segunda-feira, fevereiro 22, 2010

Agora já se recebem desejos via SMS...!


...Desejos mas dos outros!
A Ana enviou-me uma mensagem à hora de almoço, assim:

- ... e se houver uma mercearia aí perto que tenha, compra 2 embalagens de alface. Não, é uma alface e 2 embalagens. O meu novo desejo é pão com queijo e alface.

Como eu já estava na rua, lá fui andando e pensando nas mercearias que poderiam ter alface embalada e só me lembrei do Minipreço que tem alfaces em sacos individuais. Não creio que seja aquilo que a Ana queria mas mais valia ter alface do que não ter, não fosse ela passar pelo gato no hall de entrada em casa e chamar-lhe um figo (peludo)!

Coloquei as alfaces no frigorífico no emprego, esperando não me esquecer delas afim de saciar o desejo da grávida mas... esqueci-me! Foi um momento "Daaaahhhh..."! Vim embora a pensar no fim de semana que íamos passar fora e só me voltei a lembrar quando fomos jantar. Fiquei eu a desejar, a bem da sobrevivência do gato que ela quisesse outra coisa.

Eu gosto do gato mas às vezes é um bocadinho chato!
- Vem cá, bichano...Bchbchbchbchbchbch...





P.S.V.: Este é um Post Scriptum Victorius que para mim tem todo o sentido estar aqui, em virtude da minha 3ª vitória ao Scrabble.
Três vitórias e não sei se haverá mais oportunidades porque só com uma palavra que coloquei, a Ana deitou-me um olhar daqueles que fulminam - FUZETA; note-se que o "F" vale 4 pontos e o "Z" vale 8 e como se não bastasse, o "Z" ficou na casa Letra Tripla - "Toma lá, morangos!".
Dito isto, acho que vou-me juntar ao bichano - bchbchbchbch...

sexta-feira, fevereiro 19, 2010

...e ninguém gosta de esperar, também!


O dia de ontem (18/02) foi um dia cheio: Ecografia e Consulta logo de manhãzinha; está tudo bem com o Gabriel, estimasse um peso de 1.860Kg e consta, segundo o médico que vai ser grande.

A espera para a consulta é aquela a que o nosso Serviço Nacional de Saúde nos habituou e para ajudar à festa, a nossa médica quando sai do gabinete é assolada pelos utentes com perguntas e pedidos e quase faz atendimento nos corredores.

Ela é nova, tanto de idade como no Centro de Saúde; baixinha, roda 24, de óculos, mesmo morena redondinha e com a bata branca, parece uma bolinha com uns pezinhos de criança. Quase, quase uma "tonhó"!

E continuou a falar com os utentes enquanto eu olhando para a médica, disse calmamente à Ana:
- "Sabes... a Dr.ª parece necessitar desesperadamente de iniciar a sua vida sexual. Olha aquela figurinha..."

A Ana fustigou-me com o olhar e num rasgo sério de sanidade, disse - "Fernando... tem mais respeito pela senhora!"

(espanto meu, ora essa!)

Sim senhora... concerteza! Respeito por uma "bolinha com óculos" que ainda a alguns tempos, não ía com a minha cara! 'Tá-se mesmo a ver!

Passados uns longos cinco minutos a vê-la cirandar de uma lado para o outro, eu disse - "Daqui a pouco levanto-me e corro-a a pontapés no rabo até ela entrar no gabinete!"
- Podes crer. - disse imediatamente a Ana, deixando-me espantado!
- Então - e já a Ana calculava o que eu ía dizer... - não posso falar da inexistente vida sexual da senhora mas, felizmente posso corrê-la ao pontapé até ao gabinete!!! - Rimos bastante pelo filme que já passava nas nossa mentes.
Pelos vistos, era aquilo mesmo.

Ninguém gosta de esperar, não há dúvida.

Qual Ilíada de Homero quais 12 trabalhos do Hércules, pá!


A véspera de Carnaval foi uma noite Épica quase tipo Lusíadas, digna de constar nos anais da História, pelo menos na minha.

Sim... ganhei pela segunda vez ao Scrabble.

Foi um espectáculo (e digo isto olhando para o céu de braços abertos).

Imaginei-me a jogar no campo do adversário a aproveitar as jogadas de contra-ataque, como se já não bastassem as palavras que coloco exactamente onde ela queria pôr as dela, ainda aproveitava as palavras que ela punha para as completar:

- AFASTO. "x" pontos - dizia a Ana para eu logo de seguida...

