segunda-feira, junho 17, 2013

Crianças + Acordo Ortográfico = Grande Cagada!



Nem de propósito!
Um excelente exemplo de como o Acordo Ortográfico é uma treta e no qual eu não concordo nem aceito, aconteceu hoje depois do jantar antes de subirmos dos meus pais para minha casa.

Ia eu mudar a fralda do Gabriel quando ouvi um barulho "familiar" por detrás do móvel que tem a televisão por cima. Como eu já estava à espera, era o cágado Pescoço que os meus pais "herdaram" da minha sobrinha mais velha, todo enrodilhado nos cabos da tomada. Tirei-o e coloquei na casa dele e arrumei melhor os cabos.
Tal como seria de esperar, nada durante esta operação escapou ao Gabe, The Babe.
Perguntou o que estava a acontecer e a explicação dada foi o que aconteceu - "O cágado foi para ali, estava tudo sujo e o pai tirou-o."
O Gabriel pegou e não largou! Com toda a inocência e boa vontade de participar na explicação do sucedido, virava-se ora para a avó, ora para o avô e para mim, dizendo:
- Cagádo at'ás sujo...cagádo...!
Logo à primeira ninguém conseguiu ficar sem rir, apesar de lhe respondermos - "O cágado estava lá atrás e sujou."
E ele respondia - "Xim..." - e continuava - "...sujo, o cagádo...ali, cagádo...ooh... sujo".

Foi o Momento / Altura Zen do dia!
Ninguém conseguia parar de rir.
Até chorei...!!!



terça-feira, junho 11, 2013

Gritos na madrugada - cenas de pai e filho.

Esta noite pelas 04h55 tive um pesadelo; dei um grito que deve de ter deixado petrificado na cama o vizinho do lado. Não estava fácil de adormecer.
Estava eu ainda a recuperar e ouvi o Gabriel a chamar - Pai...! - Fui ver o que era e ele estava um pouco choroso. Eu tinha tanto sono que levei-o para a minha cama.
Devo de ter adormecido umas 4 vezes e a cada 3 delas era interrompido pelo Gabriel, perfeitamente desperto - Óia, pai! - apontava para as sombras no tecto.
- Oh, Gabriel....faz ó ó, filho...vá.... sonito, vá!
A quarta vez que me chamou foi diferente:
- Pai... pai... - murmurei enquanto olhava para ele e ouvi-o - ...leitinho...
- Queres leite?
- Xim.
- Então vou buscar leite p'a ti.
Fez questão de vir comigo.
Abriu o micro-ondas, fechou a porta e accionou o botão, sempre comigo ao pé. Contámos até 3 e desligou-o. Entreguei-lhe o biberon com o leite e percorremos o corredor ao mesmo tempo que lhe dizia:
- Vá...vamos lá, Gabriel - ao chegar aos quartos, apontei-lhe para o meu e enquanto entrávamos, disse-lhe:
- Ficas aqui, Gabriel... não consigo adormecer-te. Tenho tanto sono...! - E estava eu a esfregar os olhos todo ensonado que fiquei sem resposta quando ele me respondeu:
- Tamei eu!
 
Depois o sonito já correu melhor.

quinta-feira, junho 06, 2013

INK - Tinta de Gabriel

O Gabe The Babe teve um pesadelo esta noite.
Ouvi-o gemer e fui ver o que se passava; não estava a gemer nada alto mas como eu não dormia nada de jeito consegui ouvi-lo. Estava de lado, um braço para cima ao lado da cabeça, outro ao longo do corpo e uma expressão de choro.
Coloquei-me ao seu lado e fiz-lhe uma caricia na face ao mesmo tempo que o tentava acalmar dizendo - "Pronto, filho...'tá aqui Pai".
Pensei o mesmo que havia feito noutros momentos em que ele sonhava mas ria e sorria, algumas delas bem alto com gargalhadas - "O que estaria ele a sonhar?"
Nestas vezes até desejei estar no seu sonho, tão divertido parecia ser. Esta noite pensei nisso.
Pensei que se pudesse fazer parte dos seus sonhos, não deixaria que nada o incomodasse e assim ele podia ficar descansado; eu só ía deixar passar coisas Boas: Sorrisos, Abraços, Carinho, Afecto, Amor, Ternura e Cócegas.
Mas sei que não é possivel; tal como não irei estar SEMPRE Presente e que a (muitas) dadas alturas ele terá de contar consigo próprio. E...
... como eu gostaria de Estar e Observar aquelas célulazinhas a multiplicarem-se, de ser um Observador e Registar os momentos!
Mas sei que não é possivel; que só terei Direito a Outros Momentos; outros momentos que irão (terão de) evoluir: os beijos, abraços de peluche terão de acabar para não se tornarem "caretas" e "cenas de
putos, pá!" e que vão passar a ser o que também são AGORA: beijos, abraços de peluche com o olhar.
Cada piscar dos meus olhos será um abraço, carinho, ternura, afecto, Amor.
O olhar de cócegas será diferente.
E apenas quando não estiver ninguém por perto (quem diz ninguém dirá, muita gente pois...... NÃO IRÁ ESCAPAAAAAAAARRRRRRRR ÀS GARRAS DO PAPITO, PAIZÃO, PAI!).