quarta-feira, dezembro 31, 2008

Maria, Mãe de Jesus



Divindade ou Pessoa Comum

Anteriormente foi a questão sobre Maria Madalena e a sua relação com Jesus Cristo. Agora é a questão sobre a Mãe de Jesus.
Talvez por a Igreja verificar que a fé se encontra “em baixo” ou estar a perder fiéis, de quando em vez lá vem com debates de ideias e apresentações de novas canonizações:
– “Ter um Santo da nossa nacionalidade é bom” – dirá um qualquer. E eu digo que “também é bom” que o melhor jogador de futebol do mundo ser português!
A diferença está que para quem Acredita ou tem Fé em algo ou em alguém, isso É Bom.
Mas aqui não se trata e até será (é) proibitivo, ter Fé em alguém; apenas se pode ter Fé em algo. E esse algo não é (nem pode ser) terreno. É Divino. Nasceu e tornou-se Divino. A parte “do nascer” também poderá levantar alguma celeuma aos crentes ou melhor, ao Poder da Igreja porque para se nascer é preciso algo muito (lindo), peculiar antes e naquela época, isso era considerado Pecado Original. Todos tivemos como origem o mesmo, portanto… mas não é bem assim, nem pode! Portanto, a Igreja ainda irá debater, daqui a uns tempos quem sabe, se afinal para ser Divino e não provir do Pecado Original não “seria melhor” nascer-se logo Divino. Hum…

Contudo, a história aqui é outra.
Coloquei Mãe com maiúscula porque acredito que existiu enquanto pessoa “normal”, vida normal e que deu à luz um homem extraordinário, Bom com maiúscula.
Não os consigo elevar à estatura de divindades mas olho para o céu quando “falo” com Eles.
Existirão factos sobre a vida de Maria e a relação com o filho Jesus, assim como do seu filho e irmãos com os outros. Quando se saberão ou se interessará que venham a saber-se, é que não sei. Tão pouco sei o que aconteceria se se soubesse que, afinal Jesus, Maria eram “apenas” humanos, diferentes dos que agora existem; melhores, até. Cairia a Fé na Igreja? Não seria também Bom saber-se que como eles eram humanos e Bons também nós, agora nesta Era podemos ser diferentes, para melhor? Parece que a Igreja não quer que as pessoas acreditem em elas próprias que se podem transformar, para melhor. Talvez porque bem lá no fundo, sermos capazes…do pior. Mas do que a Igreja se esquece é que essa é a nossa essência: podermos escolher fazer uma coisa ou outra e mesmo nas coisas Boas, errarmos. Dizem que “errare humanum est”. Dizem.

O Pecado Original existiu, assim como sempre existirá porque é assim que o homem se multiplica (salvo as novas descobertas da medicina).
É possível ter Fé nas pessoas Boas porque simplesmente o serão e vale a pena tê-las perto de nós. Mas não como a Igreja quer, como no início dos tempos da “fé católica”.

Amar, Amando.
Não amar porque convém.

P.S.: Vou continuar a olhar para o céu quando falar com Eles. O mesmo farei para falar com Outros, Amigos e Familiares (Gente Boa) que já não caminham como nem entre nós.

quarta-feira, dezembro 10, 2008

É de facto um Mundo Louco!


...mas do qual eu (até) gosto
Duas noticias em que uma sem a outra, seria apenas o mesmo que haver uma moeda só com uma face: impossível.
Num lado, o vibrador banhado a ouro de 18 quilates que custa (só) vinte mil euros. No outro, a Igreja da Irmandade de Dallas, EUA, cujo reverendo aconselha os fiéis a praticar sexo todos os dias. Assim, ninguém precisa de procurar fora, o que pode ter dentro de casa.
Combater a promiscuidade é a palavra de ordem.
Ricos e Pobres, felizes.
O que a noticia não diz é se tem de ser na própria casa ou se pode ser na casa da vizinha (que com um bocado de sorte até pode ser podre de rica e animar bastante a situação se ela tiver um vibrador de 18 quilates. A "mocada" está sempre garantida: ou se pega no vibrador de luxo, dá-se uma mocada na cabeça da vizinha e derrete-se o ouro ou então, há outra possibilidade que é dar a "mocada" na mesma e ficarem amigos para sempre.
Cada um sabe de si.

terça-feira, dezembro 02, 2008

Sonhos & Pesadelos





Já há algumas noites, o mesmo "bocado do sonho": estou a subir uma rua de braço dado com uma figura feminina e na companhia de uma terceira pessoa que desta vez era um colega de trabalho por quem não nutro (lá) muita simpatia mas que enfim, com quem tenho de falar todos os dias - trabalho, é trabalho. Conhaque é conhaque.


A rua é a subir. Vamos em "amena" conversa os três e cruzamo-nos com jovens que vão para a escola, ali mesmo ao virar da curva da qual nos aproximamos.


Num sonho ou outro, ainda o seguimos, ao meu colega neste caso (noutros sonhos é apenas "a terceira pessoa"), para passar a rua para o outro lado pela estrada, em vez de dar a volta mais longa pelo passeio. Hoje, nesta noite ele atravessou pela estrada e nós dois seguimos pelo passeio. Foi a única diferença.


De resto, as mesmas "cenas" de sempre; cruzamo-nos com jovens a ir para a escola e carros que passam, e a cena final:


- Seguimos frente-a-frente, sentados ao que parece uma carruagem antiga, tipo Velho Oeste mas em vez de uns seguirem de costas para o sentido do caminho, todos seguem de lado de frente para os outros. Há uma porta pequena que separa o nosso compartimento de outro e é mais ou menos uma porta de meio-corpo, como as portas dos Saloons.


A dada altura, uma mão surge por baixo da porta e aponta-me uma pistola. Eu vejo tudo como se de um filme se tratasse, como um espectador, a ver-me.


Dispara. Uma e mais duas vezes "trazendo-me à realidade", provocando em mim uma revolta enorme e desejo de vingança.


Apanho a pistola e com a mão por cima da porta, aponto "à figura" que lá estará. Disparo uma e outra vez. Recosto-me no banco e espero. Vejo surgirem os cabelos do cimo da cabeça e uma das mãos a segurar-se no cimo da meia-porta. Disparo novamente duas vezes.

Acordo num solavanco.

segunda-feira, outubro 20, 2008


O Vôo dos Mortos-Vivos é (considero) uma adaptação da Noite dos Mortos-Vivos, só que passa-se a bordo de um avião, um Boeing 747.
Mais uma demonstração de falta de imaginação dos argumentistas ou “dos tormentos” que os actores “têm de passar” para ganhar mais alguns “trocos”? É difícil.
Ou talvez, não.
Uma equipa de cientistas tirou ADN de um mosquito do Vietname, criando um vírus capaz de regenerar tecidos orgânicos. Podia-se pensar que até era uma coisa boa… mas não. Um cientista mais insano que outra coisa, pensou (e melhor o fez) que seria bom experimentar regenerar não só o tecido ou membro mas sim, o corpo inteiro. O assunto chegou ao Ministério da Defesa que quis logo transportar a ideia para o cenário de guerra – e que tal se os nossos soldados depois de mortos, ressuscitassem e continuassem a combater? Mordiam o inimigo e por conseguinte o inimigo mordia os amigos e acabava a guerra! - Dentadas a torto e a direito e toda a gente infectada.

Senão a primeira pedrada à janela do quarto do argumentista, talvez um de muitas. Então ninguém pensou que se o vírus fosse espalhado [e note-se que para ele ser espalhado, implicaria que alguém mordesse alguém. Ou seja, alguém já infectado (e preso por correntes, não fosse morder quem não devesse!), seria largado de pára-quedas no meio de inimigos], e depois de tudo e todos sujeitos à respectiva dentada, o cenário de guerra daria lugar a uma nação de Mortos-Vivos?
Assim, a guerra nunca acabaria. Haveria sempre alguém para matar. Pensando bem, isso já acontece agora! E ainda bem que os mortos não ressuscitam, pelo menos para se tornarem em Mortos-Vivos, se bem que um morto ressuscitando, transformar-se-ia num Morto-Vivo!
Pormenores. Mas o que quero salientar é que seria (mais) uma mina de ouro para o comércio de armamento ou da construção civil.
Qual é a diferença? Nenhuma. Os países tivessem recursos para construir “uma Muralha da China”com um fosso de ácido sulfúrico (não estou a ver nenhum Morto-Vivo a saltar lá para dentro de tirar o ralo para esfaziar o fosso - experimenta, mal cheiroso! - e não podia ser água porque ao tentar passar os Mortos-Vivos iam afogar-se, ressuscitar e boiar até á outra margem. Parece complicado mas é psicológico!). Bastaria um muro alto o suficiente, não fossem os Mortos-Vivos fazerem “dalim-dalão” e balouçarem uns e outros para voarem por cima da muralha e depois… dentada de manhã à noite. Poderiam depois vender a tecnologia a outros países. Os que não tivessem esses recursos, países pobres em dinheiro mas ricos em diamantes (p.e.), compravam armas.

