terça-feira, agosto 21, 2012

Para memória futura.

Sò se fosse como no filme ED Tv em que o tipo é seguido por uma equipa de filmagem e tudo o que se passa é gravado; mas não. E mesmo que o sacana do alemão me ataque a memória quando fôr mais velho e me impeça de relembrar cenas, situações, acontecimentos que vivi com o meu filho, ao menos é só isso que lhe será permitido ao sacana do alemão. Porque retirá-las da minha mente, nunca!

 Por exemplo, na tarde de Sábado, 18 de Agosto depois da praia e do almoço em casa de meus pais, estávamos deitados na cama para fazer um sonito e eu fingindo adormecer fechando os olhos, o meu filho fez-me festas com a mãozita dele e cobriu a minha face de beijos. E depois? Se adormecemos? Claro que não! Pelo menos logo, nãó porque abri de repente os olhos, olhei para ele e ainda houve tempo para um pouco de brincadeira. Não resisto. É mais forte do que eu!

domingo, agosto 19, 2012

18-08-2012 > E fomos os dois pela 2ªvez à praia...


... uma vez que o S. Pedro não o permitiu no feriado de dia 15 que era o que eu havia programado. Mas fomos.
Fomos para Caxias; deixei o carro na Estação de comboios e lá saimos os dois, de mão dada, passando pela passagem superior, esperámos pelo sinal verde dos semáforos e depois antes de escolhermos o lado esquerdo ou o lado direito da praia, tivemos de voltar para trás! Porquê? Mesmo na altura em que já não tinhamos os chinelos nos pés e sentiamos a areia mole e quente, havia-me esquecido da toalha e do balde. Lá voltámos os dois para trás, sem pressas nas calmas.
Ao menos saí do carro e trouxe a criança! Ha... ha... ha... ...ha!
Eu sei.
Que piada mal cheirosa. Peido, mesmo.
Bem, continuando.
E foi giro. Agora, tinhamos o equipamento todo!
O Gabriel tem uma perdição pela areia a qual não sei explicar - é areia atirada para o ar, é areia para os lados, para a frente menos... para o chão. O balde apenas existe nos primeiros momentos em que as mãos tomam contacto com a areia que escapa pelos dedos. Mas não é só a areia; naquela praia também há umas quantas pedras e assim que as viu... digamos que se não estivesse mais ninguém na praia, eu tinha ficado na boa atrás dele a vê-lo atirá-las para a água mas... afinal estava lá mais alguém. Só mais umas 30 ou 40 pessoas, poucos alvos para as pedras do Gabe!
Poderia dizer que nunca disse tantas vezes - "Gabriel, isso não!", mas ía mentir com todos os meus dentes e os dele também. Só conseguia desviar o olhar por segundos na direcção do nosso chapéu de sol para depois olhar de novo para ele mas nem precisava (quase!) porque bastava procurar as pedras e lá estaria ele. Fácil ser pai na praia, não?
Pois... um pouquito mal cheirosa, esta piadita!
Nada disso. Sempre de olho no filhote Gabe, The Babe.
Ele corria de um lado para o outro todo contente, fugia de mim e da água também, todo sujo de areia. Assim que eu lhe tirava a areia do corpo, logo aparecia outra no mesmo lugar. Por quatro vezes fomos para a toalha para comer, por quatro vezes ele se sujou e sujou a toalha que sacudi por quatro vezes e por outras quatro vezes o levei à água para o limpar. Não foi fácil mas a dada altura percebi como um balde de praia se pode tornar no melhor amigo de um pai; na últimas das quatro vezes disse-lhe ao pegar no balde para esperar por mim que eu ía buscar água e esperei para ver a reacção. Como se tivesse uma mola no calçã-fralda, saltou e veio logo a correr, passou por mim como uma flecha e assim que pôs os pés na água, veio logo para trás a fazer um som parecido com um - "Ai....ssssss.... ai... sssss......", como se a água estivesse fria.
Treta!
E para lhe tirar a areia do corpo? Enganava-o, pois claro! Apontava para o lado ao mesmo tempo que lhe dizia - "Olha ali, filho lá longe!", e despejava o balde nele que todo chateado se virava para mim e dizia -  "Não, não, não..." enquanto abanava as mãos. Logo de seguida, com algum sentimento de culpa e lembrando da minha própria infância, chamei-o para olhar para mim e despejei o resto da água pelo meu peito abaixo. Ria-me para ele e ele para mim.
Depois de muita brincadeira quando chegámos à toalha, dei-lhe um biberon de leite e ele deitou-se logo. Fez um sonito na praia comigo ao seu lado. Quando acordou, comemos uma uvas, bebemos água e depois viemos embora.
Foi a nossa segunda vez juntos na praia e agora já sei - "Também eu posso utilizar o balde!"
Hum....... Ok.

P.S.: Dito / escrito assim, parece que poderei utilizar o balde para algo diferente... mas já está, já está!