- AFASTO... mais "U" + "OS". AFASTOU-OS. Os teus pontos mais...

... e faíscas e raios saíam disparados dos olhos dela e isto, nas primeiras palavras que completei. Como havia salientado, ganhei o jogo e quase sempre com jogadas destas (de génio, diga-se de passagem).

Sinceramente, espero que o Gabriel neste aspecto do Scrabble não saia a mim mas sim à mãe porque só o tempo que demoro a pôr uma palavra até é capaz de irritar um pacifista.

A cada jogada o meu entusiasmo era calmo e houve de tudo na minha cabeça: luzes de discoteca a acender e a apagar, bolas de espelhos no tecto, dançarinas em bikini, foguetes mas fui chamado à realidade através de um comentário (meio chateado) da Ana:

- Andas a completar as minhas palavras, sacana. Só tenho pena de não poder pôr palavras que não existem!

- Ou que existam apenas no teu diccionário, não é? E acredito que seriam palavras sem vogais, com as letras que valem mais pontos... "X", "Q", "J", "G"... totalmente impronunciáveis do tipo dinamarquês, islandês ou Ilhas Faroé - e o meu pensamento de desdém de nariz empinado - Isso, isso...continua a enviar postais...!

Sem dúvida (mais) uma vitória para os anais da minha História porque na história da Ana cálculo que tenha sido uma vitória de merda, mesmo.

Ninguém gosta de perder, não há dúvida!

quinta-feira, fevereiro 11, 2010

"Achas que tenho as pernas gordas?", foi a pergunta da manhã no caminho para o emprego da Ana. Não era propriamente a pergunta adequada para alguém que ainda estava ensonado e que prefreriria ter ouvido algo parecido com - "Queres tomar o pequeno-almoço comigo antes de seguires para o trabalho?".

(suspiro) Os encargos, tarefas e responsabilidades de um homem são muitas e lá respondi num tom calmo, ponderado ao mesmo tempo que olhava para o trânsito:
- Repara, Ana... - e ela interrompeu-me dizendo - "É que não as sinto gordas!".
Ainda bem, pensei eu.

É de salientar que já estamos de sete meses apesar de a barriguita continuar não muito grande. Aqui à dias, uma tipa brasileira no emprego dela perguntou-lhe se a barriga não era de gordura e garanto que a não haver uma criança lá dentro, teria levado com a "barriga de gordura" na cabeça vezes sem conta.
Mas, ouvindo o último comentário da Ana, lá continuei a resposta - "... o teu corpo está a sofrer transformações... se os seios não aumentassem não haveria leite para a criança - ao que ela concordou ("Eu sei..."), e as ancas... repara - e aqui a minha mente começou a divagar mas tudo a fazer sentido:

- Vocês mulheres, são as únicas que conseguem uma particularidade interessante no corpo humano ao que no Reino Animal apenas consigo encontrar semelhança...
(e aqui quase eu conseguia sentir na minha direcção, o virar lento da cabeça e os olhos bem abertos da Ana tentando adivinhar o resto da frase)
... semelhança na jibóia só que ao contrário. Eu explico...
(depois de uma tirada destas, só podia explicar!)
... o vosso corpo começa a preparar-se para uma série de acontecimentos como a perda de sangue (que não disse mas só me lembrei agora e é de interesse, portanto aqui fica o registo!), e a capacidade de deslocar as ancas durante o parto. Onde é que entra a jibóia? Enquanto ela desloca os maxilares para conseguir engolir e fica lá com a presa dentro durante não sei quantas semanas, vocês mulheres deslocam as ancas e mandam a "presa", vulgo bebé que ficou aí dentro também uma série de semanas, cá para fora. Por isso eu digo que as grávidas sofrem do Síndrome da Jibóia Só-Que-Ao-Contrário. E daí...
(suspiro enquanto felizmente estamos a chegar ao emprego da Ana)
...ser natural que o corpo sofra algumas alterações para se adaptar ao que aí vem!

Deu para dar umas gargalhadas valentes durante a palestra que dei ao volante. Tenho a certeza de que mais tarde serei novamente bombardeado com a mesma pergunta mas pelo menos hoje, já me tinha safado. Não é por nada mas era a segunda vez que a Ana me fazia a mesma pergunta.

Se há algo de que gosto de ver, entre muitas coisas bonitas da Mãe Natureza, não são as cobras, jibóias e outros rastejantes mas sim o corpo feminino, especialmente o corpo de uma grávida, frente, costas e perfil, para ser mais ou menos explícito. Gosto muito da minha grávida preferida.

