueceu do país em que está e falou em russo mas eu não ouvi. E parece que ela também não ouviu quando eu disse que já haviamos sido chamados e estávamos agora ali com o enfermeiro porque assim que saimos da sala de enfermagem e nos dirigimos, muito cuidadosamente equilibrando um copo de plástico com soro (para ver se ele vomitava ou não), para a porta de acesso à sala de espera, ouvi novamente e desta feita, pausadamente o nome do Gabriel com sotaque russo. Fiquei parado a olhar para o segurança que amávelmente me segurava a porta para passarmos, guiando eu o carrinho do gabe só com uma mão:
- Mas acabámos de sair dali de dentro! Já não percebo nada... Dou-lhe o soro, não lhe dou o soro... vou lá dentro... - e fui!
Resutado? Novamente as mesmas perguntas, sotaque diferente... e as mesmas respostas, sotaque, o de sempre. Pensei - do mal, o menos... visto duas vezes...melhor ainda!
Aguardámos na sala pelo efeito (ou não) do soro com o Gabe sempre divertido e nós dois na parodia. O que se é que podia fazer? Então o moço não estava amorfo, bem pelo contrário e no meio da brincadeira... toma lá mais um pouco de soro. Beeemmm.... era com cada careta que ele fazia a cada golo que dava... só tinha eu vontade de rir. Ele fazia careta de quem não gostava, fechava as mãos e fazia força com os punhos; até os bracitos dele tremiam, tal o gosto que aquilo deveria de ter. E era só treta.
Claro que provei, ora essa! Então ía dar aquilo à criança assim... do nada?! Disparate!
E o resultado quando fomos chamados com sotaque sul-americano foi de que ele não tinha nada. Pode ser dentitos porque ele birra com os dedos na boca, bem lá para trás mas que ao comer, não lhe fosse dado sopa com verduras, pelo menos por agora. Ouvidos, bem... Garganta, bem... Siga!
Ele comeu e adormeceu. De madrugada ele despertou (literalmente) e queria brincadeira - Tu deves estar é maluquinho! Ainda para mais com febre! - preparei um pouco de leite para ele, para o saciar e adormecer e dei-lhe um benuron para a febre. Sim... pois sim! Adormece tu que eu quero é paródia! - terá ele pensado e se o pensou, melhor o fez! 04:00 da madrugada e a criaturita sem vontade de dormir, mas com birra o que torna tudo mais florido, lindo, adorável! Só foram mais 40 minutos de pestana aberta até o conseguir adormecer deitado no meu peito
Estou que nem posso!
Veremos como passa hoje mas deve de haver dentito à mistura, deve!

sexta-feira, julho 08, 2011

quinta-feira, julho 07, 2011

Gabe, The Babe (em pé e tudo!)