Mas continuando; o avião atravessa uma tempestade, trovões e relâmpagos por todo o lado, a carga desprende-se e a caixa que continha o corpo da mulher de um dos cientistas que não se sabe como morreu, abre-se, a tipa sai e o tipo que estava no porão do avião, sentado numa cadeira, vestido com um fato pressurizado, mata-a. Aqui começa a acção. A viva morre e ressuscita, morde o outro e vão á procura de mais “comidinha”. Não escapa sequer a primeira classe; velhos, novos, uma freira que fica só com o tronco e um asiático que foi mordido quando estava preso á cadeira com o cinto e assim ficou.
À parte de umas piadas que até tinham piada, principalmente no meio de situações complicadas, salvou-se isso e a banda sonora (e não falo dos sons esquisitos e agudos que malta morta viva lançava).
Foi… “uma não sei quê”, ver actores conhecidos a fazerem um filme daqueles. Dois deles participaram na Múmia (Erick Avari e Kevin J. O’Connor).
O avião é seguido por um caça americano enviado pelo Ministério da Defesa com o intuito de pulverizar o que quer estivesse lá dentro. Ninguém poderia escapar.
Mais uma vez, a burrice vem ao cimo. Um míssil não ia chegar. Quem morresse, se não estivesse já morto… vivo, não morreria. E mesmo que chegados ao solo (à velocidade terminal mas o que é que isso importa), seria mordido pelos infectados e… prontos! Vivinho da…perdão, mortinho-vivo da Silva. Toca a morder!
No avião, os vivos tentavam fugir dos Mortos-Vivos e o asiático preso à cadeira (coitado!), tentava agarrar alguém para poder morder. Só guinchava.
Querer morder e não poder é complicado. Deve ser.
Apesar de quatro civis “não” Mortos-Vivos no cockpit, um míssil é disparado e o avião atingido de lado. Uns quantos Mortos-Vivos são projectados e eu pensei: “vai ser giro. No sitio onde eles caiam nada vivo escapa, nem cão nem gato ou escaravelho!”.
Os pilotos do caça observam corpos a passarem por eles até serem atingidos em cheio na tola pelo asiático ainda preso à sua cadeira. Os Mortos-Vivos são lixados. O que terá o asiático pensado na altura? – Bem… não mordi ninguém mas pelo menos este leva já uma cabeçada… – e pimba!

Os civis a bordo conseguem fazer aterrar o avião que bateu no cimo de um monte com um motor a arder (foi atingido por um ou dois Mortos-Vivos dos quais, até à data ainda não deram sinal de… vida (?!?!)); e o mais difícil, atenção… SEM QUE SE INCENDEIE. NÃO EXPLODIU. SÓ FICOU O MOTOR A LARGAR PEQUENAS LABAREDAS.

Valha-nos Jesus Cristo e Maria Madalena!
Estupefacção! Fiquei siderado! Puramente siderado! E triste; uma explosão era o mínimo que se pedia.

A cena final ainda causa nós no estômago: quatro silhuetas afastam-se no horizonte e uma diz para outra – Não sei se seria capaz de andar com um policia outra vez. A única coisa que ele fazia era efectuar-me revistas minuciosas.
- E não gostavas?
- Adorava! (risinhos)

Caminhavam os quatro no meio do nada. Do céu caíram (sem se magoarem, claro!), mais uns Mortos-Vivos. Viram os outros e…
…o filme acabou.

Não sei se aguento a Parte 2 do filme! Também não sei se faria sentido haver uma Parte 2 porque se calhar ia ser igual à Noite dos Mortos-Vivos que se passou em terra. Talvez este foi a Parte 1 e o outro a Parte 2.
- Qual?
- O quê?
- O primeiro?
- Esse foi o segundo mas deu primeiro.
- Hein?
- Foi como o Desaparecido em Combate 2. Esse foi o primeiro.
- Já não percebo nada!
… e pergunto eu: interessa mesmo saber?
Recomendo o filme para quem quiser ver actores conhecidos (depende dos filmes que já tenham visto!), num filme de Zombies – O Vôo dos Mortos-Vivos. (A “falta de imaginação” que deu dinheiro). Quase como o Zé Cabra.
- Quem?! E esse era dos vivos?

segunda-feira, setembro 29, 2008

O meu novo projecto (de vida)



Serviços especializados em hotéis.



Um dos empregos (ou trabalhos) que eu gostaria de ter era de ser o tipo que faz testes às coisas. Os testes de jogos de computador (à maneira, baril!), os testes de preservativos (Atenção…só pessoal seleccionado – feminino e jeitoso, entenda-se!), testes a martelos daqueles grandes, enormes para demolição, provas de sabor (se bem que aqui a coisa poderia ter efeitos secundários e causar lesões na tripa, mas…), testar sofás e cadeirões como uma empresa, a La-z-Boy, nos Estados Unidos tem.
Sempre achei que era fixe ser o tipo que testa coisas inquebráveis. Ser Especializado nisso (ou em algo fixe).
Ao que parece, até há tipos pagos apenas para fazer certas e determinadas actividades. No Taj Boston, hotel de luxo em Boston, há um tipo que só acende lareiras – fireplace butler: coloca dois cepos, junta dois troncos, jornais e acende o lume. É um “crânio” no assunto e no melhor tipo de lenha.
Mas ele já não está sozinho porque já há mais 14 tipos como ele no mesmo hotel.
No The Milestone, um tipo só cuida dos animais de estimação (Very Important Pets): levá-los a passear, lavá-los, limpar o cocózito do chão, festas de aniversário, refeições “último grito”, etc. No México, The Tides Riviera Maya Resort, há uma soap concierge que aconselha as pessoas acerca do melhor sabonete a usar, sabonetes nacionais, claro.
Uma cadeia de hotéis e resorts tem um running concierge que acompanha os clientes no seu jogging habitual enquanto fala acerca da cidade e atracções principais.

Não tardará muito, é o concierge sexual. Exactamente.
Para os diferentes géneros e tendências porque há que ser actual e agradar a gregos e troianos; terá diferentes especialidades: o concierge oral, o concierge manual, o concierge coça-micose, o concierge lava-pés e restantes fetiches (chicote e cabedal, etc), o concierge anal e o concierge vaginal, estes últimos mais conhecidos por concierge tapa-buracos.

- Operadora? Fala do quarto 7169. Apetece-me algo mas…diferente, não sei!
- Concerteza, madame. Vejo pelo seu registo que já percorreu todos os nossos serviços de concierge, menos um. Permita-me que sugira, madame, a novidade do momento…
- Siiim…!
- O Concierge Ponto G. Satisfação garantida e segunda oportunidade.

E a versão masculina.

- Operadora? Fala do quarto 7169. Apetece-me algo mas…diferente, não sei!
- Concerteza, senhor. Vejo pelo seu registo que já percorreu todos os nossos serviços de concierge, menos um. Permita-me que sugira, caro ilustre, a novidade do momento…
- Siiim…!
- O Concierge Matulão Zão. Satisfação garantida e segunda oportunidade que nem todos os clientes pedem, devo acrescentar.


... ou então...
...- Siiim…! Diga, diga, homem!
- A Concierge Ganda Corpanzil-Meu!, com ponto de exclamação íncluido. Satisfação garantida e segunda oportunidade que todos os clientes usufruem até à última gota...perdão...ao último minuto, devo acrescentar.

- estes dois exemplos não passam disso mesmo e qualquer conotação com alguma tendência é pura coincidência, uma vez que o serviço contemplaria todas, mas todas as inclinações (que geralmente é para a esquerda mas já se registaram excepções) -

Especialidades ou Esquisitices.
Pode ser ainda, tudo o que o dinheiro poderá comprar!

Acho que vou investir numa empresa especializada em Pessoal Especializado. Hum...

Quem ri assim, não está desempregado!

Combate aos fogos com animais.

Na Serra de Sintra foi efectuada uma experiência com o objectivo de limpar as matas e por conseguinte combater os fogos.
“Nada de extraordinário”, poder-se-ia pensar mas há algo de extremamente interessante neste caso: a limpeza é efectuada por rebanhos de cabras, de raça serpentina. Fazendo uso das novas tecnologias, cada animal é controlado por telemóvel e GPS na coleira, permitindo saber a sua localização / identificação via rádio.

Conforme as áreas batidas pelos animais ficam limpas, as equipas são direccionadas para a área seguinte através de um telefonema para o Cabrão de Serviço vindo da central da Caprinus & Companhia. Há sempre um Cabrão de Serviço, assim como uma Grande Cabra que juntos coordenam um efectivo de 2500 caprinos.
No meio ambiente, o impacto nota-se: as equipas comem tudo o que encontram – silvas, tojo, urze, e qualquer montezinho de trampa que largam, aumenta a fertilidade dos solos.

Até este momento havia a possibilidade de adicionar à experiência, escaravelhos – daqueles que empurram bolas de trampa - para assim se aumentar a área fertilizada.

È um serviço mais caro do que utilizar um tractor (100 a 200€ contra 70€), mas com vantagem ambientais enormes (não polui o ambiente) e também o facto de ser possível “atacar” zonas de impossível acesso a um veículo.
Cada equipa é formada por 150 caprinos e chefiada por um cabrãozito ou cabrita que, ao fim e ao cabo, têm por função comer até não poderem mais e a benesse de poder (literalmente), “fazer merda” à vontade.
A acontecerem transformações genéticas nos animais, no sentido de crescerem de tanto comer e ficarem do tamanho de alces, tal só poderá ser considerado um êxito, ainda maior.