Continuo Felizmente Preocupado no Modo Espero-Que-Tudo-Corra-Bem e estarei lá durante o parto dando-lhe todo o meu apoio e se ela deixar de me ouvir (e ver), é porque desmaiei com a emoção e estou todo estatelado no chão, os enfermeiros borrifando-se para o meu corpo inerte porque há algo bem mais importante a acontecer - Gabriel! Gabriel! Gabriel! Gabriel!

O Papito Gosta Muito De Ti.
GMDT

quarta-feira, fevereiro 10, 2010

Balancé...Balancé, estômago filho da p...


O estômago da Ana acordou(-a) às 04:30 da manhã reclamando por comida.
E a mim também.

Pior do que um estômago faminto é o estômago faminto comprimido do tamanho de uma ervilha de uma grávida.
O desconforto comecei a notá-lo no estremecer da cama e logo de seguida nos gemidos de desespero da Ana, acompanhados pelo ruminar (devorar) de bolachas Maria.
- O que foi, Doce? O que se passa? - e depois de (conseguir) abrir a pestana, confirmei o que era - "É fomica, é?", usando a mesma pergunta que faço ao Patitas (gato).
Aplica-se tal e qual aos dois, uma vez que quando dá a fome... saiam da frente!

Tudo o que entra sai e o resultado foi uma viagem da cama ao wc.
Da trampa ao vómito foi um instantinho para depois sair directa para o quarto, implorando numa voz sofrida enquanto caminhava - "Comida...! Comida...! Comida...!". Eu, depois de lavar o Balde (que voltou à função que não tinha à algum tempo) do Vómito, ao sair do wc fui confrontado com uma criaturinha de quatro patas a olhar para mim, a miar como quem diz - "Agora sou eu!".
("Et Tu, Brutus?"), pensei, verbalizando num mais comum - "Também tu?!". E como de costume quando mia de madrugada, o mais irónico é que o bicho tem razão: não tinha comida.

Talvez tenham sido dores de estômago solidárias para com a grávida!
E para evitar as minhas fui comer um iogurte liquido e dei a tampa a lamber ao Patitas (como de costume).

Comeram e sossegaram (É engraçado pôr isto no plural mas foi mesmo o que aconteceu e o resto da noite lá passou).

O levantar correu de uma maneira estranhamente silenciosa, cruzando-nos umas duas ou três vezes ao entrar e sair do wc, olhando por entre as ramelas um para o outro sem emitir sequer um grunhido. Estávamos de rastos.

Durante a viagem para o trabalho, os solavancos não eram nada bons para quem sentia o estômago aos nós e ela pediu-me para parar um pouco a ver se a coisa estabilizava. Fiquei a ver a chuva a cair nos vidros, os dois ouvindo rádio, impossibilitado de auxiliar no que fosse.
Mas estabilizou.

Fui buscá-la à hora de almoço e almoçámos juntos. Foi bom, gostei muito.

Esperemos que esta tarde e noite corra bem melhor.

GMDT

terça-feira, fevereiro 09, 2010

Desejos (ainda) e nódoas negras 08-02-2010

Sim, sim...pronto!
Parece que afinal eu ressono e isso causa-me nódoas negras nas costas e no ombro esquerdo.
Aparentemente sem relacção duma coisa com a outra mas a verdade é outra (e deixa marcas!). Volta e meia sou acordado a meio da noite com uma valente cotovelada, perguntando - "O que é? O que foi?", recebendo uma resposta igualmente dolorosa:
- Estavas a ressonar. Toquei-te várias vezes e cada vez com mais força...
...pois, as minhas costas e ombro repararam nisso (penso eu).

Pode ser complicado mas não acontece sempre. A Ana andou a dizer-me para comprar aqueles adesivos para colar no nariz e não descansou enquanto não se comprou isso. Ainda me lembro da expressão dela ao ver a caixinha na prateleira da farmácia - "Compra, vá! Compra, compra, compra...", ou por outras palavras - "Compra lá essa merda para colar ao nariz, rapaz senão ainda dormes na banheira...!".
Pois... adormecer com aquilo colado, causa uma sensação de macaco no nariz só que ao contrário. Durante a noite estava sempre a passar lá com a mão e só quando despertava é que me lembrava do que era. E ao levantar, se não olho para o espelho, sou capaz de me vestir e vir com o autocolante colado à penca. Quando tiro o adesivo fico com a sensação de ainda o ter durante uns minutos e calculo que seja o que os actores sentem quando tiram os bigodes postiços... quase vem a nariga atrás!
Esta noite a Ana não conseguiu dormir bem e a culpa não foi minha porque sonhou com mortes e assassínios. Cá para mim, só pode ser CSI a mais...! Houve uma altura em que eu também sonhava com isso mas foi numa altura complicada, apartir do dia 31 de Julho de 2008 quando uma Amigo meu faleceu.