Ora bem... Outrora, era o Caos & Revolução (Patitas e Calvim). O Calvim faleceu e entrou a Mysha. Passou a haver a Anarquia & Tomulto. Até à pouco tempo havia só os gatos a correr pela casa fora, a saltar, contra os móveis e contra o chão.
O caso não mudou muito de figura; apenas a figura mudou. Mas agora é fácil (fácil talvez não seja a palavra correcta mas aplicada à visão é mais perceptível), perceber o "rumo" das coisas. Se os gatos correm numa determinada direcção, o mais provável é estarem os dois a fugir de uma outra criaturinha que quando de gatas é um torpedo assim do estilo "saiam da frente!", mas que acalma bastante de velocidade quando se põe de pé, o que não deixa os gatos decididamente mais calmos, bem pelo contrário:
- 'Tamos feitos! O tipo consegue por-se de pé! - e, ó patas para que vos quero.
Quem diria que para tramar a Anarquia & Tomulto era tão somente necessário... um Gabriel!
- Problemas? Onde? Não há espiga... soltem o bebé!
Também é capaz de chamar a atenção o contrário - se os gatos estão entretidos entre eles, é porque o Gabe não está por perto. Mas, quando estou na cozinha ele costuma estar ao pé de mim (às vezes é preciso chamá-lo), a tentar abrir as gavetas ou o frigorífico combinado, o qual já percebeu que necessita de mais força para abrir e que para fazê-lo é preciso pôr-se em posição de apoio, de lado para a pega da porta; ontem conseguiu e caiu de rabo no chão, admirado porque não estava à espera que conseguisse. Podemos comprar aquelas protecções para as gavetas mas deve dar o mesmo resultado que a peça para segurar a porta para que ele não a feche - ele não a fechou mas a porta e a peça, mexeram de um lado para o outro.
Ele gosta de fazer força! Ou a bater na porta da rua, no elevador, nas paredes e de vez em quando com a cabeça no chão ou noutro lado.
É com cada "medalhão" que assusta! Hoje tem um galo com direito a vinco, entre as sobrancelhas. Vai lá, vai...!
Mas de pé, o Gabe é um espectáculo. Dá os passitos dele, braços esticados no ar a sorrir ou a rir ou chateado com alguma coisa; faz força com os músculos, põe um esgar de irritação com o gritinho correspondente. Agora, andar (literalmente) pela casa toda, é para ele algo de novo; o chão está mais longe e certas coisas mais perto (demais, algumas). Mas de vez em quando, o chão volta a estar (bem) perto. Cai e admira-se:
- Ainda agora estava lá em cima... e agora... - olhas bem abertos e de repente olha para o lado - ... olha os gatos! - e segue de gatas apontado a eles, gritando - Diiididididi... (é o sonar dele).
P.S.: Ando a pensar em utilizar o Gabe à noite para acalmar os gatos mas o pior é que assim ele não dorme. Xanax para todos deve ser melhor (para os gatos... calma, renas... calma... os gatitos... só...!).

quinta-feira, junho 02, 2011

Acordou às 06:20 de Sábado e...

Hoje não 'tá fácil!

São 23:30. O Gabe já acordou acordou várias vezes e está mau de adormecer. Faz aquele "lamento choroso sem lágrima"; deve de haver dente à mistura. Está neste preciso momento no terceiro lamento, a Joana Pestana está com ele mas ele dá-lhe para trás e depois... lá vou eu! E fui.
E vim. Enquanto eu estava sentado na cadeira ao lado do berço, o Gabriel mudou de posição três vezes, sempre de barriga para baixo e de rabo empinado.

Estamos a pensar ir este Domingo à praia para o primeiro contacto com a areia molhada e a água do mar. É a terceira tentativa de levarmos o Gabe à praia; noutras vezes chegados lá, o tempo mudou e não deu (brisa fresca).
Num dos nossos passeios à beira mar pelo passeio marítimo na Marginal (Inatel), fui com ele até à areia que está por cima das rochas e o primeiro instinto dele foi dar pontapés. Sentei-o nos meus pés e debrucei-o até à areia e foi engraçado vê-lo a observar a escapar-se por entre os dedos.
Veremos se o nosso cansaço do dia-a-dia vai permitir que nos levantemos cedo.



...e deu! ...e foi à praia no Domingo! E foi uma delícia!
Nada parecia novo para ele.
Sentado na areia, pegava no balde, na pá e no ancinho e sabia logo o que fazer: fazia o movimento de levar a areia com a pá para dentro do balde.
Loucura!
Lindo!
Andava de gatas "na boa" e quando fomos com ele até à água... sem problemas. Formava-se ali uma lagoa comprida, nada funda e até à maré começar a encher, deu para andarmos com ele, de mãos dadas pela água, a chapinhar por ali fora. Parecíamos Os Três Estarolas!
- Lá, lái, la lai lá lai...!

Fui com ele ao colo até à água e ficou a observar as ondas pequeninas a rebentarem nos meus joelhos e a salpicarem os pezitos dele.
Quando viemos embora fez um bocado de fita e talvez por isso, vingou-se e trouxe um (bom) bocado de areia nos bolsos dos calções; para recordação, se calhar!



