terça-feira, novembro 13, 2012

A Ovelha Choné.



Não sabem o que é? Canal Panda e aviso já que...é do best!

O episódio de ontem era intitulado "Soluços". Já não ria assim a algum tempo:
- Estava o cão pastor sentado numa cadeira a ler um jornal e com uma mesa com bebidas...
ao lado, enquanto tomava conta das ovelhas, quando uma delas, uma bem gorda e anafada repara que em cima da mesa está uma garrafa de refrigerante com uma palhinha. Farta de comer erva, aproximou-se pata ante pata e toca de sorver pela palhinha.
O cão reconheceu aquele som e quando olhou, já a ovelha gorda havia bebido tudo. Olharam um para o outro e de repente... "hic"! - a ovelha gorda soltou o primeiro de muitos e intermináveis soluços.
A Ovelha Choné e o cão pastor tentaram assustá-la; primeiro enchendo o saco de batatas fritas que o cão pastor havia acabado de comer e nada; depois a Ovelha Choné foi ao celeiro e trouxe um saco de ração enorme e vazio e deu ao cão para que ele enchesse de ar. Quando o saco estava mesmo quase cheio, a Ovelha Choné saca de uma forquilha e toca de espetá-la no saco rebentando-o com estrondo.
O cão pastor ficou com um esgar de sorriso idiota porque não estava à espera daquilo e a ovelha gorda..."hic"... continuava com soluços.
A Ovelha Choné foi buscar um amplificador e guitarra eléctrica e apesar do cão pastor fazer gestos como se aquilo não fosse boa ideia, ela saca um acorde daqueles bem potente. Mas os soluços continuaram.
Mobilizaram o resto do rebanho e com grande esforço colocaram a ovelha gorda encostada a uma árvore fazendo o pino. Todos olharam...olharam...e..."hic"... desgraça! Novo soluço de tal maneira forte que derrubou a árvore. O cão pastor e a Ovelha Choné tentaram hipnotizar a ovelha gorda e resultou. Pelo menos até eles de tanto contentamento, terem festejado com um "dá cá mais cinco" e ao estalar das mãos... "hic".
Nada parecia resultar.
Mas o melhor estava para vir quando o agricultor estava na casa de banho com a toalha à cintura e se baixou para apanhar o patinho de borracha que havia caido ao chão; a toalha caiu quando ele se baixou, de rabo virado para a janela, a ovelha gorda esbugalhou os olhos ao ver a paisagem inesperada e... nada de soluços. Finalmente.
Ou nem por isso, pois o resto do rebanho viu o mesmo e alternadamente os outros começaram - "méé... hic... mééé... hic...mééé...hic... mééé... hic....".

Eu sei que só visto por isso podem acompanhar no YouTube.



Como foi a Super Aula?


HIPER MEGA SUPER BUÉS GRANDE AULA DE HIDROGINASTICA.

Já foi e eram tantas as cabeças e braços que mais pareciam uma manada de leões marinhos. Sim, eu sei...eu também lá estava e por isso também seria um dos leões marinhos e tal...dessa não...
me safo; mas em compensação...era o mais esbelto e luzidio!
Continuando, a piscina era toda nossa ou quase toda porque a parte mais funda não foi utilizada e se fosse malta para lá depressa a espécie ficaria condenada à extinção. Dentro de água, uma panóplia de peles pendentes, braços rugosos, peitos... para todos os gostos (é melhor assim!), e escamas de pele gordurenta a flutuar. Todos chapinhavam ao mesmo tempo ao ritmo (péssimo) de acordo com as intruções de 4 monitores.
Alguns participantes flutuavam quase sem controlo e deveriam de ser obrigados a usar buzinas como os navios e por isso mudei duas vezes de lugar. Na ultima vez mudei porque uma pele rugosa e à deriva começou a flutuar tal casca de noz numa tempestade - coitado do homem parecia mesmo perdido dentro de água! Este era daqueles que mesmo ancorado e amarrado ao cais...rebentava as amarras e seguia qual iceberg.
Iceberg mas feio.
E rugoso.
Foi uma aula gira.
Diferente e não fosse a minha miopia e estigmatismo, teria prestado mais atenção às poucas peles giras e jovens que por lá andavam.
Gaita!
 