A gente encontra-se um dia, Amigo mas ainda não.
Ainda não.
Vem aí o Gabriel, Amigo.
Um Grande Abraço, onde estiveres, Amigo.

Esta noite houve desejo de hamburguer e perguntei se podia ser do MacDonald's mais perto da nossa casa do que o Burguer Ranch, no Continente. Jogámos um Scrabble e já sabia que ía levar "na pá". Ambos demoramos a colocar palavras mas se a mim é por inépcia, a Ana é por querer colocar a palavra mais longa que conseguir e que por vezes nem existe no dicionário - "É pena SONECA nem poder ser com "U"...!" (suspiro e mão na testa)

(Naturalmente) não ganhei o jogo mas tive o gostinho de colocar palavras em dois sítios onde ela queria pôr as dela... "Yeeessssss...!"


domingo, fevereiro 07, 2010

'Tá de chuva, meu... 04-02-10


E hoje é dos poucos e raros dias em que penso e digo (em voz baixa, claro!) que me apetecia estar em casa. Não há rede desde as 14:30 e há processos para dar entrada. Apetecia estar em casa no sofá, abraçado à Ana, passar a mão na barriguita onde está o Gabriel e afagar o pêlo ao gato.. Cheguei um pouco mais tarde ao trabalho e o tipo da EMEL que ontem passou pelo mesmo sitio onde tenho o carro hoje, pôs lá o célebre envelope. Deve dar multa só aos dias pares, o bastardo!

- Que te cresçam calos nos dedos das mãos e borbulhas nos sovacos com o tamanho de meloas de maneira a que não te possas coçar nem teclar na tua maquineta das multas!

Estou a pensar colocar a semana de 19 a 23 de Abril de férias para poder passar algum tempo junto da Ana mas ainda ninguém marcou nada no serviço. Seria a semana do nascimento previsto para dia 25. Umas mini-férias. desde que estamos juntos ainda não tivemos férias juntos, apenas alguns fins de semana (booons...).

Madrugada de dia 4 para dia 5, 05:00 da manhã.
A Ana acordou-me com uma razão fora do comum; não, não era uma má disposição, não era uma insónia ou o vizinho na barriguita inquieto. era nem mais nem menos do que o nosso gato, Patitas que não parava de lamber a orelha da Ana. E ela resolveu partilhar o acontecimento comigo!
Foi a minha estreia desde que tenho animais de ser acordado por...simpatia exacerbada felina. Foi incrivel ver (pelo olho que tinha aberto e ramelado), a fixação do gato! Rimos durante 20 minutos tentando não fazer (muito) barulho, o que é difícil quando aquilo faz cócegas.

Veremos se esta noite o alvo da atenção do Patitas vão ser as orelhas da Ana... ou as minhas!

quinta-feira, fevereiro 04, 2010

E o hall já está pronto!!! (01-02-10)


Não, não iam lá a casa todos os dias fazer as obras; ou era a tinta que precisava secar bem, depois o tempo também não ajudava por causa da humidade mas finalmente, entrar em casa agora... dá gosto.
Caramba, foi o arrastar de uma obra desde a última semana de Dezembro e foi preciso "borrarem" a pintura para chamarem alguém que percebe mesmo do assunto - numa demão só, ficou uma pintura excelente com efeitos, em vez de manchas que foi o que os outros deixaram.

Para pintar algo não é preciso saber muito e pelo menos, só não pede conselhos... quem não quiser! E desde que não se seja como o Mr Bean que tudo pinta numa divisão (cadeiras, sofás, bibelots, quadros), pelo menos retiram-se as prateleiras e os suportes dos candeeiros... pelo menos!

Mas estes tipos não foram os únicos a "inovar" na pintura; quando pintámos a casa, surpreendi a Ana na sala com um rolo de tinta em cada mão, flexão de pernas e movimentos alternados de braços, ora para cima, ora para baixo, de lingua de fora, toda entretida. Técnica tinha, resultado é que não porque a pintura não estava a resultar. Tirei-lhe os rolos das mãos e dei-lhe um pincel pequeno para os cantos. Assim o estrago era pequeno ou nenhum... (suspiro).
Com aquela técnica, se fosse em andamento marchava na perfeição que nem um militar!