Verifica-se que a promessa do Primeiro-Ministro de criação de emprego está bem encaminhada, uma vez que consta haver um milhão de hectares de floresta com condições para o pastoreio com caprinos, e por conseguinte, capaz de empregar muita cabra e muito cabrão.

terça-feira, setembro 23, 2008

Pós-Férias na Quinta da Piedade

As pessoas não sabem mas a vida na Quinta da Piedade está complicada.

A dada altura, a porca de serviço tropeçou ao passar o portão, caiu e torceu o rabo deslocando também a unha direita do pé de trás. Impossibilitada de prestar serviço, pôs baixa e a Quinta ficou numa “gestão interna”.
Pior. Vieram as férias. Os cavalos foram a galope ter com os parentes do prado mais a norte. Os patos marrecos voaram para longe (alguns; outros ficaram, frágeis demais para voar). Vacas, bezerros, cães, mulas e burros (não todos porque algumas bestas também ficaram), ovelhas, cabras (algumas), coelhos e outros animalejos, foram cada um para outras paragens ter com os seus.

O serviço na Quinta arrastou-se. Um vírus entrou no curral das vacas, passou pela capoeira, disseminando-se por todo o lado. Cada espirro, cada melro (é adaptado mas nem os melros escaparam).
Poucos escaparam; talvez por imunidade ou apenas pelo vírus atacar conforme a ruindade. (admiração?)
Muitos com o pingo no nariz e sem sitio para colocar os lenços de papel. Já ninguém conseguia era aturar a pata - Coxa por ter sido pisada (sem querer, consta…!), pela burra, andava com o pingo no nariz, juntando a isso, o facto de ela falar à “sopinha de massa”, cuspia perdigotos aos quatro ventos.

O lado sul da Quinta era um paraíso para as moscas, moscardos, varejeiras & companhia e nem a distribuição de sapos e rãs pelas divisórias dos animais para ver se os comiam, deu conta do recado. A disseminação do vírus e a falta de asseio de alguns animais, colocou o sistema em bloqueio aparente – aparente porque mesmo arrastando, a coisa ia. Do lado dos porcos, claro, ia mal e porcamente. Do lado das cabras, um pouco aos soluços, tipo “disco riscado” (bééé…bééé…). Todos pareciam mais mortos que vivos, parecendo que tinham “o mal dos coelhos”, quando ficam com os olhos todos remelosos quase cegos.
A Responsável pelo Serviço, já suspirava e transpirava, não sabendo eu se por causa do vírus ou pelo excesso de preocupações. De qualquer das maneiras, fez constar que para o ano “a coisa tem de mudar. Não pode ser assim!”. E era verdade: um carneiro a fazer o trabalho de uma ovelha, ainda vá, agora fazer o trabalho de uma pata marreca…convenhamos, não é?!

Verdade, verdadinha, “a coisa (serviço), fez-se”. A ver agora que parece que toda a gente está de volta, como as coisas correm.

A vida na Quinta da Piedade, vai (correndo!). Mas não tão bem quanto se podia esperar.
Com toda a gente de volta, o vírus foi combatido à base de injecções cavalares que ninguém gostou (menos os cavalos que não estranharam), e supositórios, com poucos a protestar (gostos, vá se lá saber porquê…Tsss!).
O que ninguém esperava é que o Sistema avariasse.
O Sistema era constituído por umas cordas esticadas e presas a uns postes que através de um sistema de roldanas, transportava os recados de uns para outros, de e para a Residência da D. Piedade. Consta que o que aconteceu, e isto dizem as más-línguas das cadelas (o que é que se estava à espera? - andam sempre a cheirar o rabo umas às outras e só pode dar naquilo!), mas consta que foi a vaca mocha malhada que distraída como é, encostou-se a um dos postes para se coçar e tal não era a comichão que acabou por tombar precisamente o poste no qual o Sistema repartia os fios para locais diferentes. Terá visto o que fez e “patas, para que vos quero?”… e deu de sola.
Mas tudo isto, consta… consta. Para quem consiga acreditar na língua de uma cadela delambida.
Agora, temos de esperar que os humanos venham para colocar o poste de pé e corre uma petição para a construção de uma pequena cerca em forma de quadrado para quem se queira coçar, sem prejudicar o trabalho dos outros.
È uma questão de tempo, dizem. Até lá, faz-se o que se pode, olha-se uns para os outros, assobia-se, bate-se com a pata no chão, uns grunhem outros balem e há quem suspire para que um raio lhes caia na cabeça de modo a parar com tamanha algazarra. Tal como os gauleses, alguns têm medo que o céu lhes caia em cima da cabeça (talvez pelos telhados de vidro…hum…).

É esperar para ver.

A Vida é Dura


...mas a única hipótese que tenho é continuar. Em frente, se fôr o caso, para trás se fôr melhor.


A memória poderá falhar mas a lembrança fica para sempre presente.


Custa. E dói.

Melhor é lembrar e sorrir (tentar, pelo menos).


Cá vou, então.


segunda-feira, agosto 04, 2008

31/07/08 - Um Dia de Revolta






...ou o primeiro de muitos.
Perguntas sem resposta. Raiva e mágoa.
Lembranças e Memórias. Sempre.
Somos (enquanto somos).
Feitos de pele, carne, músculos, ossos, cérebro e coração.Cérebro para distinguir o Bem do Mal.Fazer Bem
Somos (enquanto somos).
Coração para Amar e lá colocar todos de quem gostamos e que gostam de nós.
O nosso coração é grande e frágil.
Armazena uma enormidade de sentimentos mas parte-se.
Quebra-se ao mais ínfimo... desgosto.
Somos (enquanto somos).
Tristeza. Mágoa.
Resta o Memorial da Lembrança. Tempos sempre Bons.
Somos (enquanto somos).

Este é um Mundo ao contrário.
Num momento, Somos.
Num segundo... deixamos de Ser.

07 de Abril de 1974
31 de Julho de 2008
(34 anos)

Um Amigo.
Meu AMIGO.
TEU AMIGO,
PARA SEMPRE.
(até um dia...) D.E.P.

terça-feira, julho 22, 2008

MULHERES, ISTO É PARA LER COM ATENÇÃO!!!

Mais um que recebi de uma amiga. Até parece que todos os Homens serão Trogloditas!

Erros (?) dos Homens durante o dito?
1 – Não beijar primeiro: evitar os lábios (sim) e ir tocando o corpo todo.
Um beijo apaixonado é a forma preliminar mais correcta. Disparate! A forma preliminar mais correcta é o toque; suave quase imperceptível mas capaz de descarregar electricidade no momento certo, acompanhado sim, de um beijo mas igualmente suave, apenas ligeiro toque de lábios, sentindo a respiração um do outro.
2 – Espremer as mamas? Não se trata de ver se o melão está maduro mas sim de o agarrar com gana no momento certo e logo aos dois mas até lá...
Acariciar com a ponta dos dedos, ponta do nariz alternando com ligeiro toque dos lábios nos seios, entre os seios, abaixo dos seios e como cereja em cima do bolo, ligeiro toque com a lingua num mamilo. Tudo isto tendo sempre as mãos ocupadas acariciando o resto do corpo, sem...SEM tocar noutras partes intímas. Insinuar, sim. tocar, não!
3 – Abocanhar os mamilos.
Sim mas um abocanhar diferente, provocante: abocanhar com os lábios, sem utilizar os dentes, e sentir aquela pele macia do seio nos lábios. Depois......Lamber e sugar gentilmente: pancadinhas com a língua, encostando os dentes (porque eles também fazem parte da boca), mas sem magoar.
4– Torcer os mamilos, sem ser preciso girá-los entre o indicador e o polegar como se estivessem a sintonizar um rádio…ai ai, isso não.
Mas aquele "é um rádio diferente" e se já por essa altura, a mulher ainda não estiver sintonizada no homem, então é porque é "por favor que está ali" e isso...nem pensar. Agora... complementar o toque nos mamilos com os dedos, de preferência pré-humedecidos nos lábios da mulher, concentrando-nos nas mamas como um todo, com o nosso corpo como um todo.
5 – Despi-la estupidamente. Estupido é relativo porque se "a fome fôr muita", então temos quase cenas dos homens e mulheres das cavernas e...
...é tudo intenso e tão bom! No calor da batalha, se o gajedo parecer tótó, tipo ficarem nuas da cintura para baixo com o soutien espetado na cabeça a tapar o nariz e os olhos, serão de certo as tótós mais sexys à face da terra e o mesmo poderá acontecer connosco, homens. Desembrulha-a como se fosse um presente elegante, provocando-a (mais e sempre mais), não apressando as coisas. Ter uma pitada de sadismo. Hum...
6 – Ser obcecado pela vagina é burrice.
O corpo da mulher funciona como um todo.Não se pode acreditar que é na vagina que acontece tudo…cuidado ao pôr a mão…e nem a mão se põe. A mão tem os dedos e é com os dedos que, depois de terem acariciado anteriormente o pescoço, peito, seios, flancos, costas, coxas, nádegas, pernas, pés e voltando para cima, não necessáriamente por esta ordem, depois, sim, dar atenção ao clitóris e lábios e só depois inserir um dedo, previamente humedecido pelos nos nossos lábios, fazendo com que a mulher repare nesse pormenor.
7 – Exibir logo o carapau só deve funcionar para as fazer rir ou com uma saloia qualquer.
O que se exibe já está à mostra à muito tempo. O que não se vir, irá fazer-se sentir; o corpo como um todo.
8 – Bombar a vagina.
Se o calor da batalha levar a isso e se ambos gostarem, é bombar como se o mundo acabasse dali a minutos. Agora...se o mundo fôr um lugar lindo e aquele momento interessar mais do que o ar que respiramos, então poder-se-à aumentar o ritmo gradualmente intercalando com ritmos mais calmos, nunca parando.
9 – Ir com força?
Mas se ela não se queixar é porque gosta e não estará a olhar para a côr do tecto!
10 – Orgasmo depressa demais?
A acontecer é porque o calor é tanto que a batalha irá prometer, e muito! Há sempre o voltar ao inicio e assegurar, garantir o prazer de ambos.
11 – Não se importar com o não prazer dela é parvoice.
Esmerar para ela e nós termos prazer. No Prazer está a resposta.
12 – Perguntar se ela teve orgasmo é o que menos importa.
Isto não se pergunta. Sente-se. Percebe-se. A maioria das mulheres treme e faz barulho. O Orgasmo é o clímax de tudo mas a não haver orgasmo, o clímax encontra-se recapitulando tudo e notando que ambos gostaram e...quem sabe, voltarão a repetir.
13 – Sexo oral.
Uma boa higiene de ambos é fundamental. Como fazer? É usar a imaginação e...
14 – Acidente Anal?
Perguntar não ofende mas o melhor é insinuar e observar a reacção.
15 – Posições estúpidas não há.
O Prazer manda.
16 – Ladrar instruções.
A falar é que agente se entende e só assim é que sabe o que cada um gosta...mais ou menos.
17 – Dizer Asneiras?
Se ela gostar logo saberás…Ui…há cada maluka!
18 – O fim (ou começo de algo...).
(Se alguém precisar de sair, ir ao wc que volte logo porque) No fim está ainda o calor de cada um, o olhar e sempre o toque, sem complexos. E se por acaso...só por acaso o calor aumentar... é seguir o instinto.