segunda-feira, novembro 05, 2012

Aula de Hidroginastica




Super Mega Hiper Bués Aula de Hidroginastica - Piscina do Monte Abraão

Calma renas, calma...não foi este Sábado. Vai ser no próximo!
Mal posso esperar por estar dentro de água com idosos aos magotes, peles pendentes dentro de fatos de banho largos ou pior...JUSTOS (credo!), e tôcas que colocam na cabeça sem as enfiar bem, assim do estilo boné de agricultor.
Estou a ver que duas pistas da piscina não chegam e que a malta se vai juntar na parte menos profundo o que pode originar um arraial de estaladas e facadas com os pés daqueles que de tão entusiasmados com a ida à aula se esqueceram de cortar os cascos das patas.
Acho que vou utilizar um fato tipo preservativo para não ficar afectado com tantas escamas de pele idosa a flutuar na água.
A aula deste Sábado foi do tipo BodyPump, com recurso a alteres de mão de esponja e outros mais pesadotes (1 kg), e ainda uns aros tipo Hula-Up e um chouriço de esponja comprido. Exercicios de 3 minutos em cada aparelho com 4 pessoas e rodava até completar-se todos os aparelhos.
Exacto? Nem por isso. Confusão completa porque em vez de ficarem em linha com cada aparelho de utilizavam...voltavam aos seus lugares e assim, ficava tudo numa salada russa.
Idosos... baahhhh!
Mas foi giro porque alguns dos não idosos, vulgo normais ou jovens catitas, empenharam-se e ainda dava para rir da confusão dos outros.
E sim...antes de se esvairem em sangue, digo-vos... que (infelizmente) estava lá o idoso que depois do banho, passa um toalhete de papel pelo olho da peida!
Deixo-vos com essa imagem e podem vê-lo (se ele fôr), no próximo Sábado - AULA ÀS 12:20.


P.S.: não se esqueçam de cortar as unhas dos pés. E das mãos também. Vá lá.

segunda-feira, outubro 01, 2012

GABRIEL.


GABRIEL.
 
É o bater do meu coração,
Um alvéolo do meu pulmão.
O ar que inspiro e expiro
Dia a dia, com sentido
Para aprender e fazer
O melhor que consiga.
É o sangue que me corre nas veias,
Pela casa e na rua atrás da bola.
É o leite e a papa que come
E que me enche o corpo de Alegria e Felicidade.
E Entusiasmo.
Para lhe Dar mais,
E mais... e mais e mais.
E no fim que não será mais do que
O Princípio de mais qualquer coisa,
O Carinho e o Abraço, o Sorriso e o
Riso.
É Filho.
Sou Pai.

Coisas, cenas de menino tramado. Loucura!





E as birras acontecem e era bom que fosse tal como as pessoas desejam para o parto - "Que seja uma hora pequena.", mas não.
Nop.
Népias.
Nada disso.
Agora, quase por tudo e por nada faz aquele som de choro/birra ao mesmo tempo que passeia pela casa de braços caídos ao longo do corpo. Nem posso mudar de canal; se tiro "os bonecos" para ver outra coisa, faz-se logo ouvir alto e bom som num lamento interminável:
- "Os bonecos...os bonecos...quero ver os bonecos!"
Já fez as necessidades no bacio mas nem sempre "avisa" e quando o faz já a coisa aconteceu; e a mudança da fralda continua com brincadeira pegada.
O Gabriel está um "tretas"...caramba...! Assim do estilo dizer coisas para que eu pare de lhe chatear com cócegas e brincadeiras; pede água, diz que está ali o gato ou que foi o gato, etc. Numa destas mudanças de fralda, coloquei-o no fraldário, antes havia tirado da mão um biberon pequeno com sumo e ao deitá-lo começámos na paródia e ele logo na treta, a dizer que o gato estava ali e tal. Eu dizia-lhe que não, o gato não estava ali e ele começava a rir. Pediu sumo:
- Sumo...
- Não temos sumo. Não há. Só aguardente. Queres?
- Não (sempre a rir).
- E vinho... queres um copito?
- (sem parar de rir) ... não.
- e depois mostrei-lhe "O Dedo", o terrivel dedo que ataca fazendo cócegas e trás os amigos, os outros dedos que deambulam pelo corpito de bebé, qual bicho carpinteiro:
- ...e um dedo - disse eu colocando o dedo bem lá no alto para ele ver bem, girando-o - ...e este dedo aqui que... - nem acabei a frase. Imediatamente ele mexeu o braço e apontou "desesperadamente" para o sumo - Sumo!... sumo!
Este apelo "desesperado" quase dizendo - "O Dedo, não...por favor, O Dedo, não!", arrancou-me uma gargalhada bem grande.
E dei-lhe o sumo (e claro que mudei a fralda também!).
 