Mas ela também inova no português, como já antes salientei nos pontapés na gramática que contribuem para a nossa boa disposição e que já chegaram a mim, também. À dois ou três dias, de manhã quando a levava para o trabalho, parei antes de a deixar, numa bomba de gasolina mesmo ao pé do emprego. Quando entrei depois de abastecer, a Ana olha para a bomba e vê aqueles sinais pequenos e vermelhos, redondos de proibição com frases logo a seguir de aviso aos condutores e assim que dou à chave para arrancar, diz - "Olha... é proibido desligar o telemóvel, é proibido desligar as luzes e..."
... e nem chegou a dizer as restantes porque a interrompi com um estupefacto "O quê?!..." que a trouxe de volta à realidade mas à realidade dela porque olhou para mim de olhos abertos e continuou - "Sim... é proibido...", e mais uma vez não acabou.
- E já agora, a outra é qual!? É proibido desligar o carro, não...?! - disse saindo das bombas com os dois sempre a rir. - "Então, ao abastecer posso continuar ao telemóvel, fumar uma cigarrilha com o carro ligado a ouvir música...uma maravilha!!!"
Foi só rir e nem no fim do dia escapou porque falámos ao telefone e perguntei-lhe quais eram as proibições (só para picar um bocadinho!) -
GMDT.
Sabe bem rir, com ou sem disparates.

O hall está lindo. Mesmo assim, ainda me apetece comida mexicana!!!
Hello Kitty!


quarta-feira, fevereiro 03, 2010

Os Empatas...


Muitas vezes ao entrar em casa é o nosso gato Patitas (misto de Batman por causa da máscara que tem na cara e de mafioso por franzir a testa) que vem ter comigo à porta e nem de propósito, apetecia-me dizer e pensava..."Hello Kitty". Não, o gato não é paneleiro (embora quando o irmão Calvin era vivo, faziam umas coisas esquisitas os dois); apenas era a côr transitória do hall, rosa esbatido. A vontade de comer comida mexicana ainda existe mas nem por isso me apetece comprar uma carteira da Kitty.

Tive de esconder todo o material das obras por causa do gato que de madrugada fazia incursões nocturnas para descobrir o que era o quê.
Quando comprámos a casa em 2008, durante as pinturas um dos gatos, o Calvin curioso quis saber o que era aquela coisa branca dentro da lata de 5 litros... de tinta. Resultado? Caiu lá dentro, assustou-se e o resto das pessoas também se assustaram, gritos de "apanha-o, apanha-o..." e de repente o Jorge entra na casa de banho com o gato assustado pela mão, directo para a banheira para lhe tirar a tinta do pêlo.
E eu? Sentado na sanita sem poder fazer um cú (a não ser tratar do meu!). Quando saí, vi o resultado no chão da casa toda - o Calvin assustado percorreu e deslizou em todas as divisões da casa deixando rastos de tinta branca até ser apanhado.
O Patitas também fez das dele; enquanto eu e o Jorge montávamos a cama, ele veio e decidiu brincar com uma peça da cama e quando ficou com a unha presa num buraco pequenino, deu um miado gritante e sofrido. Enquanto nos virávamos para ver o que se passava, a Ana chegou e perguntou o que estávamos a fazer ao gato e olhámos um para o outro incrédulos - "nós...?". Retirei a unha do gato do buraco e ela viu o que se tinha passado.

Noutra altura, a Ana foi ao wc e enquanto eu e o Bruno falávamos no hall, ela grita lá de dentro - "Olhem... obrigadinho por me terem fechado aqui dentro!". Olhámos um para o outro incrédulos; ele tentou abrir a porta que afinal abria ao contrário porque a anterior dona tinha colocado a porta ao contrário. A Ana saiu de fininho com um "aaah...", muito suave.

Os gatos e nós e nós e os gatos e... os manos da Ana.
Os momentos a dois são sempre importantes, mesmo que haja um bebé na barriga. Sinto dores no joelho com as mudanças do tempo resultado duma operação que fiz mas naquele fim de tarde, eu disse-lhe enquanto a abraçava: "Ana, nem uma dor de joelho me vai tirar daqui de ao pé de ti", quando de um momento para o outro ouvimos um som de uma chave na porta e olhei (incrédulo, sim) para a Ana e disse - "...a não ser os teus irmãos!". Noutras ocasiões eram os gatos a vir ter connosco à cama, aquelas bolinhas de pêlo adoráveis e inoportunas ("que lindos...") e vinha-me à memória o Homer Simpson a esganar o Bart.