domingo, julho 13, 2008

(A)O(s) meu(s) Pais


Heróis ao alto.

Nobres pessoas de coração valente e para (todo o sempre) Imortais.


Levanta-te, hoje de novo, sê tu, onde quer que estejas.

Entre as ruas da (e na) memória, no teu país faz(es)-te ouvir,

como outros tantos o fizeram antes de ti.

Como eles conseguiram, também tu lhes seguirás as pisadas

e o destino a ti pertence.


Faz-te à Vida.

Vive a Vida onde quer que estejas.

Luta por ti.

Usa a tua herança e enche-os de orgulho e descanso.


Mostra do que és feito.


segunda-feira, junho 30, 2008

Momento de T E R R O R ...!

Estava impossibilitado de sair de onde estava.

Os movimentos estavam um tanto ou quanto limitados.

Não podia sequer levantar-me.

Após o alivio inicial ao me sentar,olhei à direita e o pânico surpresa encheu todo o meu ser.

Aquelas 4 paredes parecia que começavam a fechar-se à minha volta.

As criaturinhas passeavam à minha frente tendo passado pela porta outrora encostada.

- "Para a próxima já sei!Não fecho a porta e olho logo para ver se há papel!".

Aquelas criaturinhas miavam um para o outro enquanto davam patadas no rolo de papel higiénico e o arrastavam levando-o na boca, pela casa fora.

- "Porquê, oh meu Deus!Porquê!".

A moral da história: A Rapidez é a Inimiga do Alívio.

As Pestes












terça-feira, junho 24, 2008

Troca de E-mail's







Date: Mon, 23 Jun 2008 10:45:27 +0100>
From: jlami
To: faspalos@hotmail.com>
Subject: Re: FW: Interessante>
>
> O IVA de um preservativo é 5%. O IVA de uma cadeirinha de automóvel, obrigatória para quem tem filhos até aos 12 anos, é 21%.
Tem lógica: mais vale prevenir do que remediar.
> Numa entrevista à televisão, o Primeiro-Ministro define a Política como "A Arte de aprender a viver com a decepção". Para variar (!!!), ele não está a mentir. O problema aqui é o seu (não) domínio de inglês técnico. Certamente que ele pensa que "decepção" é sinónimo de "deception". Acontece que "deception" não significa "decepção" mas "mentira".
Portanto, ele na verdade quer dizer "A arte de aprender a viver com a mentira". No caso, ele viver com a sua própria mentira. Olhando para o seu percurso de esquemas e para os seus amigos (Vara, Berardo, etc), não me parece que ele tenha tido que aprender a viver com ela. Acho que foi inato.
jlami
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A Resposta:
Quem sabe, sabe e ele (Sócrates, político, não o filósofo), sabe e nós sentados, vemos a caravana passar.
Ou melhor...vamos nela.

O IVA (a existir!) na China e Japão não é o mesmo para os preservativos do que por cá. Eles devem de dar é 5% ou mais do valor no acto da compra para encorajar a utilização afim de evitar um nascimento indesejável.
Um filho por casal é a política deles.
Das duas, uma: ou vou para a China, só tenho um filho mas ponho o dinheiro ao bolso...ou ...fico por cá, sentado na caravana, saltando no banco ficando com dores no rabito por as molas já estarem partidas porque a caravana é a mesma já há largos anos atrás fazendo-nos doer o ânus de tão duro que está.

Caravana de Babel (ou não), cá nos entendemos e por mais estrangeiro que o político fale ou eloquente tente ser, jamais chegará à tumba do original Sócrates e tocar-lhe nos calcanhares e nós...nós?
Super-Nós que se não fosse o tradutor simultâneo e incorporado (que por vezes tem intermitências...!), caíamos (mais vezes!).
Fernando A. S. Palos
NeverEnough



sexta-feira, junho 20, 2008

Uma vez no Algarve...

Durante alguns anos passei as minhas férias no Algarve mais propriamente em São Bartolomeu de Messines.
Conheci esta localidade através de um amigo meu cujos pais são naturais do Algarve. Fui a primeira vez e tornei-me fã, ainda para mais por ter sido tão bem recebido pela malta jovem de lá e de quem fiquei amigo.

Gente do melhor.

As noites eram passadas sempre em conjunto. Fosse no bar que servia de ponto de encontro onde podíamos ficar pela noite dentro, ou numa saída que chegava a juntar três ou quatro carros, tendo como destino… o que quer que nos desse na cabeça. O que S. Bartolomeu de Messines tem de bom é que fica mesmo (praticamente) no meio de tudo; é só decidir ir para a esquerda ou para a direita.

Numa das vezes que fui lá, saí do bar com um amigo de Lisboa e outro lá da terra, apenas com o intuito de irmos beber um copo a Albufeira:
– Sim…a gente só vai mesmo a Albufeira! É só beber um copo, estamos um bocado e vimos embora. – E era mesmo para ser assim, só que durante o caminho e quase a chegar a Albufeira, não sei porque razão, a conversa foi parar a Espanha e de repente fez-se silêncio quando eu perguntei:
– Espanha? (silêncio)
O meu amigo já me conhecendo não disse nada, mesmo a ver que eu já tinha “uma fisgada”. Dei meia volta e rumei para o desvio em direcção a Espanha só que olhei para o indicador da gasolina e perguntei se havia alguma bomba de gasolina na Via do Infante. Como a resposta foi negativa, voltei a dar meia volta e fui directo às bombas à entrada de Albufeira.
Enquanto eu enchia o depósito, os outros dois foram “mudar a água às azeitonas” e enquanto faziam o servicinho, um dizia para o outro:
– Olha que êu não quero ir a Espanhã! – Ao que o meu amigo respondia enquanto sacudia a tringalha:
– Olha que ele vai! Olha que ele vai! – E ria-se que nem um perdido.

Resultado?
Fomos para Espanha, andámos por Ayamonte pelos bares, falámos com umas raparigas espanholas que quando perceberam que a malta era “tuga” disseram que não entendiam o nosso espanholês e mandaram-nos dar uma curva quando começámos a falar em inglês.
Abandonados mas alegres, encontrámos um bar com música ao vivo e ficámos lá a ouvir a banda espanhola a cantar em inglês e só digo que foi a versão mais divertida que ouvi de “Sultan’s of Swing” dos Dire Straits.
Enquanto eu e o meu amigo algarvio bebíamos as nossas cervejas e riamos da pronúncia do vocalista, rimos mais quando vimos o nosso amigo sentado numa banco de jardim que havia lá dentro, tendo na outra ponta um tipo sentado a olhar para ele com um ar sereno e cândido, digamos que convidativo. O nosso amigo reparou que estávamos a olhar para ele (já há muito tempo!), riu-se à gargalhada enquanto apontava com o polegar para o tipo na outra ponta no banco. Não aconteceu nada com eles (queríamos rir mais e não pudemos!).