É daquelas coisas - pode vir o malandro do alemão tirar-me a possibilidade de me lembrar disto mas garanto que ficará cá bem gravado na memória.
 
Gabe, The Babe 4Ever 
 

terça-feira, setembro 11, 2012

Porque é preciso começar por algum lado!

Estou farto (leia-se cansado)!
Quero um Futuro para mim e minha Familia no Meu país e já chega disto!

Quero copiar o modelo de outros países onde os governantes trabalham para o país, pelo e para o Zé Povinho.

Quero poder dizer que sou tão português como o que se senta na Assembleia da Republica porque não é assim que me tenho sentido de alguns anos para cá.
Mas Amo ser Português.
Quero copiar se fôr preciso, o modelo da Islândia.

Esta Europa cheira mal!

Que se procure outros parceiros comerciais porque eles existem.
Fomos Grandes? Que o sejamos de novo. Outros deram a volta por cima.
Somos capazes de produzir muito e de excelente qualidade e melhor que outros.
Numa greve ninguém trabalha e não se produz e verdade seja dita, não me apetece muito trabalhar da maneira como  as coisas andam; mas a greve leva a algum lado?
Nunca ouvi alguém perguntar durante uma qualquer apresentação de orçamento de estado ou afim, se o ministro (leia-se todos os políticos), estaria(m) disposto(s) a perder todos os beneficios actuais e futuros a bem do país.
Se estariam dispostos a deslocar-se para a Assembleia da Republica de transportes publicos (capazes de ser interpelados pelo Zé Povinho).
Se estariam dispostos a fazer as refeições no "snack bar da esquina".
Se estariam dispostos a ter como habitação (caso não fossem de Lisboa), um quarto numa pensão ou algo parecido.
Se estariam dispostos a serem tão portugueses como nós, os outros.
Ouço os Economistas a dissecar o discurso do Governo e pergunto-me porque não estão eles lá e se estariam dispostos a isso mas sem os beneficios de agora. Falam que assim as coisas aumentam, não se produz que é insustentável e que é preciso fazer o contrário ou de outra maneira.
O que me faria sentir melhor, assim como O COMEÇO?

1 PORTUGUÊS > 1 EMPREGO = 1 SALARIO. SOMOS TODOS TUGAS! NEM 1 + QUE O OUTRO! CHEGA DE SALARIOS ASTRONÓMICOS! CHEGA DE PENSOES VITALICIAS! jÁ CHEGA DE MAMA, COM TODO O RESPEITO!

quarta-feira, setembro 05, 2012

Praia Paço d'Arcos 5 Set 2012 e ...