Aqui nesta foto, parece reclamar para si a árvore.

- É do Tio Zé e da Tia Gena, Gabito! Mas podes lá ir as vezes que quiseres, sim?


quinta-feira, maio 05, 2011

1 Anito de Gabriel (Patricio Palos)

(foto: Vem brincar... vem!)

(foto: "... sou tão gaaande...")

(foto: "a la pescador")


segunda-feira, maio 02, 2011

Winnie, The Aaarrrrghhhh.... (Poooooh...!!!)

Ganhei convites para a ante-estreia do filme do ("Ganda...!") urso e não estava à espera daquilo!
Nunca fui fã do (""Ganda...!") urso mas sempre o tive como, o que julgava, dado adquirido que o animal seria inteligente e que daria algumas lições aos amigos como que exemplos a seguir pela pequenada, juntamente com o porco (d)o Piglet (melhor amigo); ainda para mais sendo de origem do reino da... Pequena Grã-Bretanha (Little Britain). Mas cheguei à conclusão de que afinal, por lá também há malta de pouca inteligência e que "transfere isso" para os personagens que cria.
Desapontamento. Quem diria que o ("Ganda...!") urso tem a inteligência de uma amiba e o porco também e que o... bem. Digamos que quem denota um pouco (... pouco) mais de inteligência nem é a coruja mas sim o coelho que é agricultor. Sim, há uma coruja e um coelho, também.
Mas já passou.

E há o Gabriel!
Cada vez mais lindo, quase a fazer um anito de muita fralda suja e bem mais coisas boas e muita inteligência.
Ontem, durante o almoço, ele estava entre mim e a Tia Gena e dei-lhe um pouco de pão para ele comer e estar entretido, uma vez que ainda não era hora da papa. O Gabriel pegou no pão e fez o mesmo gesto de sempre, ou melhor, até à altura que é o de dar uma trinca e depois mostrar o que tem na mão à pessoa, estendendo o braço; e quando o fez, a Tia Gena aproveitou, uma vez que ainda não tinha comido pão (!!!), e comeu o que ele tinha na mão, ficando a olhar para a expressão dele, de mão vazia.
Foi hilariante ver. Ainda resultou uma segunda vez mas aí veio ao de cima o raciocínio e a inteligência que falta ao ("Ganda...!") urso Aaaarrgghhh... perdão, Pooh - à terceira, estendeu apenas o braço meio caminho e recolheu-o logo ficando com o pão bem junto ao seu peito e se os outros momentos foram hilariantes, este bateu de longe o recorde.
- Comeste os outros mas este É MEU...! (acredito que terá pensado).

Não havia nenhuma duvida de que é inteligente; já se havia notado isso quando ele estava no carrinho dele, debruçado para a frente agarrando o boneco do ("Ganda...!") urso Pooh pela orelha e o deixou cair (Ou atirou? Huummm...), e o carrinho lhe passou por cima, incapacitando-o e sujando-o até eu quase o pisar (quase que pena!). Ai, o predador que há em mim!

É Gabe, The Babe.
Exxxpectáááááculoooo...!

quarta-feira, abril 27, 2011

E o Gabriel já fala...! (onde é que eu já ouvi isto?!)


... pronto... está bem... lá vou eu refrear os ânimos novamente e entusiasmo e mais não seja, a verdade da coisa e a verdade é que o Gabriel tem cada vez mais, conversas balbuciadas, frases completas. Em bebenês, é claro. Mas são conversas.

No meu dia (19 de Abril), passámos o dia juntos e já em casa, no fim do dia, estava ao computador e o Gabriel no berço e ele empenhado em longa conversa com os bonecos que estão colados na parede. E apesar do aspecto feliz e sorridente que os bonecos têm, houve algo que o fez alterar o tom da conversa, para algo do tipo chateado e de repreensão. A vítima foi um dos pinguins e tal o tomou de ponta que até houve direito a dedo apontado quase ao bico do animal, corpo rígido e gritinhos curtos e bem agudos. Foram duas ou três repreensões que acho que o "enfureceram" mais porque o pinguim continuava impávido e sereno, com o mesmo semblante de sempre.
O Gabe não me disse porque estava chateado com ele; talvez tenha chegado tarde numa das incursões que os pinguins fazem à procura de alimento ou se calhar seria por ter uma das patas ligeiramente descoladas da parede. Vai-se lá saber!
Mistério.