Mas é assim, um pouco de cada vez e estamos nos 6 meses e picos com dores nas costas. Os dois porque de vez em quando faço-lhe umas massagens e depois fico eu com dores nas costas e rins.
E ainda cato as pulgas ao gato, também.


P.S.: Um Beijo Enorme para ti, Calvin.

Rir de manhã, durante o caminho para o trabalho e conversar sempre


- Olha o avião ali tão baixinho! Parece um peixe a voar...
(1 segundo de silêncio e uma gargalhada da Ana)

Este comentário foi à noite na Avenida do Brasil quando fui buscar a Ana ao emprego, antes de mudar de horário para a manhã. Estava a fugir ao trânsito depois de ouvir na rádio que havia filas enormes e acabei por apanhar uma dessas!

Aproveitamos para rir sempre que possível, no carro ouvindo a rádio Comercial e os Cromos do Nuno Markl (e os outros) ou com os cromos no trânsito.
Resmungo muito no trânsito. A Ana por vezes (...algumas vezes... muitas vezes, vá!), diz para eu me calar mas o que ela não entende é que tal faz parte da natureza humana, desde que se vem ao mundo - é ou não verdade que a primeira reacção que temos é a de chorar? Claro! Estava tão bom lá dentro e a nossa mãe (querida, mãe queridaaa...), nos força cá para fora e o pai (se lá estiver, o sádico), a gritar "faz força, querida...faz força!", como quem diz "expulsa o filho da p...". E mesmo como se não bastasse, mesmo à entrada do novo mundo, somos puxados pela cabeça (agora sei que é normal) ou por um pé e presenteados em alguns casos com uma palmada no rabo - "Bem vindo ao novo mundo. Toma lá disto..." (palmada)

Se os Conquistadores ao chegar ao Novo Mundo tivessem presenteado os indígenas, cada um com uma palmada no rabo, a raça humana teria desenvolvido um gene igual ao dos macacos babuínos, o gene do rabo vermelho. Ou então, ninguém teria conquistado ninguém e o mundo seria um lugar diferente.
Realmente, é de um sadismo de bradar aos céus! Os nativos foram presenteados com colares de conta e coisas brilhantes e aos bebés vai de puxá-los pela cabeça e "trás...!", toma lá uma palmada. Ao menos um bonequinho do Noddy ou do Bob, O Construtor para a criança destruir.
Sádicos, pá!

P.S.: ...e depois não há-de ser um tipo resmungão!!!


O Papito Adora-te. ...huuummm...Gabriel, vem ao papá, vem...

terça-feira, fevereiro 02, 2010

Fábula do Porco-Espinho (humores)


Durante a era glaciar, muitos animais morriam por causa do frio. Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram juntar-se em grupos, assim agasalhavam-se e protegiam-se mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor.
Por isso decidiram-se afastar uns dos outros e voltaram a morrer congelados, então precisavam fazer uma escolha:
Ou desapareceriam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros.
Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos.
Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.
E assim sobreviveram.

Moral da História

Um relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro, e admira as suas qualidades... Encontrar a felicidade e ser feliz sempre acima de tudo.

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...e é assim. Não somos iguais, ninguém é e daí termos de viver com a diferença. Há alturas em que a mais pequena coisa irrita e torna uma alteração de voz num fervilhar de emoções, uma tempestade num copo de água. O cansaço não ajuda e há coisas para fazer em casa mesmo depois de um dia de trabalho. Mas o pior foram os primeiros enjôos.
Uns dias em casa e a Fnac Alverca prescindiu dos serviços da Ana. Pouparam-se os euros do passe e duas viagens diárias de 45 minutos cada.
Um pensamento que sempre tive presente (e tenho): nós vamos conseguir. O orçamento pode ficar curto mas vamos conseguir.
A atenção que lhe negaram, encontrou noutro emprego que arranjou numa empresa do grupo Caixa Geral de Depósitos - PME Link, para onde eu enviava material informático quando trabalhava na Logística Informática. Não fosse a presença do INEM no edifício da CGD na 5 de Outubro e a má disposição provocada por um medicamento que tomava, em duas ocasiões, não a teriam observado nem estabilizado imediatamente. Os cuidados do INEM e dos chefes da Ana foram o que de mais humano encontrei mas não foi o suficiente para ainda ter esse emprego - o chefe máximo não quis.