... e finalmente aconteceu!
Seria inevitável e sabia-se que mais tarde ou mais cedo teria de suceder, embora tal infinidade de pensamento estivesse presente bem lá na parte detrás de "todas as cenas capazes de criar sequelas num pai". O que foi? Uma cagada. Sim, eu vi... mesmo bem, e foi uma cagada.
E o dia estava a correr tão bem!
O que vale é que foi já perto da altura de virmos embora e como foi? Estava eu todo lampeiro na tarefa de "pai atrás do filho que não quer vir ter com ele" quando reparo que os fundilhos do calção-fralda estavam assim... um pouco descidos... pesados e... escuros; e não só. A cada passo de corrida que o Gabe dava, algo também escuro descia lentamente por aquela adorável pernita de frango onde tantas vezes dei carinhos e beijinhos. E pensar que momentos antes estávamos deitados na toalha, tal como na primeira foto, tão descansadamente. E sem qualquer odor estranho. Mas lá teve de ser. 
Pai é Pai e quando há merda... lá vamos!
Peguei-o pelo braço e com toda a calma que uma fralda-calção cagada conseguiu ter em mim, passamos por entre as toalhas assim como quem não quer nada e ainda deu para passar pelas nossas coisas, preparar a única fralda que havia levado (tinha outra mas ficou no carro), e arrepiar caminho para o chuveiro que há na praia. E acabou o tormento? Claro que não! 
Chegados ao chuveiro, carreguei no botão, puxei os calções para baixo e perante mim observo qual espuma a sair do gargalo da garrafa de champagne numa festa, já depois de tirar o primeiro pé, um grande bocado de trampa cai no estrado de madeira do chuveiro. Assim que tirei a fralda-calção coloquei-a rapidamente por cima da trampa, levei-a para o lixo e voltei para o Gabe. O que não consegui apanhar apressei-me em limpar com a água que caía e atirá-lo para o intervalo que estrategicamente havia entre as tábuas. Lavei-o bem lavadinho, acalmei-o e prontos! Foi só voltar para a toalha, pôr a fralda e vestir para vir embora.
Bem sei que só foi a primeira. 
Já foi e não desejo que a seguinte venha tão depressa.
Pai é Pai. E é fixe!

terça-feira, agosto 21, 2012

Para memória futura.

Sò se fosse como no filme ED Tv em que o tipo é seguido por uma equipa de filmagem e tudo o que se passa é gravado; mas não. E mesmo que o sacana do alemão me ataque a memória quando fôr mais velho e me impeça de relembrar cenas, situações, acontecimentos que vivi com o meu filho, ao menos é só isso que lhe será permitido ao sacana do alemão. Porque retirá-las da minha mente, nunca!

 Por exemplo, na tarde de Sábado, 18 de Agosto depois da praia e do almoço em casa de meus pais, estávamos deitados na cama para fazer um sonito e eu fingindo adormecer fechando os olhos, o meu filho fez-me festas com a mãozita dele e cobriu a minha face de beijos. E depois? Se adormecemos? Claro que não! Pelo menos logo, nãó porque abri de repente os olhos, olhei para ele e ainda houve tempo para um pouco de brincadeira. Não resisto. É mais forte do que eu!

domingo, agosto 19, 2012

18-08-2012 > E fomos os dois pela 2ªvez à praia...