A verdade é que nos fartámos de rir quando eu fixava o olhar nele, sem o chamar e ele reparava nisso. Olhava para mim e eu dizia a rir:
- (gargalhadas) Apanhei-te... (gargalhadas). Estás numa conversa grande (risos/gargalhadas).

E ficámos nisto mais uma dúzia de vezes. Cada conversa que ele tinha eu prestava atenção e tenho de dizer que adoro ouvir a voz de bebé do Gabe balbuciando longas conversas:
- Da... da... bada... (grito longo)... daba... (suspiro curto)... bagu. Dabadaba... bah ta ta.
O argumento inclui dedos apontados, punhos fechados demonstrando convicção, e saltar para cima e para baixo, morder o cobertor e peluches do berço.

E o olhar? Fixa tudo e todos, roda a cabeça para não perder nada de vista.

O que resulta disto tudo?
Simples - é giro ouvir e brincar com o Gabe enquanto se tenta enviar pela internet o IRS.

segunda-feira, abril 04, 2011

11 meses de Gabriel.


São 11 meses de Gabriel.
11 meses do Rabito de Fralda Mais Bonito das Redondezas e de muitas fraldas mudadas, noites mal dormidas e de Muita Felicidade pelos gestos, pelo respirar, pelo olhar, pelo sorriso desdentado, a princípio e agora com dentitos na boca (4 em cima e 3 em baixo).

A introdução às bolachas, pão e banana foi muito giro; sentado na cadeirinha dele, dei-lhe um pedaço pequeno de bolacha Maria mas não lho dei na mão. Coloquei ao alcance dele e esticou o braço e com o dedo indicador e o polegar, agarrou o pedaço sorrindo e o colocou na boca. Nesse momento, surgiu a Primeira Careta de Mastigação (e sabor diferente). Olhou para mim e eu comecei a mastigar em seco e ele imitou.
Apartir daí, a cada bocado de bolacha que lhe era dado e antes de o agarrar com os deditos, já antecipava a careta. A banana provocou uma expressão ligeiramente diferente porque o que tinha na boca não era algo seco mas escorregadio, mas foi giro na mesma.
De resto, sempre que lhe é dado algo para comer, primeiro agarra com os deditos e depois é com a mão toda, acabando também ela por ir parar à boca.
É engraçado ver como fica contente a comer como nós.

Falta pouco para andar. Gatinhar é na perfeição e exploração já faz parte do nome dele.

Falta pouco para o Primeiro Anito de Gabriel. beijo como tu, filhote - Lindo.

quinta-feira, março 24, 2011

Atirei o pau ao gato. Só ao gato...?!?!

É uma pergunta que está na mente de muita gente mas que ninguém é capaz de trazer à discussão - o porquê do monopólio do animal?
Quero deixar bem claro que não sou apologista de atirar o que quer que seja a um animal mas na música que cantamos às crianças, só entra o gato mesmo que se cante na versão em que o gato se chama Jafú.
Então e os outros animais? Também não têm direito a entrar numa música em que se lhes atira um pau? Porquê?