A noite chegava ao fim em Espanha e ainda tínhamos o regresso. Fizemos um pit-stop no estacionamento da discoteca Kadok para comer um cachorro-quente ainda a tempo para ouvir uns tipos do norte a dizer mal do Algarve:
– Isto é sempre assim! Não se consegue entrar em lado nenhum! As praias “isto, as praias aquilo” - …toda esta conversa ao pé de um algarvio.
O algarvio só lhes disse:
– Isto nã presta mas tu ‘tás cá sempre, né?

Estava a ver que acabávamos à porrada mas tudo se resolveu com silêncio e umas trincadelas nos cachorros.

Chegámos a bem casa. Na noite seguinte…houve mais aventuras!

(um abraço para Messines)

Samurai - O Guerreiro na Serra da Estrela


Serra da Estrela - Passagem de Ano (sempre actual!)



Numa passagem de ano alargada (apanhava um feriado numa 5ªfeira), eu e mais dois amigos decidimos alugar um carro na rent-a-car onde eu trabalhei, havia pouco tempo. Sabendo de promoções especiais de fim-de-semana, falei com um ex-colega meu e estava tudo preparado para ir buscar um carrito pequeno (Peugeot 205), e barato, só que quando eu liguei a confirmar a hora do levantamento fui informado que não havia carros. Pensava que se tratava de uma brincadeira mas não...
– O Big Boss decidiu renovar a frota nesta altura e tivemos de cancelar as reservas. – Eu fiquei em pânico. – Mas não te preocupes que falei aqui com os tipos da rent-a-car ao lado e eles têm um carrito para ti e o preço é mais ou menos o mesmo. – “Mais ou menos o mesmo…” - , pensei eu. Bem…
Quando fui levantar o carro e depois de tratar do preço / caução (que tinha ficado em mais uns 20 contos), fomos ver o carro que o recepcionista dizia:
– Está mesmo ali. È aquele branco. – Eu na porta, olhava para fora e não via nenhum carro branco.
– Onde está?
– É aquele branco ali. – enquanto arrumava uns papéis.
O “carro branco” era um Suzuki Samurai de capota de lona. (misto de surpresa e pânico porque eu sabia que o preço de um jipe era bem diferente de um carro). O preço baixou porque durante a inspecção verifiquei que a lona não prendia em vários sítios (e íamos para a Serra da Estrela que não é propriamente um local quente!), não tinha buzina e não havia triângulo. Acabou por ficar a uma nesga do preço do carro mas valeu a pena.
Quando cheguei ao pé da malta que ia nessa viagem, foi o delírio e gargalhadas quando os avisei que tínhamos de arranjar um triângulo e de tapar com fita a lona à volta para não entrar frio (e mesmo assim não bastou, mas deu para rir e a bem rir). Para fazer a vez da buzina eu disse que a hipótese que tínhamos era de gritar os três ao mesmo tempo e bem alto. Rir, mais uma vez e…siga a dança!

Durante a viagem, sempre com o aquecimento ligado e com um tipo com quase 1.80m no banco de trás, malas com roupa no outro banco traseiro porque espaço é algo que não abunda num Suzuki Samurai, reparei que o indicador da gasolina estava a meio e abanava tal e qual uma seara ao vento e por vezes a luz da reserva acendia. Toca a baixar dos 130km/h (que aquilo não dava para mais!), e avisar as hostes. Resignação geral do trio e raiva ao quadrado quando reparámos que um 2 CV “Vermelho Ferrari” passava por nós, “na brasa dos seus 115km/h”. Todos os nomes feios nós chamámos ao desgraçado condutor e ocupantes do 2 CV enquanto eles se afastavam e desapareciam no horizonte. Rimos e gritámos de raiva tristemente divertida. Contudo a minha preocupação era a gasolina e tivemos de sair da Auto-estrada e fazer o resto do caminho pela Nacional.

Na manhã da ida à Serra da Estrela, “ía todo feito” para tomar um duche quando senti na pele a água gelada, mesmo depois de passar pela caldeira (tinha um problema qualquer e não aquecia a água convenientemente). Desisti, assim, ao milésimo de segundo, e apenas molhei os dedos mindinhos e tirei a ramela dos olhos e - …já está! – Fui lá fora e coloquei o Samurai a trabalhar para aquecer (a ele e a nós, depois!).
Durante a descida da Serra, fomos ultrapassados “à lá gardére” por uns tipos num VW Jetta azul escuro e tal não foi a manobra que partiram o espelho no carro que vinha em sentido contrário, tendo eu apenas tempo para tirar o pé do acelerador.
Continuando a descida e passados uns 30 minutos, numa recta depois de uma curva reparei que iam uns tipos a atravessar a estrada e comentei que seriam os do Jetta azul. A dada altura eles param a meio e ficam a olhar para o carro que vem em sentido contrário com umas miúdas lá dentro.
Nós, aproximávamo-nos e eu apitei mas não ouvi nada.
Não havia buzina
– Então e agora como é que eu aviso os gajos? – (não me apetecia nada abrandar ou parar por causa deles; ainda para mais estando eles plantados no meio da estrada) – Olha…vou acelerar pode ser que eles ouçam o barulho do Samurai e saiam da estrada! – Meu dito, meu feito.
Acelerei fazendo o Samurai “berrar de raiva” e assim que chegámos ao pé deles, os tipos assustaram-se e saltaram para o outro lado (o que faltava atravessar), da estrada, a barafustar connosco. Rimo-nos e seguimos caminho até nos dar a fome e decidir para num restaurante à beira da estrada para petiscar. Assim que estacionei e saímos do carro, outro carro parou e de lá dentro saíram 4 tipos caminhando na nossa direcção. Voltei-me para trás e disse:
– Olha quem são estes!
Os meus amigos olharam e um (que era bem forte) colocou-se ao meu lado enchendo o peito enquanto o outro andava a olhar para o chão de uma lado para o outro parecendo um cão frenéticamente a farejar algo. Não liguei e preparei-me para o confronto.
- Olha lá…tu é que és o tipo do jipe branco? - (pronúncia do Porto. Temos festa!) – Achas bem aquilo que tu fizestes, hein?! - Dito com ar de Fúria Nortenha. Eu, sem dar parte de fraco, com “um de peito cheio” a meu lado e outro que ainda não tinha encontrado o que fosse que procurava, voltei-me e perguntei agressivamente apontando o dedo:
– E tu? Achas bem aquela m… que vocês fizeram? Parados no meio da estrada. Eu sei bem porque foi… Foi para olhar para aquelas gajas que estavam a passar naquele carro…pois foi, foi – (Isto dito com a maior certeza e convicção do mundo). Aí, os tipos amainaram logo e apartir daí foi só gargalhadas para o ar de ambos os lados:
- Puódes crer, carágo! As gaijas eram bem buoas…hahahahahahaha…!
E nós:
- Hahaha….Eu vi logo! Hahahaha…Estás a ver? Hahahaha… Eu disse que era por causa das gajas! Hahahaha… Aquelas do carro…Hahahaha!
Por essa altura já o “farejador” do nosso amigo tinha parado e mesmo apanhando as gargalhadas a meio, forçava o riso, a bem rir, batendo com as mãos nas pernas – Hahahahaha…haha…háaa…aaa!

Despedimo-nos, desejando uma boa Passagem de Ano. Os tipos afastaram-se e voltei-me para o “farejador”…
- Então, meu?! Os tipos a virem na nossa direcção, estava a ver que ia haver m…, e tu não paravas de andar de um lado para o outro, meu! Este já estava ao meu lado de peito tão cheio que parecia rebentar e tu… - Ao que ele respondeu:
- É pá…eu vi logo quem os gajos eram e que parecia que ia haver cena da grossa…
- E então…!
- Então pensei que a haver cena, havia de dar uma ripada num e comecei logo á procura de pedras, só que não encontrava nenhuma!
- (ao mesmo tempo que imitava o acontecido, andando de um lado para o outro como os cães).
Rimo-nos novamente e tão alto que os outros tipos ainda ao longe ouviram, olharam e nós respondemos com acenos e gargalhadas (assim do estilo… - Vai, vai…hehe… adeus…hehehe… e tem cuidado a atravessar a estrada, hein…).

Foi uma Passagem de Ano engraçada. Boa, mesmo.

sexta-feira, junho 06, 2008


Na Suécia habita gente esperta.
Inteligente.
Um exemplo para o resto da malta do planeta Terra.
- Várias cidades produzem metano em estações de tratamento de esgotos, utilizando bactérias em espaços de vácuo, produzindo 2/3 de metano. O aproveitamento de dejectos humanos, calcula-se que dê para percorrer 120km num carro.
Só por aqui dá para ver que há idiotas (de ideias) na Suécia e que só é superado, em ainda maior número, pelos (verdadeiros), idiotas do resto do mundo. Estes últimos também produzem “gases”, partilhando por vezes com os outros mas apenas para seu entretenimento e “gozo” pessoal.

Coisas…!


Por outro lado, em Paris, França (mas se fosse Paris, no Texas também não iria espantar muito!), uma estilista lançou no mercado uma gravata de seda com o nome “Vida num Bolso”. O insólito surge num pequeno bolso escondido contendo um preservativo. A boa intenção está no facto dos lucros reverterem para a Sidaction, organismo que ajuda doentes com sida.
O erro está no nome colocado ao produto: é que a gravata só conterá “Vida num Bolso” se o preservativo conter vida (mesmo que temporariamente, como é sabido. A não ser que a gravata seja refrigerada, podendo assim manter a vida…digamos, viva!).
Um lapso que alguém mais perspicaz poderá encarar como “publicidade enganosa” e quem sabe até pedir o Livro de Reclamações. Quem sabe!