No meio destes altos e baixos, não é fácil manter o espírito em alta ou o humor. Bem... o humor, umas palhaçadas e filmes cómicos à mistura com um jogo de cintura vindo de não sei onde, temos vindo a ultrapassar "os baixos". (as minhas desculpas à Gente Pequena). O irónico é que a medicação foi alterada e a mudança foi do dia para a noite mas aquele emprego já era coisa do passado. E mais uma vez, depois de uns dias em casa (a bater mal), arranjou outro emprego.

Aqui entra a compreensão da senhora da Vedior na tentativa de arranjar algo como compensação da "nenhuma compreensão" do chefe máximo da PME Link, apesar dos chefes directos da Ana quererem ficar com ela. Novo emprego, este em part-time mas dado o momento da gravidez, é bom sim senhor. Mais tempo para descansar.

O cansaço toma conta da gente. A Felicidade existe mas por vezes não se nota. Faz-se por vivê-la, ir buscá-la onde está escondida, trazê-la à superfície.
Um olhar. Um carinho. Um abraço no meio de cada cansaço. Um sorriso porque o sorriso é muito bom (e bonito).

Hall "côr" de comida mexicana


Desde que comprámos a casa que o haal ficou por pintar; afazeres profissionais, outras prioridades para o dinheiro, falta de emprego e ao fim de semana a necessidade de sair um pouco e ir apanhar ar à beira-mar ou beira-rio, era mais do que importante para curar a mente. Curar a mente e passarmos algum tempo juntos que não à noite durante a semana, comigo cansado.

Comprámos um jogo de que a Ana gosta muito - Scrabble, e volta e meia jogamos depois do jantar. Levo uma "esfrega" daquelas; só ganhei uma vez até agora e foi uma noite linda - cada palavra que eu colocava era logo nos locais onde ela estava a pensar pôr as dela. A cada jogada, as expressões de - "Nãããããoooo... era aí que eu ía pôr...!", aumentavam e o meu gozo era maior.
Gaita, pá! Era das poucas vezes em que estava em vantagem e as perspectivas de ganhar aumentavam exponencialmente (sempre quis usar esta palavra!). Até à data de hoje, perdi todos os jogos. Só o tempo que demoro a pensar numa palavra até mete dó e por vezes é essa mesma palavra que coloco para não demorar mais tempo - "Dó...". Míseros pontos mas sempre é alguma coisa.

Já antes eu havia comprado o Monopoly que ela também queria. Tinhamos visto o jogo muitas vezes no Toy'sR Us e vinha numa promoção com outros dois jogos de playstation, acho eu. Só que quando fui para o comprar para lho oferecer, não o encontrei com a promoção. O pior é que numa outra altura em que fomos lá, havia o jogo com a promoção. Bem... fui alvo de marcação serrada porque não comprei o outro mas a sério que não o vi lá. Mas enfim, temo-nos distraído da maneira que podemos e uma destas "distracções" vai nascer em Abril - Lindo, lindo, lindo Gabriel.

Pelos desejos, as voltas que dei à procura deste ou daquele alimento... caramba! Dióspiros, meloa às metades, bananas, cozido à portuguesa (farinheira), alheira, croquetes e de vez em quando tinha de ser o bitoque bem passado. um que temos de concretizar é de comer comida mexicana. Havia a Cantina Mariachi no Colombo mas parece que fechou; gostávamos do ambiente e da pintura tanto que decidimos colocar uma pintura parecida no hall em tons laranja suave com uma acabamento... de pintura mal acabada (mas novo).
Os tipos que arranjámos para as obras no hall borraram a pintura. Explicámos tudo, disseram que sim mas saiu asneira - manchas e marcas de tinta, de levantar o rolo e recomeçar do mesmo sitio, sem espalhar a tinta, numa pintura na qual as manchas são apenas efeitos e não... manchas.
Até refazerem a pintura de base para colocarem a nova, o hall esteve em tons de laranja e até eu comecei a ter desejo de comida mexicana. Quando comprámos a casa o hall estava revestido de cortiça, tanta que me sentia dentro de um sobreiro. Mas no dia em que recomeçaram a pintura de base, as paredes ficaram em tons rosa esbatido, suave de tal maneira que quando entrava em casa só me apetecía dizer - "Hello Kitty"!

O hall já está finalmente com a cor final mas desse assunto falo um pouco lá mais para a frente.

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

...ai o Gregório...