Foi esta questão que se me assolou a mente um dia destes quando estava na cozinha a fazer o jantar e levei o Gabriel comigo, na cadeirinha dele para que não ficasse sozinho porque começava a ficar com a birra do sono. Entre um pedacito de bolacha e outro, e enquanto me dividia entre a frigideira e a fritadeira, comecei a cantarolar a música do "atirei o pau ao gato".
Foi apartir da terceira repetição que vi que a coisa não estava a resultar e ele não achava piada nenhuma. Resolvi então sacar da minha mente mais alguns animais; e quem veio "ao barulho" foi uma barata (esta na versão da pisadela), uma lombriga (na versão, paulada na cabeça) e o último foi um dos meus animais preferidos, o suricate (na versão do susto e o animal a fugir).
Cada versão era cantada como todas as canções para ele, com pausas a cada frase e enfâse nas últimas silabas e gestos meus à mistura. Cada pausa arrancava ao Gabriel umas gargalhadas e por conseguinte, a mim também.
Bastaram três repetições de cada versão para que a birra do sono levasse a melhor e a massa quase queimasse (a massa era para o almoço do dia seguinte).
Do "mal", o menos: o Gabriel adormeceu e até consegui salvar alguma da massa (o pouco sabor a queimado dava a certeza de que havia sido cozinhado. Demais mas cozinhado.)

Devem de estar a nascer mais dentes ao Gabe porque ele anda com os dedos na boca, lá bem atrás.
No fim de semana passado fomos ver os lobos, perto de Mafra (Picão). Vimos quatro, mas três deles bem perto de nós e ele ficava a olhar, principalmente para uma fêmea (Faia) que a dada altura, ouvindo os sons que o Gabe dava, o observava enquanto andava de um lado para ao outro.
Foi muito giro ir lá porque foi desta minha 5ª visita que acabámos por dar uma volta completa a um cercado. Consegui ver o Prado, um lobo do qual fui padrinho. Adorei.

O Gabe cada vez mais olha e presta atenção às coisas e nem os botões do elevador escapam. Já fica de pé quase sem apoio e deitá-lo é birra certa. Ficar acordado é que é!
O Gabe é o Maior! É o mais bonito sorriso do mundo!

terça-feira, fevereiro 15, 2011

Antes da tempestade

... que são as dores de dentes + uma otite + estar constipado... houve uma muda de fralda que quase não precisava de história a acompanhar porque a Joana Pestana já tinha o Gabe sentado no autocarro expresso, cinto de segurança posto, directo para a Nuvem nº 9.
Quase!

A muda até correu bem; calma e descontraida nos primeiros dois minutos porque depois, descambou para a normalidade. Conversa e as Sombras.
Neste momento, o fraldário está encostado à parede e com a luz do quarto acesa, projecta sombras mesmo pertinho de nós e isso tem sido o meu entretém e dele durante a limpeza do rabito.
Notei a dada altura que o gabe viu uma sombra na parede de uma mãozita pequenita que ele abanava de um lado para o outro. Decidi juntar um dos amigos que me acompanhavam quando era pequeno - o cão. Com a sombra da mãozita do gabe a dançar, lá surgiu na parede um intruso, o Cão Ão, e ele olhou. O Cão Ão ladrou, mordiscou a mãozita dele e até falou, até que o Gabe reparar em algo pelo canto do olho. Exactamente. A minha mão bem pertinho da cabeça dele. Fui apanhado!
- Aaahhh... axim num vale, pá! Ixo é batota... - e eu abanava o dedo à frente dele enquanto o malandro ria e eu também.

A fralda acaba sempre por demorar um bocadito a ser mudada mas a missão é sempre cumprida - um bebé com o rabito limpo.

História?
Sim. Há quase sempre uma história durante uma muda de fralda e começou com o que me lembrei na altura: de uns meninos que estavam a jogar um jogo de tabuleiro. Ao mesmo tempo que conto, tiro-lhe a roupita e acentuo as últimas palavras, olhando nos olhos dele e continuando a contar; a história que contei enquanto riamos conforme eu fazia umas pausas, era do filme Jumanji.
- O jogo que os meninos jogavam era mágico e calhando numa determinada casa, abria-se um portal e de repente, assim do nada, tudo à volta começava a tremer - e eu abanava ligeiramente o copito dele - e surgiam uns animais selvagens a corre desenfreadamente. Depois os meninos encontram um homem selvagem e um caçador.