Num lado do mundo, uns espertos, idiotas.
No outro, uns idiotas, nada espertos.
O Mundo (só!?) hoje.

quarta-feira, junho 04, 2008

A Igreja e os ET's




Já nem os "homenzinhos verdes" escapam...!


Sem mais assunto ou melhor, sem qualquer resposta prática e material para os problemas que assolam o mundo, hoje e desde há algum tempo, o Vaticano volta-se para o exterior, sendo o exterior, o espaço. Isso mesmo. O espaço dos astronautas e dos satélites. Faz sentido se seguirmos a máxima de Deus, criador do céu e da terra, criador do universo.


Portanto, tudo o que lá por fora deambula: planetas, asteróides, meteoritos e até o mais ínfimo indício de vida. Indício de vida pressupõe…extraterrestres. Seres verdes, cinzentos ou transparentes, uma ou duas cabeças, braços ou pernas que segundo o director do Observatório Astronómico do Vaticano, o jesuíta José Gabriele Funas, “os extraterrestres são meus irmãos”. (já agora, digo eu!)

Uma afirmação destas não deixa de me causar alguma perplexidade; como é que uma instituição que colocou em causa as observações astronómicas de Galileu (o mesmo tipo de observações que julgo farão no observatório(!!!)), que contradiziam a “certeza absoluta” da Igreja de que a Terra era de facto o centro do universo em torno da qual, o Sol e planetas giravam, que o obrigou, literalmente a retractar-se publicamente, agora (ou desde que terá decidido criar o Observatório Astronómico), vem validar a existência de vida extraterrestre, uma vez que não se pode colocar limites à capacidade criadora de Deus?
É a Igreja a expandir os seus horizontes e logo para cima. Não sei se a pedir redenção ou simplesmente para não ver a porcaria que vai cá por baixo.

Não dá jeito, sabem?!
Como se não tivessem bastado as atrocidades que cometeram, em nome de Deus com as Cruzadas.

Coitado do ETzinho que aterrar na Terra – mais cedo do que tarde terá um batalhão de clérigos a benzerem-no e a citar as escrituras e logo, logo andará de cruz ao peito (se tiver peito!) e de bíblia na mão (também se a tiver!), a espalhar a Palavra do Senhor.

Deverá (deveria) a Igreja preocupar-se era com as questões terrenas e verdadeiras com algo mais que palavras, situações que estão perfeitamente ao seu alcance: ajudar os pobres e os desprotegidos, os idosos e as crianças. Ser ela uma Benfeitora Material utilizando os seus recursos para isso.
A Igreja é uma Nação. Cresceu bastante em influência e riqueza, muito para além da verdadeira palavra de Jesus (“Pratica o Bem. Dá o que puderes dar, de boa vontade”. Ajuda quem precisar. Sê Bom”.). A Política está na Igreja desde o tempo de Constantino, senão antes. O pensamento é - “O que será melhor para nós?”, e não para quem precisa.

Esperto terá sido Deus porque se existe vida inteligente, a colocou bem longe da Terra, assim como uma 2ª hipótese de existência.
Como se costuma dizer: Se à primeira não conseguires…tenta outra vez (melhor!).

sexta-feira, maio 30, 2008

Portugal, hoje.


Diz um estudo realizado no âmbito da “Plataforma contra a Obesidade e Boas Práticas do Algarve” que os pratos de peixe aumentaram cerca de 156% nas ementas de 276 escolas algarvias. No outro lado temos a greve dos armadores e pescadores e a preocupação por parte dos restaurantes de terem de arranjar ementas alternativas.
Parece que as “Boas Práticas do Algarve” vão ter de esperar mais um pouco até colocarem em prática os pratos de peixe nas escolas e assim melhorarem a dieta das crianças.
A Associação Nacional de Municípios Portugueses pede que o congelamento dos passes sociais seja alargado ao resto do país, não apenas a Lisboa e Porto. Os combustíveis sobem a uma velocidade mais rápida à de se trocar de camisa. O carjacking continua (diz-se que mais comum apartir das 19 horas), e os assaltos também mas por cada bando que é apanhado, há outro que surge. Eles “andem aí”.

O “amanhã” em Portugal indica que iremos ficar gordos que nem uns texugos por não podermos variar a dieta com peixe (porque não há), e o pior é que será desde novos na escola, isto se não nos tornarmos vegetarianos de tal maneira a que nem as ervas daninhas escapem.
As bicicletas nas quais nos iremos deslocar terão de possuir três ou quatro rodas – triciclos e quadricicletas (?), afim de aguentarem com o nosso peso.
Se nos tornarmos vegetarianos, ficaremos tão leves que usaremos balões de hélio com formas de animais para nos deslocarmos, largando lastro para subir, esperando que bons ventos nos levem directos ao local de trabalho, senão…teremos falta!
Não havendo combustível barato, não haverão carros nem poluição e com o combustível tão caro também não haverão as “bombas” como os BMW e AUDI Q7 e aí acabará o carjacking – é sabido que esse tipo de carros de alta cilindrada, são os apetecíveis dos larápios.
Não havendo dinheiro não há riqueza e acabarão os assaltos!

É capaz de se instalar uma “anarquia” em que todos mandam e todos têm razão e em que todos respiram melhor, senão houver nenhuma veia obstruída pela gordura até então acumulada.
Sem carros, sem poluição, sem dinheiro e sem peixe para comer mas gordos que nem uns leões-marinhos ou leves como folhas ao vento.
Portugal, hoje (…até ver!).

Apelo:
Dêem-nos carros híbridos ou não-poluentes, bicicletas ou carrinhos de esferas, plantemos vegetais para, como diz a Suprema Mestra Ching Hai “estabelecer uma nova dieta no mundo”, que se dê utilização às ervas daninhas que crescem encostadas aos prédios e por entre as pedras da calçada.
Utilizem-se novamente os tanques para lavar a roupa que não utilizam electricidade e fazem trabalhar os músculos dos braços evitando as artroses e promovem o falatório e novos conhecimentos.
Utilizemos o vento e o sol para secar a camisa interior e a ceroula.
Revitalize-se o corpo e a mente e os tanques de lavar roupa comuns, como ainda os há nas aldeias; tragam-nos para as cidades e coloquem-nos nos jardins e condomínios privados, promovendo o falatório e novos conhecimentos (que se possa dizer ao amigo que se conheceu a namorada no tanque público enquanto lavava a roupa, em vez da lavandaria da rua).
Carroças para todos, livres de circular nas auto-estradas e cidades e utilize-se o estrume dos animais para fertilizar as hortas e jardins.
Sejamos felizes - "Eu tenho razão. Mas tu também! Viva nós!"

Portugal, hoje...(até vêr!) (suspiro)


quinta-feira, maio 08, 2008

DIA INTERNACIONAL DO HOMEM.

Esta é a resposta ao sem número de E-mails maliciosos enviados por entidades femininas, abusando do Ser Lindo e Bonito que é o Homem - o Homem, como respeitador da Mulher e não o homem Abusador e de Mau Carácter.

Ser homem é:

- Sentir após a dor física de uma bolada nos tomates, as mãos suaves de uma bonita e boa mulher no local afectado;
- A possibilidade de entrar numa sala de fato e gravata no Verão e arrebatar a audiência feminina que não muito mais tarde fará a fineza de lho arrancar do corpo;
- O suplício de fazer a barba todos os dias ao contrário de algumas mulheres que deixam os pelitos nas pernas provocando uma comichão desgraçada que os homens sentem nas costas quando cruzadas à nossa cintura;
- O desespero das cuecas apertadas já lá vai, chegaram os boxers-shorts e nunca esquecer o Poder de andar "à solta", livre dentro das calças;
- A loucura de fingir indiferença diante de uma mulher sem soutien é perfeitamente compreensível ainda para mais se faltar tirar a parte de baixo;
- A loucura de nunca resistir olhar para umas belas pernas com uma mini-saia;
- Ir à praia com um mulherão e olhar para aquele mulherão que está deitada ao lado e imaginá-los aos três;
- Viver sob o risco de ter de andar à porrada com outro homem por este não ser capaz de corresponder aos desejos da sua companheira, ter responsabilidade de avançar e tomar conta do caso;
- Vigiar o grelhador no churrasco ao fim de semana, enquanto todos se divertem será factor de chamariz feminino se estiver de tronco nú, suado dos calores do churrasco;
- Ter de resolver os problemas do carro dá jeito quando se cruza na estrada com o carro empanado de uma mulher - na hora da cobrança é que é;
- Ter de reparar na roupa nova dela, tentando descrotinar o que estará por baixo e como será despi-la toda ali e agora;
- Reparar que ela mudou de perfume ao beijar o pescoço esguio e sensual;
- Ter de reparar que ela mudou a tinta do cabelo de Imedia 713 para 731 loiro/bege quando a almofada ou os lençois ficam debotados pelo suor após intensa actividade sexual;
- Ter de reparar que ela cortou o cabelo, mesmo que seja só 1cm, só porque o lóbulo da orelha ainda ficou escondido;
- Ter de jamais reparar que ela está com um pouco (pouco!) de celulite porque importa ter onde agarrar firmemente;
- Ter de jamais dizer que ela engordou, ainda para mais porque não terá sequer tempo para isso dada a intensidade de exercicio que pode ser efectuada a dois (ou a 3...);
- Desviar os olhos do decote da secretária, que se faz distraída e deixa a blusa desabotoada até ao umbigo para de imediato olhar para as suas pernas e imaginar despi-la ali e agora;
- Ter a obrigação de ser um atleta sexual;
- Ter a suspeita de que ela, com todos aqueles suspiros e gemidos, só está a tentar incentivar-nos, só dará mais "pica" para a fazer deitar cá para fora os verdadeiros gemidos e uivos;
- Ouvir um NÃO, virar para o lado conformado e dormir, respeitando a vontade, embora depois durante um bocado de tempo a cama fique a tremer e arriscar uma tendinite nos pulsos;
- Ter de ouvi-la dizer que está sem roupa, quando o problema é onde colocar novos armários para guardar mais roupa e confortá-la dizendo-lhe "para que queres mais roupa se não faço intenção nenhuma que as tenhas vestidas durante muito tempo?";
- Ter de almoçar aos domingos na casa dos sogros, discutir política com aquele velho reaça, tratar bem os sobrinhos, (porque ela vai gostar e demonstrá-lo depois), controlar-se para não olhar logo para o decote da irmã dela (imaginando-os aos três, em familia) e arrear um arraial de porrada (às escondidas) ao irmão dela, sacana do caraças que vem sempre pedir dinheiro emprestado, alegande que o pobre coitado caiu de repente no chão.
- Entalar a gaita na porcaria do fecho. São duas dores...... É o entalanço e depois abrir o fecho outra vez...... mas depois vem a enfermeira de mãos suaves e pomadas milagrosas, de lábios carnudos e suculentos e formas voluptuosas e sensuais dar uma ajudinha.


Porque os (Verdadeiros) Homens merecem, caramba!

segunda-feira, março 17, 2008

Relatório Minoritário (versão portuguesa)


Acho muito bem.

Subscrevo a opinião deste senhor Gary Pugh, director de ciência forense da Policia Metropolitana, Scotland Yard. Digo também que esta deveria de ter sido das primeiras decisões a ser tomada, senão a nível mundial, sem duvida nenhuma em Portugal.
Numa altura em que se ouve falar da criação de bases de dados para isto, base de dados para aquilo (umas necessárias há muito mais tempo), segundo o jornal Global Noticias e Correio da Manhã de 17 de Fevereiro de 2008, surge um perito britânico que “defende a inclusão numa Base de Dados de ADN de informações dos alunos do primeiro ciclo … que poderão vir a ser delinquentes no futuro”. Defende que quanto mais cedo se identificar os potenciais delinquentes, melhor e que é imperativo averiguar “quem representará uma ameaça para a sociedade”.
Haverá quem se lembre (ou não), de um filme de Tom Cruise, Relatório Minoritário, no qual, através de visões de três entidades apelidadas de Gémeos, descobriam-se pessoas capazes de cometer crimes, ainda antes de eles terem acontecido.
É logo o que me faz lembrar. Ora nem mais!
Tenho, contudo alguma dificuldade em apontar uma altura apartir da qual tal empreendimento pudesse ter sido iniciado em Portugal. Se na época posterior aos Descobrimentos, aquando do inicio do declínio e perca do domínio português no mundo ou nos tempos que correm – note-se que “estes tempos que correm” tiveram inicio depois do 25 de Abril de 1974.
É um exercício mental engraçado de efectuar: nessa altura a base de dados que existisse, e já “mediana e minimamente real”, a ser actualizada – para não falar do próprio inicio, seria um suplício, concerteza. Logo aí, teriam surgido os precursores, do mais tarde celebrizado no tempo do Velho Oeste, Pony Express.
Tal não seria nada de admirar, uma vez que é do conhecimento geral – e com muita pena, pouco conhecimento mundial, o engenho dos portugueses. Exemplos não faltam: desde da (muito possível) invenção/criação da caravela, da sua adaptação (e a da nau também), a diversas situações e funções, à introdução e utilização de diferentes tipos de velas e sua utilização conjunta, para não falar de armas de fogo nas embarcações, com carregamento pela culatra, diferente do carregamento habitual pela boca utilizado “alguns” anos mais tarde na batalha de Waterloo (atrasadinhos, coitados!).
Mas continuando na Base de Dados “Real mas Fictícia” do tempo dos Reis, e salve-se D. João II, impulsionador dos Descobrimentos (e salve-se qualquer erro da minha parte porque sabe-se também que a idade não perdoa!), se desde essa altura houvesse fiscais a fiscalizar, de aldeia em aldeia os adolescentes, da plebe e não só, uma vez que a insanidade não era só privilégio dos pobres e mal afortunados, instalando-se também imagine-se (!) na nobreza, logo mas logo aí iriam ser descobertos os P.C.M.M.M.R. – Possíveis Causadores de Males Maiores e Menores ao Reino. Procurar-se-ia reeducar os indivíduos para um fim bom e de utilidade, nem que fosse útil desviá-los da possibilidade de cargos de poder.
O campo das possibilidades, da ficção é capaz de nos elevar o ego porque sonhar…não custa. Caramba, imagine-se Portugal ou o “talvez” ainda Reino de Portugal com Enorme ou apenas Grande Peso no mundo; e isto porque não haveriam colónias… como agora… o nome já não existe. Foi substituído por Influência Contínua, nome nunca escrito e raríssimas vezes sussurrado. França, Holanda, Inglaterra, p.e..
Grande Portugal, seria!
Pessoas certas, boas nos sítios certos. A vida a correr bem e até as coisas menos boas ou que aparecessem más, rapidamente seriam corrigidas e melhoradas. A pobreza erradicada ou então, se nem todos pudessem ser ricos, haver um plano real e eficaz onde todos se sentissem apoiados. Sem crime; ou a haver, era rápida e certamente erradicado com os criminosos reabilitados. Sem salários exagerados. E o salário mínimo, justo. Custo de vida bom. Grande Portugal. Seria!
Imagine-se, sem as “criaturinhas” que no pré declínio do Império Português ou pós 25 de Abril de 1974, abriram os buracos e nos arrastaram lentamente para um banho de lama pegajosa e difícil de lavar/tirar da roupa e mãos. Talvez a seca venha a ser benéfica e torne a lama frágil e estaladiça o suficiente para nos conseguirmos libertar dela.
Esperemos, já agora que se a ideia do perito britânico for posta em prática, apanhe na adolescência os “futuros que nunca serão”, políticos, gestores, directores e responsáveis de cargos importantes em programas de reabilitação ou a não haver melhoras, os ponha a brincar com uma bola e a fazer castelos de areia até ao fim da sua vida. Parece que há uns quantos quebra-mar que se forem construídos ali para os lados da Costa da Caparica, o mar não leve a areia e não entre terra adentro.
É que sem areia, não dá para fazer castelos…!

segunda-feira, março 10, 2008

O amanhecer é lento

A dada altura num livro que li, o autor utilizou a seguinte frase: "A curiosidade matou o gato. Mas a satisfação, trouxe-o de volta." Ao contrário de numa situação destas, as coisas não acontecem com a rapidez desejada, apesar da vontade. Mas a curiosidade funciona.
Na sequência da adaptação às necessidades por parte dos povos, populações ou nações, tal como visto anteriormente nos "Caçadores de Nuvens" do Chile, surge mais um exemplo da adaptação dos recursos (naturais) às necessidades, cá mesmo em Portugal. Contudo, enquanto que no Chile os custos de tal empresa não são de grande monta para o bom resultado esperado e resumem-se à aquisição de uma rede de grandes dimensões, umas cordas e um cano/tubo de plástico cortado ao meio ao comprimento da rede, preso depois a dois postes de madeira altos, em Portugal para coisas mesmo simples, é preciso recorrer ao apoio estatal.
De Norte a Sul há exemplos de individuos, com e sem estudos, capazes de ideias e inventos úteis ao país. O Dr. João Claro, da Universidade de Trás-os-Montes, professor/investigador, segui durante dois anos a convicção de que o sistema industrial poderá imitar (e bem), o natural..."nada se perde, tudo se transforma." O Processo de Valorização dos Residuos e Efluentes da produção de Azeite, parte do pressuposto da mistura dos residuos do azeite com o pó de cortiça, transformando-os num compósito altamente calorifico.
No que resulta juntar aos residuos de azeite, pó de cortiça? Uma biomassa com poder energético 20% superior. Não é apenas o poder energético que sai valorizado, uma vez que também poderá ser utilizado para corrigir solos alcalinos ou como fertilizante.
A invenção simples do Professor português, esbarra na realidade do país, contrária à realidade que o Professor Pardal encontra nos livros de banda desenhada onde tudo resulta ao estalar de dois dedos. Este produto necessita de financiamento para ser posto em prática e para tal, já foi proposto a apoio financeiro do Quadro de Referência Estratégico Nacional - QREN.
O que é necessário em Portugal é dar prioridade a projectos que garantam evolução, aproveitamento ou reaproveitamento de recursos ou de residuos. "Igualar", tanto quanto o possivel, a simplicidade dos "Caçadores de Nuvens" chilenos, aproveitando a muita criatividade que há em Portugal.
Não pagaremos nós o suficiente para que garantindo os apoios necessários a quem deles precise, possamos depois beneficiar com isso?
Ou o que já pagamos está a ter ou "aproveitamento?
O Ciclo do Dinheiro deverá continuar: gastar no necessário para usufruir. Todos.
Mas o amanhecer é lento em Portugal.

sexta-feira, março 07, 2008

Óbidos - por onde o tempo não passa


















Raios de luz entravam, a medo por entre as portadas da janela.