... uma vez que o S. Pedro não o permitiu no feriado de dia 15 que era o que eu havia programado. Mas fomos.
Fomos para Caxias; deixei o carro na Estação de comboios e lá saimos os dois, de mão dada, passando pela passagem superior, esperámos pelo sinal verde dos semáforos e depois antes de escolhermos o lado esquerdo ou o lado direito da praia, tivemos de voltar para trás! Porquê? Mesmo na altura em que já não tinhamos os chinelos nos pés e sentiamos a areia mole e quente, havia-me esquecido da toalha e do balde. Lá voltámos os dois para trás, sem pressas nas calmas.
Ao menos saí do carro e trouxe a criança! Ha... ha... ha... ...ha!
Eu sei.
Que piada mal cheirosa. Peido, mesmo.
Bem, continuando.
E foi giro. Agora, tinhamos o equipamento todo!
O Gabriel tem uma perdição pela areia a qual não sei explicar - é areia atirada para o ar, é areia para os lados, para a frente menos... para o chão. O balde apenas existe nos primeiros momentos em que as mãos tomam contacto com a areia que escapa pelos dedos. Mas não é só a areia; naquela praia também há umas quantas pedras e assim que as viu... digamos que se não estivesse mais ninguém na praia, eu tinha ficado na boa atrás dele a vê-lo atirá-las para a água mas... afinal estava lá mais alguém. Só mais umas 30 ou 40 pessoas, poucos alvos para as pedras do Gabe!
Poderia dizer que nunca disse tantas vezes - "Gabriel, isso não!", mas ía mentir com todos os meus dentes e os dele também. Só conseguia desviar o olhar por segundos na direcção do nosso chapéu de sol para depois olhar de novo para ele mas nem precisava (quase!) porque bastava procurar as pedras e lá estaria ele. Fácil ser pai na praia, não?
Pois... um pouquito mal cheirosa, esta piadita!
Nada disso. Sempre de olho no filhote Gabe, The Babe.
Ele corria de um lado para o outro todo contente, fugia de mim e da água também, todo sujo de areia. Assim que eu lhe tirava a areia do corpo, logo aparecia outra no mesmo lugar. Por quatro vezes fomos para a toalha para comer, por quatro vezes ele se sujou e sujou a toalha que sacudi por quatro vezes e por outras quatro vezes o levei à água para o limpar. Não foi fácil mas a dada altura percebi como um balde de praia se pode tornar no melhor amigo de um pai; na últimas das quatro vezes disse-lhe ao pegar no balde para esperar por mim que eu ía buscar água e esperei para ver a reacção. Como se tivesse uma mola no calçã-fralda, saltou e veio logo a correr, passou por mim como uma flecha e assim que pôs os pés na água, veio logo para trás a fazer um som parecido com um - "Ai....ssssss.... ai... sssss......", como se a água estivesse fria.
Treta!
E para lhe tirar a areia do corpo? Enganava-o, pois claro! Apontava para o lado ao mesmo tempo que lhe dizia - "Olha ali, filho lá longe!", e despejava o balde nele que todo chateado se virava para mim e dizia -  "Não, não, não..." enquanto abanava as mãos. Logo de seguida, com algum sentimento de culpa e lembrando da minha própria infância, chamei-o para olhar para mim e despejei o resto da água pelo meu peito abaixo. Ria-me para ele e ele para mim.
Depois de muita brincadeira quando chegámos à toalha, dei-lhe um biberon de leite e ele deitou-se logo. Fez um sonito na praia comigo ao seu lado. Quando acordou, comemos uma uvas, bebemos água e depois viemos embora.
Foi a nossa segunda vez juntos na praia e agora já sei - "Também eu posso utilizar o balde!"
Hum....... Ok.

P.S.: Dito / escrito assim, parece que poderei utilizar o balde para algo diferente... mas já está, já está!

domingo, julho 29, 2012

Gabriel Miuzela Julho 2012




Férias Miuzela Julho 2010

Dia 25 de Julho, uma e sete da manhã, um calor do camandro dentro de casa e como não dá muito jeito dormir na rua num banco de jardim também porque fica mesmo junto ao posto da GNR, o Gabriel dorme à uma hora (na cama, em casa), e já estamos na Miuzela desde 6ª Feira, pelas 22:40, 10 minutos após a hora prevista de chegada.

Os primos que já viram o Gabriel tiveram a confirmação do pequeno “Ser” de quem já gostavam. Há primos que nos vêem à medida que passeamos na rua (sim, na rua porque se fossemos a casa de cada primo… digamos que se tinha de juntar a esta semana de ferias, mais umas quantas), e outros que teremos de encontrar noutra ocasião que poderá muito bem ser já na 5ªfeira, dia de feira mensal. Senão, será noutra ocasião.

È (quase) uma terra de primos.

O que já fizemos na Miuzela? O que fazer para ocupar o dia com uma criança de dois anos que acorda todos os dias por entre as 07:00 e as 08:00, mas estamos de férias? Simples: levantar e mãos à obra – ver fralda, vestir, preparar o leite ou papa e pensar se será melhor ir pela fresca até ao rio ou ir até ao parque e jogar à bola, andar de baloiço, passear porque assim que o calor aperta… aperta. E fica mesmo calor. Mesmo.

