sexta-feira, junho 26, 2009

Estudo de Mercado - Historia

... para o canal Historia embora no inicio não se suspeitasse.
Questionaram-se os gostos televisivos e deles as preferências e (pasme-se), o género de cada canal.
Não o género temático porque isso era do conhecimento geral mas o género masculino ou feminino de cada canal, de acordo com, e agora sim, a temática e a apresentação, menosprezando a locução que se sabe maioritáriamente masculina dos documentários.
- O canal DiscoveryChannel terá um carácter masculino ou feminino?
Dificil ou não, tinhamos de dar uma resposta. Para uns era masculino com uma postura aventureira de um tipo dos seus quarenta anos, ar radical.
- Então e o Odisseia? - e a mesma tarefa para todos.
Aqui, eu disse que para caracterizar um canal com "um ar assim ou assado" era uma coisa, agora conotá-lo como masculino ou feminino era... ainda mais dificil, embora não seja a palavra apropriada mas mais como...inapropriado!
Não há um canal para "homens de barba rija" e dei o exemplo da SIC Mulher, canal visto também por muitos homens, não digo do principio ao fim mas visto de qualquer das maneiras.
Corremos os canais temáticos; uns eram tipos aventureiros algo radicais de 40 anos, outros mais sérios do tipo Professor catedrático, cativante dos seus 70 / 80 anos mas com espirito e linguagem jovem e inspiradora que faz o telespectador "beber" cada palavra, cada imagem.
Ainda no inicio quando cada um enumerava os canais preferidos e a frequência de visualização, descobri no meu colega do lado direito - o do lado esquerdo era mudo que nem uma múmia, descobri o mesmo (tremendo) gosto por desportos motorizados.
Mais adiante, após a atribuição dos "géneros macho ou fêmea" aos canais, foi proposto,a dois, fazer-se uma apresentação em papel, colorindo e colando imagens recortadas de revistas, do canal Historia; isto em cinco minutos. A corrida às revistas foi louca mas "a com classe própria de senhores donos da sua eloquência".
No pouco tempo disponivel, aprimeira foto que encontrei foi a do "Pai" do PoSat, o primeiro satélite português, Carvalho Rodrigues. Em comum acordo com o meu colega de trabalho (a múmia que afinal falava e só dizia "sim, sim"), a apresentação seria algo do estilo de cativar a familia para o canal Historia através da frase - (A Tua), logo acima do logotipo e palavra Historia.
Seria a Historia antes e durante a harmonia familiar e tudo o resto que a rodeasse.
Condicionada pelo pouco tempo, acabou por ser uma colagem de 4 fotos, sendo o centro da folha ocupado com o logotipo e a frase por cima.
Em cima do lado esquerdo uma foto de familia e logo por baixo uma foto a duas cores simbolizando o que se passa nas ruas, fora da tranquilidade do circulo familiar. No lado oposto, mais duas fotos, tendo em cima uma foto pequena rectangular mostrando arame farpado e por baixo a primeira foto encontrada de Carvalho Rodrigues, "pai" do primeiro satélite português.
O simbolismo destas duas fotos foi o de mostrar o Mau e o Bom; o que de mau aconteceu na Historia - guerras, invasões, divisões e repressões. A outra foto, pretendia mostar um dos lados bons da Historia e neste caso da Historia de Portugal, deixando a marca do nosso país no Espaço entre estrelas e cometas.
Após este (enorme) passo, a tecnologia portuguesa chegaria novamente ao espaço, através de mecanismos que movimentam os braços mecânicos dos "Vai-e-Vem" da NASA. (Não mencionei na altura mas devia de o ter feito para que não pensassem que era apenas mais uma cara bonita!!!)
Foi assim a noite, bem passada entre gente eloquente numa quase tertúlia banal acerca de canais de televisão; capaz de ter seguido pela noite dentro, nao fosse o facto de não nos conhecermos de lado nenhum e de todos estarem ali que nem prostitutos a venderem-se durante duas horas pelo prémio de 35 €uros em cartão (do Continente, não Mastercard ou Visa).
P.S.: Mas ficou uma coisa bem engraçada - descendo as escadas e falando com o Mário (o outro "doente dos carros"), ficou o convite para assistir a uma prova de Kart no Bombarral. Boa.

sexta-feira, junho 19, 2009

Há que (continuar a) Viver


O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

27/11/1930

quinta-feira, junho 04, 2009

Black Ice Tour - "Eu vi um sapo" - Alvaláxia 2009


Que todas as crianças e papás que eram crianças na altura me perdoem mas é perfeitamente aceitável adulterar a música da Maria Armanda, imitando (mal e porcamente) a voz do Brian Johnson, só para ganhar um bilhete duplo para o concerto.
É com satisfação (e alívio) que posso andar na rua sem olhares recriminatórios de adultos ou gritos histéricos de criancinhas assustadas:
- "...aaaiiiiiiiiii..... foi ele, foi ele que fez aquilo! A música não era assim...! Aaaaiiii...não gosto dele...!"
O que tem de ser tem muita força e foi o que veio à cabeça quando liguei o rádio ao acordar e ouvi o Pedro Ribeiro na Comercial a anunciar o número para ligar se queria um bilhete duplo.
Quando atenderam do outro lado a música para abandalhar já estava escolhida, menos a melodia da musica dos ACDC mas - "que se lixe! Toca a imitar a voz de Pato Donald do vocalista e siga que isto não é todos os dias!"
Foram momentos terriveis; terriveis para a garganta ainda adormecida e para os meus dois gatos que já me rondavam de manhã que ficaram imóveis ao ouvir a minha versão ACDC de "Eu vi um sapo". Mas valeu a pena porque "o sapo" foi ao Alvaláxia e testemunhou das aberturas de um concerto mais espectaculares que alguma vez vi.
Só faltou...
- "Eu vi um sapo... Eu vi um sapo... Estava a papaaar... Um bom jantaaaaaaaar!"
Obrigado Comercial