terça-feira, agosto 23, 2011

A minha primeira viagem ao Algarve


No fim de semana passado fiz a minha primeira viagem grande. Nada de entrar no carro e ir para a casa da Tia Lena ou passear por aqui ou por ali, pelo parque no Monsanto, Dolce Vita, Belém... nada disso. Fui com o meu pai ao Algarve; fui ter com a minha Tia Gena, o meu Tio Zé e as minhas primas Andreia e Mariana (que fazia anos no Sábado).
O meu pai estava indeciso em ir porque fica sempre um pouco ansioso antes de uma viagem e ao que parece, tem sido sempre assim, desde que começou a passar férias com os amigos. Mas nada de mais: decidiu à última e de manhã preparou o resto das coisas ainda eu dormia o meu sonito. Preparou as minhas roupas, as minhas fraldas e a minha comidita, para além da roupa dele, claro (coitado).
Levou-me à Tia Lena onde fiquei e foi-me buscar quando saiu do trabalho e fomos directos. Eu já tinha comida na Tia Lena, tal como o meu pai havia pedido para que depois eu adormecesse no carro. Ainda tentei ficar de olho aberto ao que se passava porque estava a achar o caminho para casa muito longo mas depressa a Joana Pestana veio e levou-me para a Nuvem nº 9.
O meu pai contou-me quando acordei que eu adormeci antes de entrarmos na ponte, no trânsito e que a viagem correu bem, calmamente e muitos carros passaram por nós e até a policia mandou parar um, no sentido contrário - devia de ir a andar bem depressa porque se calhar estava aflito e queria chegar rapido à estação de serviço mais próxima; eu não tenho esses problemas - faço e pronto!
Acordei pouco antes de chegar a Beja (quando acordei o meu pai enviou-me um bêjo, não sei se era pelo sitio onde estávamos a passar mas quero que era mesmo para mim e por mim), e disse-me que estava muito calor, estava a ser a viagem toda assim; o tempo nebulado e naquele momento 34.5º de temperatura.
Olha... e eu não calculava? Já estava farto de estar sempre na mesma posição e a fome já andava a rondar mas não me manifestei logo; antes disso ainda estive na conversa com o meu pai mas acho que era mais do estilo eu dizia alhos e ele bugalhos. Ele por vezes não compreende o que digo, sei que me responde e faz os possíveis, o coitado, e eu respondo na mesma porque acaba por ser giro conversar assim. Eu gosto dele. E ele gosta de mim. Faz com cada careta quando me muda a fralda... não sei porquê! Acabo por me rir, claro!
Quando acordei já estava escuro mas o calor continuava e depois da conversa, já mais lá para a frente, comecei a sentir fome e fiz questão de o dizer (de fazer vêr - nota do redactor), ao que o meu pai dizia que era só mais um pouquito para que a gente pudesse parar num sitio seguro e não à beira da estrada. Parámos num sitio chamado de Azinhal, do outro lado da estrada em frente a um café onde uns senhores estavam sentados numas cadeiras, do lado de fora, por causa do calor. Eu também me sei sentar sozinho numa cadeira; é giro!
O meu pai preparou o comer e antes de começar, abriu as portas do carro para ver se nós sentiamos algum ventito, mas era pouco. Comi a minha papa e um bocado de leite, fomos ao café porque o meu pai não podia fazer como eu faço (não usa fralda não sei porquê! Dá tanto jeito...!), e fomos ao café e ele bebeu um café e pediu uma garrafa de água de litro e meio fresca. Eu queria agarrar na garrafa e beber mas ele não me deixou porque me disse que estava muito fria para mim e que a minha água estava no carro. Prontos... 'tá bem!
O resto da viagem foi um bocado às curvas, tal como ele me disse, mas com as janelas quase todas abertas não foi assim tão chato; e depois sempre conversávamos mais um pouco e ele fazia umas caretas e sons esquisitos que me faziam rir. E a ele também. Às vezes é mais ele a rir do que eu mas depressa o apanho!
O calor continuava e eu já estava mesmo farto de estar na mesma posição, apesar de ele me dizer que já não faltava muito mais e que o problema era o calor que nós sentiamos que nos fazia ficar assim, mais chateados (ele disse saturados mas não sei o que quer dizer por isso fica chateado porque era como eu já estava - chateado e com o rabito dormente!). Mas realmente não demorou muito mais; o telemóvel dele tocou no momento em que ele virava o carro para o estacionar em frente à casa dos meus Tios. Ele desligou porque não valia a pena atender e fez sinal com a luzes para a porta.
A minha Tia Gena apareceu e a seguir o resto das pessoas. Aquilo era um bocadinho estranho para mim e por isso não saí de ao pé do meu pai, abraçado à perna dele mas logo quis um colito - é mais fácil ver as coisas de cima! Arrumámos as coisas e o meu pai foi comer alguma coisa porque ainda não tinha jantado, só eu mas assim que o vi comer também quis e ele foi-me dando de garfo a comida. Comi e corri pela sala, olhando para as minhas primas e tio, rindo e esbracejando. Sentia-me contente e feliz - estava a comer, já não tinha tanto calor e o rabito já não estava dormente.
Depois fomos para a camita.

1 comentário:

Vasco disse...

Oh, Gabe!
Tão pequenino, e já escreves tão bem, e com todos os pormenores.

Sabes que és um sortudo? Deves ter um pai espectacular! Passeia, fala, leva-te a ver os teus familiares, apresenta-te aos amigos, e - sabes - tem muito orgulho em ti!

De certeza que irás fazer muitas mais viagens tão divertidas como esta.

Um grande "passou-bem" para ti, e outro para o teu pai, do vosso amigo

João Vasco.