E foi isso o que já fizemos.

No rio, tomámos banhito e brincámos na areia e com as pedras; na aldeia, estivemos nos baloiços e jogamos à bola no parque. Hoje… ou melhor, ontem 3ª Feira fomos de manhã até à praia fluvial no Sabugal. Estava lá um conjunto de crianças de uma creche da Santa Casa da Misericórdia do Sabugal, eram bastantes. O Gabriel teve um pouco de medo de entrar na água porque apesar de a água dar pela cintura de um adulto, sempre havia aquela rampa de acesso à água que desce e isso de certa maneira o incomodava. Algumas crianças falavam com ele, perguntavam o nome e eu respondia enquanto ele sorria sem nunca largar a minha mão. Volta e meia, eu pegava nele ao colo e ele sentia-se melhor. A dada altura fui um pouco mais dentro com a água na minha cintura e ele sentiu os pés a ficar molhados e começou a mexê-los; olhou e reparou nas folhas das árvores que flutuavam levadas pela corrente e me chamou a atenção para elas. Baixei-o para que as apanhasse e aos poucos foi ficando com as mãos e os pés na água. Foi giro vê-lo mexer as pernas e os braços como se estivesse a nadar. Depois saímos porque já estava a ficar com frio; tirei-lhe a fralda-calção, coloquei uma normal, vesti-o e enquanto ele foi dar uma volta com o avô, eu vesti-me.

O Gabriel adormeceu pouco depois de o carro começar a andar e eu já calculava isso.

Em casa o que fazemos? Brincamos, jogamos à bola e quando o sol já não bate na varanda, vamos para lá “brincar na água”, como eu lhe costumo dizer. Depois do almoço, no pico do calor dá o sonito e vamos dormir. Fica tanto calor que sair à rua… nem pensar! E é literal no “vamos dormir”, todos. Cada um procura um local fresco em casa e “bate choco”até… até ao Gabriel acordar e aí, volta tudo ao normal. É giro.

É um espectáculo andar com o Gabriel. Gabe, The Babe in da house, Miuzela do Côa!



26 De Julho, dia de Feira mensal.

A conjuntura é tramada! É tudo completamente diferente! A laje enorme de granito onde ficavam expostos os animais para venda, está agora ocupada por um edifício dividido em três módulos onde irá ficará pavilhão multiusos; pelo que soube, se o dinheiro não fosse utilizado mesmo que para a construção deste pavilhão, não o seria entregue para outra coisa – a construção de um Lar, por exemplo. Dizem que não se justifica; e também retiraram o médico que cá havia. Fica o pavilhão multiusos e também fica, ao que parece vazio e sem utilização, o edifício onde a junta de Freguesia está juntamente com a GNR, antiga casa do povo, e o espaço colado à escola onde se faziam as festas, teatro, concertos e afins. Ou seja… nova utilização para parte do pavilhão multiusos – Junta de Freguesia e GNR enquanto se enche de ar, espaço antigos que poderiam ter nova utilização.

É pena. Veremos.
Fora isso?

O Gabe acordou, comeu e foi dar uma volta pela feira, pelas bancas. Comprei umas meias para ele e outras para mim. A quantidade de bancas de venda diminuiu drasticamente. Já não se vêem animais à venda mas “o homem dos móveis” e o “homem das panelas” ainda aparece, juntamente com os dos brinquedos irritantes, aqueles cãezinhos que ladrem em tons agudos aos quais só apetece “espetar um pontapé” e vê-los voar. Não… não fiz isso. Mas apeteceu.

Antes que o calor apertasse mais, fomos até ao parque onde andou de escorrega e nos baloiços com outros meninos que lá estavam. Para vir embora é que “foram elas”! Mas lá teve de ser e para o compensar, jogámos à bola em casa.