Os pássaros já haviam saudado o começo de um novo dia.

Era a minha vez.

Levantei-me e dirigi-me à janela; abri-a e inspirei profundamente. Senti o Sol a aquecer-me a cara.

Um pássaro pousou num ramo de árvore à minha frente e olhou para mim (pareceu cumprimentar-me).

Um novo dia na minha Vila.


quarta-feira, março 05, 2008

Um dia na vida Real

Acordei com a paz do Senhor.

O cheiro suave dos lençóis acompanhou-me na jornada pelo reino dos sonhos. A luz penetrava pelas portadas da janela juntamente com o chilrear dos pássaros e as vozes de pessoas lá em baixo no pátio.
Na cama ao lado, a minha Dama dava ao novo dia os primeiros sinais de agradecimento pela noite bem dormida. Saí da cama, calcei os chinelos e sentei-me à beira da sua cama acariciando-lhe os cabelos, sussurrando-lhe “ Já é manhã, Meu Doce. Temos de nos levantar.” Abriu os olhos e sorriu-me; melhor começo de dia não podia haver.
O pequeno-almoço seria servido na sala de baixo.
Era altura de nos levantarmos, os nossos deveres aguardavam-nos. Refresquei-me e lavei-me na bacia e coloquei as minhas vestes. Abri a porta para sair, ao mesmo tempo que a minha Dama o fazia do outro lado. Sorrimos um para o outro.
De mão dada descemos e dirigimo-nos à sala para o pequeno-almoço. Ao entrar na sala, recebemos os bons-dias da Maria, nossa criada à qual retribuímos. Sentámo-nos e demos inicio à refeição.

Lá fora, a vida na Vila começara à muito e enchia as ruas com o frenesim habitual com os habitantes a negociar. O Sol beijava as muralhas e estendia-se lentamente pelas ruas e campos de cultivo circundantes da Vila. Era o reinício do Ciclo do Dia; aqui a noite não era sinónimo de recolher obrigatório. Havia a vigília habitual nas ruas, para além das sentinelas nas muralhas. As tascas e tabernas fervilhavam de excitação com músicas e conversas de tagarelas e de negociantes, estes acabados de se escapulirem de casa sem as suas senhoras darem por isso. As horas eram assinaladas como sempre o foram e também, por vezes, com algum tempo de diferença entre elas, o que não era de estranhar dado que durante o trajecto era efectuada uma ou outra paragem numa tasquinha “para ajudar no frio da noite”, como fazia questão de salientar ao balcão. O homem sofria repreensões pelos atrasos que geralmente resultavam e duravam no máximo noite e meia.
Durante a noite era natural um ou outro desacato prontamente resolvido ainda antes da patrulha chegar ao local e apenas os casos mais graves chegavam ao Concelho para apreciação.

Saídos para a rua, a minha Dama e eu cumprimentámos o quente sol matinal, sorrimos um para o outro e dirigimo-nos para o Concelho. Para além dos assuntos habituais que o Alcaide tratava, eu acumulava também a Questão de Disputas. A resolução de disputas é uma das obrigações do Senhor da Vila, conjuntamente com a aplicação das Leis do Reino e a cobrança de impostos.
Naquele dia esperava-me a situação entre dois vilões acerca da morte acidental de uma cria de bezerro, numa armadilha para lobos colocada por um dos vilões num dos terrenos de pasto comuns, junto ao rio que abastecia a Vila de água. A cria não falecera devido à pata presa na armadilha mas sim pelos seus mugidos de aflição terem atraído os lobos que perante tal cenário não se fizeram de rogados.
A existência de pastos comuns à Vila, resultou de uma deliberação minha, dada a conhecer em edital postado e lido nas ruas da Vila e inclusivamente lido durante a noite nas tascas e tabernas pelas patrulhas da noite. O propósito era evitar a dispersão dos animais, apesar dos campos de responsabilidade própria dos vilões, numa altura em que os ataques de lobos se começaram a intensificar. Fiz notar que era o Bem-Comum que estava em questão, para além das próprias vidas dos animais, sustento dos vilões e da Vila; e que perante um ataque de lobos qualquer vilão teria assim apenas que se preocupar com a protecção da sua vida, podendo dar-lhe toda e a máxima atenção.

O Concelho não ficava longe da residência. Era um trajecto curto, cobria parte da Rua Principal, apenas efectuado em carruagem quando o estado do tempo a isso obrigava. Era um trajecto agradável pela calçada e um meio de interagir com a populaça, bons-dias com vénias trocados por algumas palavras sinceras e um sorriso.
Chegados ao local, a minha Dama e eu levávamos caminhos diferentes: eu dirigia-me à minha sala contígua à Sala das Audiências e Decisões, inteirando-me com o meu secretário dos assuntos do dia; já a minha Dama tinha como responsabilidades o que respeitava a provisões e mantimentos.
A ideia partira da minha pessoa, afim de lhe atribuir algo que a ocupasse e a tirasse da monotonia dos assuntos da residência. Sei que os seus afazeres em casa não iriam diferir muito das novas responsabilidades mas tendo em conta as proporções, era sem duvida algo bem mais interessante, colocando-a em contacto com diferentes pessoas. Uma das principais razões tinha também a ver com o facto de confiar na pessoa com quem se trabalha. Avancei com a ideia, uma altura ao jantar após um dia que não me havia sido muito favorável na saúde, causando-me uma ligeira enxaqueca – O Responsável das Provisões e Mantimentos vinha à algum tempo a manter um nível de incoerência no tratamento aos vilões, fazendo também cobranças em seu proveito. Quem melhor que a minha Dama para o cargo! Aceitou a responsabilidade apenas com uma condição à qual acedi de imediato:
- O proveito que tirasse do cargo seria aplicado em algo que apelidou de Fundo de Apoio para a Vila, para situações de emergência, catástrofes naturais e também pessoais. A minha decisão foi imediatamente comunicada em edital, postado e lido nas ruas e tascas e tabernas durante a noite.


As partes em disputa já se encontravam na Sala das Audiências e Decisões e também alguns nobres da Vila e população. Depois de me inteirar da situação na minha sala com o meu secretário, entrei na sala anunciado pelo meirinho e sentei-me dando início à primeira sessão do dia. Após o anúncio à sala da questão pelo meirinho, pedi os nomes para registo de acta e inquiri primeiro o queixoso e depois o meliante. Decorreu tudo com a normalidade habitual tendo a resolução da disputa sido a seguinte:
- “Fica registado em acta, no dia 29 de Fevereiro do Ano do Senhor, a seguinte decisão do Alcaide da Vila, Dom Fernando, Augusto dos Santos Palos.
O vilão que colocou a armadilha causadora da posterior morte da cria, fica apartir deste momento obrigado à cedência do seu animal de cobrição durante o tempo que for preciso ao queixoso até que o resultado visível seja uma das vacas ficar prenha, momento o qual o animal de cobrição será devolvido ao seu dono. Durante esse tempo é entregue ao queixoso diariamente, uma quantidade de alimentação a determinar para o animal de cobrição, afim de evitar ainda mais o prejuízo do queixoso.
Os presentes aceitam esta decisão sem contestar, assinando ou deixando a sua marca pessoal.
Tenho dito.”

Uma patrulha foi encarregada de fazer cumprir acompanhando queixoso e meliante.

Por vezes, num ou outro dia, tirava a parte da tarde e passeava pelas ruas da vila, apreciando o dia-a-dia dos vilões. Algumas vezes era convidado a entrar sob o pretexto de descansar as pernas. Perante a oferta de uma merenda para aconchegar o estômago, era pedido o meu conselho ou era apresentada uma determinada situação que eu ouvia sem hesitar. Dependendo do assunto, encaminhava-os para os respectivos departamentos, garantindo ser a melhor forma de resolução.

Já em casa, após me refrescar, reencontrei a minha Dama. Sentada na sala, entregava-se aos prazeres da leitura junto da janela, bonita como sempre. Cumprimentei-a com um beijo e sentando-me na cadeira à sua frente, iniciámos a conversa de fim de tarde, abrangendo desde assuntos do Concelho intervalados com situações banais. Esta conversa amena durava geralmente até ao momento em que o criado anunciava o jantar.
A tarde passou.
O Sol dava lugar à Lua.
O Ciclo do Dia entregava a vida na Vila ao fresco da Noite.
Novos personagens surgiam e ocupavam os seus lugares, novas situações para resolver, talvez sim, talvez não.
As horas começavam a ser anunciadas. A horas. Era uma questão de horas para saber se duravam a noite inteira.

A vida na minha Vila.