Ainda há linhas de sobra para o resto da história mas não vou utilizá-las. Posso no entanto adiantar que o resto da foi contada ao Gabe até ao momento em que finalmente, de rabito limpo, fralda nova e roupa vestida, o levantei para irmos embora.
Quero pensar que adorou cada bocadito da história, mesmo com alguns pormenores do avesso. Foi das mudas de fralda mais calmas que já tive.
Adoro falar com ele. Presta cada vez mais atenção às coisas; cada vez que se pega nele, imediatamente as pupilas dilatam e observa tudo em redor.

E no fim dos 8 meses, principio dos 9, o Gabe já se senta, põe de joelhos, gatinha (para trás), para a frente (à crocodilo, rastejando!) e adora o banho; bate com a mão na água e nem se preocupa se fica com água na cara. No mesmo dia em que o vi sentado pela primeira vez em casa da Tia Lena, quando cheguei a casa, sentei-o no parque e fiquei a observá-lo enquanto eu tirava o casaco e a mala. Parecia que olhava para mim e eu ouvia:
- Óia p'a mim, Papito... óia...!



Dentes. Baaahhhh...!

(pausadamente) Pa - ra quê?

Sim. Para quê dentes?
Nascemos sem eles e grande percentagem das pessoas morre como nasce.

Para quê dentes?
Só porque depois temos de triturar e mastigar os alimentos? E então porque é que se tritura a comida para os bebés?
Fácil, porque não têm dentes! Então, porque é que inventaram as trituradoras, as liquidificadoras e as sopas? Hein...?
Assim, eramos todos vegetarianos e os animaizinhos proliferavam felizes, todos lampeiros para todo o sempre (excepto aqueles que comessem os nossos vegetais, claro! esses levavam uma paulada na tolinha e numa sopa de vegetais passavam que nem ginjas. - VEGETAL É O QUE O HOMEM QUER!).

Nascemos sem dentes, comemos papas e sopas.
Crescem os dentes, arrancam-nos e comemos para e sopas. Outra vez!


P.S. algo longo: Se há uma razão de ser para isto tudo é porque já não sou Pai do Desdentado Mai Bonito do Mundo e Redondezas. São dois dentes em baixo e quatro em cima; é tipo 2 em 1:
- Aah... já tens dois dentes em baixo? Atão, toma lá mais dois em cima e mais um de cada lado...

... - Aah... já me esquecia... no pacote estão incluidas Dores e Noites Mal Dormidas (para todos, claro!).

sábado, fevereiro 12, 2011

As aparências iludem

... e não é pouco!

Estou a pé desde as 02:40 e este magano não há meio de adormecer. Não... não faltou nada - dei-lhe o biberon da meia-noite (já passavam 30 minutos da hora), e deixou pokito porque só queria fechar os olhos. Acordou às 02:40 e desde aí não consegui adormecê-lo.

Tentei muita coisa e até estava capaz de experimentar um "desfibrilador só que ao contrário" mas tal máquina não existe o que é uma pena. Havia coisas que me passaram pela cabeça por microsegundos mas que ficaram logo fora de questão; tal como virá-lo do avesso para que o som constante, ritmado e pausado de lamento, fizesse ressonância no seu interior e assim talvez adormecesse. Mas não. Também cantar para ele mas baixinho não resultou e se fosse mais alto acabaria eu por cantar "à canário" na prisão, por ter acordado a vizinhança toda. Colocar um pouco de Absinto na chucha dele mas haveria o risco de acabar eu com a chucha na boca e a garrafa também mas deixei logo de pensar nisso, tal absurda a ideia.
Também porque não tenho Absinto em casa.

O alcool nunca é a solução. Só para efeitos medicinais.

São as horas que são e o tipo ainda não dorme. Serão os dentes da frente em cima. Vou fazer uma penúltima tentativa e se falhar...


... sempre poderei ir dar uma volta de carro. Parece que os solavancos o fazem adormecer.


P.S.: Tenho a sensação que vou passar a dormir no carro com o Gabe!!!

Bons Sonhos.