O almoço foi com os vizinhos-amigos do lado que têm uma filha, Jessica a quem o Gabriel fez olhinhos o tempo todo; já com sono, vim a saber que a conseguiu levar para a cama. Pronto… vou refrasear – quando o sono apertou, a minha mãe disse-me que ele fez questão que fosse a Jessica a levá-lo até à cama, tirou-lhe os sapatos e as meias e ainda lhe fez sinal para ela se deitar ao lado dele e depois adormeceu. Não fui eu a fazê-lo porque tinha ido à farmácia e pelos vistos ele aproveitou, malandreco.

Enquanto ele dormia eu cheguei e tudo mudou! O tempo foi da noite para o dia. Escureceu e houve uma repetição da noite – chuva, trovões e relâmpagos. E na mesma um calor do caraças! Ele nem deu por isso pois estava na siesta. À noite jantámos em casa dos vizinhos e já quando o sonito dele apertava, fui dar com ele ao colo da Jessica e com a mão no seio dela, assim…”sou bebé e ninguém repara nisto!”. Danado! Peguei nele e levei-o para a cama.



O Gabe é o Gabe e uma vez Gabriel, Gabe, The Babe 4Ever.

Faz amigos, cativa pessoas, prende olhares.


quarta-feira, julho 04, 2012

De mim? ESPERANÇA.


Cai Chuva do Céu Cinzento (Fernando Pessoa)

Cai chuva do céu cinzento
 Que não tem razão de ser.
 Até o meu pensamento
Tem chuva nele a escorrer.
 Tenho uma grande tristeza
 Acrescentada à que sinto.
 Quero dizer-ma mas pesa
 O quanto comigo minto.
 Porque verdadeiramente
 Não sei se estou triste ou não.
 E a chuva cai levemente
 (Porque Verlaine consente)
 Dentro do meu coração

De mim: Esperança (Fernando Palos)

 Cai Chuva do Céu Cinzento...
...e cinzento torna o coração.
Tristeza o enche e entorna para os pulmões.
Respira-se desgosto e tristeza que se espalha aos músculos.
Gestos frios e sem jeito, mecânicos e automáticos.
Um olhar diferente se anseia;
Um gesto, um carinho que torne o céu cinzento
Em azul de verde esperança
E o coração em vermelho de Alegria
(Amor, Carinho, Ternura, Felicidade).

quarta-feira, maio 23, 2012

Noite com os pirilampos


Pode-se dizer que era um tiro no escuro mas que era capaz de prometer, pelo menos porque era a primeira vez que o ia fazer - ir ao Monsanto à noite.
Para algumas alminhas que lerão isto, só lerão isto - "Monsanto à noite", talvez porque coitados... não estarão habituados a outra coisa mas garanto que é muito mais do que isso.

O Centro de Interpretação do Monsanto fez uma visita guiada de noite por uma das zonas protegidas e esta com o propósito de dar a conhecer a biodiversidade que lá existe e... os pirilampos. A principio quando soube desta possibilidade e mesmo durante o telefonema de marcação só pensava em que seria uma oportunidade de fazer algo de diferente da rotina diária. E foi. Momentos houve em que me senti novamente uma criança, tal pensava eu, a surrealidade de tudo aquilo que afinal, teve tudo de real. Bonito. Giro. Giro e bonito. Foi de noite e foi mesmo pedido para que ninguém utilizasse lanternas ou outros focos de luz, e o mais engraçado foi que nesse preciso momento, uma criança deixou cair a lanterna que tinha debaixo da camisola, e toda a gente riu. O objectivo era passar pelos trilhos no escuro e ter a oportunidade de ver os pirilampos.
Parvoice, poder-se-á pensar! Mas não, não foi nenhuma parvoice.
Independentemente do percurso ter sido pequeno, nada disso veio ao de cimo assim que começaram a aparecer os ditos pirilampos, num bailado por entre as plantas, por dentro delas e por cima, ao longe e mesmo ao pertinho; e por mais incrivel que possa parecer, também nas mãos e pontas dos dedos de algumas pessoas!
Fomos dar a um lago numa clareira onde se podiam ouvir "os cânticos da noite", uma algarviada de sons de sapos, râs, grilos e afins, tudo iluminado pelas luzes da cidade e os "intermitentes" dos pirilampos. Adorei.
Támbém é possivel efectuar a a visita durante o dia. Mas esta, de noite ficará na memória, de certo!

segunda-feira, maio 07, 2012

Gabriel Patricio Palos, Gabe The Babe


Dois anos de Gabriel (04 de Maio de 2010)


Dois anos de Gabriel e continuo com a mesma certeza: O Gabe é o Maior!