Não se trata de nunca ter visto ou ouvido relatos, histórias acerca dos desejos de gravidez; tive o caso da minha irmã mas eu era novo e não me lembro muito bem e o caso da minha Professora no ginásio, Renata, o problema está que também não me lembro muito bem. Pode ser triste mas era só para dizer que ouvi e ouvi (mas pelos vistos, não retive "um cú!").
Mas algumas coisas eu sabia! A necesidade de comer com inteervalos de hora e meia em pouca quantidade, a primeira refeição da manhã com alguma susbtância, dado as horas em que o corpo esteve inactivo mas a dispender energia para o feto, o desconforto do reposicionamento dos orgãos do corpo humano, as dores nas costas, pernas e pés.
E as dores nas minhas mãos e costas de estar dobrado a fazer massagens à Ana e dores no ombro de transportar a mala, a malinha (!) que as senhoras utilizam que mais parece ter um tijolo dentro.

Momentos houve em que eu não sabia para que lado me havia de virar
Uma vez a Ana veio ter comigo e almoçámos juntos; ela veio de comboio sem problemas, entrámos no restaurante onde vou algumas vezes, escolhemos sorridentes a comida e conversámos. Continuámos quando a comida veio a conversar bem até que a meio do prato começou, literalmente a definhar - cansaço, perda de força, baixa de tensão. Isto, para quem minutos antes havia efectuado uma pequena viagem de comboio e agora pedido o prato favorito (para uma ex-vegetariana(!)), bitoque bem passado. Fui buscar o carro enquanto uns clientes seguravam e tomavam conta da Ana que tinha vomitado para o chão, em plena hora de almoço.
Pedi mil desculpas e agradeci os cuidados ao mesmo tempo que uma senhora me dizia que era melhor ir directo para a Maternidade Alfredo da Costa, bem mais perto do que o Hospital da Amadora.
Com a Ana a tremer no banco do passageiro, fui o mais depressa que pude do Largo do Carmo à Maternidade, de 4 piscas ligados e faróis acesos para me verem melhor, mais ou menos a conduzir calmamente rapido para que a Ana não se enervasse mais - já bastavam as buzinadelas que dava nos cruzamentos quando passava os sinais vermelhos mas tinha de ser porque era bem mais importante a Ana do que uma multa qualquer).
Horas em espera, exames efectuados e estava tudo bem com a mãe e o bebé.

Noutra vez em casa, a Ana teve uma vontade enorme de jantar um hamburguer do Burguer Ranch no Continente da Amadora. Ela até nem se estava a sentir mal e depois de alguns dias com desejo de hamburguer do Burguer Ranch e a ter de comer o que havia em casa, mesmo cansado lá fomos. As primeiras dentadas souberam fabulosamente bem e eu sempre a perguntar se estava tudo bem; descontrai-me uns segundos e dei umas dentadas no meu hamburguer até reparar que a Ana estava com um olhar vidrado, fixo no vazio, desesperada por (já) saber o que aí vinha. E eu também. Olhei em volta e pegando na metade que restava, disse-lhe - "Olha...é p'ró tabuleiro. Não te preocupes."
E foi mesmo.
Já antes tinha olhado em volta para as outras pessoas que estavam a comer e imaginado uma reacção em cadeia consequência do vómito. Só vi cenas assim nos filmes e era sempre hilariante. Mas não. Não aconteceu nada.
(suspiro)
Peguei no tabuleiro depois de me assegurar que ela estava bem enquanto me dizia - "Não percebo... até estava a saber bem...!". Procurei uma empregada, expliquei a situação e pedi um saco do lixo vazio. Quando voltei para ao pé da Ana, lembrei-lhe uma frase que a minha irmã havia dito aquando numa visita a casa deles acerca dos vómitos - "Ora bem...deixa cá ver o que vou vomitar para saber o que vou comer!". E era essa a verdade; entreguei-lhe a outra metade do hamburger e o resto da noite correu normalmente.

Só poderei ver cenas em que a malta desata a vomitar, tipo encadeamento de dómino na televisão. Mas là em casa à frente da televisão presenciei mais uma visita do "amigo (da onça) Gregório". Foi num fim de semana e tão pouco me lembro do que cozinhei mas era bom e a Ana estava a gostar. Sentada no sofá a ver os Simpson's enquanto eu colocava o meu prato vazio na cozinha quase dei passos no ar de fazer inveja ao Super-Homem quando ouvi os sons familiares de vómito vindos da sala.
A Ana pensou que era chato limpar vomitado do tapete, daqueles tapetes tipo felpudo todo preto, o "gregório" foi todo para o prato que ainda tinha comida. O olhar de esforço e incredibilidade dela era de meter dó. E o meu sentimento de impotência aumentava.

(suspiro)