“Hoje estou muito feliz / hoje estou muito feliz / esperei o ano todo / e agora chegou!”.



Quem diria! Parece que foi ontem ou melhor… numa destas madrugadas em que era preciso dar-lhe de comer de duas em duas horas, eu sentado à beira da cama com ele no colo a dar-lhe o biberon pequenino que agora é o que usamos para a água. Ele a dormir e eu completamente cheio de sono, cada vez que acordava para lhe dar de comer, ligava a televisão e aproveitava e via qualquer coisa; e foi durante um zaping que fixei no canal do BabyTV e fiz o seguinte comentário:

- Mas que raio de ideia a de criar um canal de televisão para bebés… quem é que vai ver isto?!- e agora… passados estes dois anos, posso dizer que quem o vê… é o Gabriel e eu.

Há…! (e a exclamação tem de ser feita com ênfase no “H”). Toma lá disto, directo no estômago!

Estava disposto a cantarolar esta música para o Gabriel no dia de aniversário dele porque quando dá no BabyTV ele presta bem atenção e gosta e eu aproveito e canto também (sim, eu sei a música, esta e outras, está bem?!), e fi-lo mesmo. A meio da manhã antes de sairmos de casa para ir ao Pavilhão do Conhecimento e mostrar umas coisas giras ao Gabriel e a nós também. Ele estava sentado ao colo da mãe e cantei para ele com um ritmo um bocadinho diferente mas o que interessava era vê-lo sorrir e fazê-lo ficar contente e feliz. E ficou.

No Pavilhão do Conhecimento aquilo foi giro e deu para ele se divertir e brincar. Divertir e brincar ainda como menino que quer é correr e ver coisas giras que chamam a atenção e espantam tudo isto, em vez das curiosidades científicas e não só que lá estão. Eu e a mãe, por exemplo, conduzimos num simulador um porta contentores como se estivéssemos num porto a descarregar navios e carregar camiões e pilotámos uma lancha rápida de salvamento no mar. O Gabriel, nadou numa piscina com bolas juntamente com a tia Leonor que foi connosco porque era bem mais fixe do que estar dentro do bote salva-vidas; quase desaparecia no meio daquelas bolas todas.

Aquilo era o paraíso, O Paraíso do Gabriel. Dava para mexer em (quase) tudo, com todos os botões à sua mercê. Experimentou a sensação de não ter peso, tal como no espaço; ele e a tia estiveram pendurados num fato especial e a deslizar por um carril preso no tecto. Não gostaram muito mas só de ver… foi um espectáculo! Brincaram com algumas experiências e até andaram no carro com as rodas quadradas. Uma das experiências era estar com os pés numa base redonda e com as mãos num pequeno poste que lhe saia da base, bem seguro enquanto aquilo rodava connosco lá por cima; ele experimentou ao mesmo tempo que a mãe e mesmo antes de sair todo tonto, fez um “ó” com a boquita e enquanto eu o amparava, revirou os olhitos meio a rir como quem não sabe onde está o chão. Mas gostou.

Foi giro e valeu a pena. Um dia vamos ao Badoca Parque ver a bicharada. Até lá…vamos brincando aqui e ali.

E tal como te disse, meu filho enquanto adormecias nos meus braços, às 01:40 do dia 4 de Maio de 2012, mesmo antes de te colocar na tua camita:

“Parabéns Gabriel. Obrigado por cá estares, meu filho. Tudo farei por ti”.


HOJE ESTOU MUITO FELIZ / HOJE ESTOU MUITO FELIZ / ESPEREI O ANO TODO E AGORA CHEGOU!