sexta-feira, fevereiro 19, 2010

Qual Ilíada de Homero quais 12 trabalhos do Hércules, pá!


A véspera de Carnaval foi uma noite Épica quase tipo Lusíadas, digna de constar nos anais da História, pelo menos na minha.

Sim... ganhei pela segunda vez ao Scrabble.

Foi um espectáculo (e digo isto olhando para o céu de braços abertos).

Imaginei-me a jogar no campo do adversário a aproveitar as jogadas de contra-ataque, como se já não bastassem as palavras que coloco exactamente onde ela queria pôr as dela, ainda aproveitava as palavras que ela punha para as completar:

- AFASTO. "x" pontos - dizia a Ana para eu logo de seguida...

- AFASTO... mais "U" + "OS". AFASTOU-OS. Os teus pontos mais...

... e faíscas e raios saíam disparados dos olhos dela e isto, nas primeiras palavras que completei. Como havia salientado, ganhei o jogo e quase sempre com jogadas destas (de génio, diga-se de passagem).

Sinceramente, espero que o Gabriel neste aspecto do Scrabble não saia a mim mas sim à mãe porque só o tempo que demoro a pôr uma palavra até é capaz de irritar um pacifista.

A cada jogada o meu entusiasmo era calmo e houve de tudo na minha cabeça: luzes de discoteca a acender e a apagar, bolas de espelhos no tecto, dançarinas em bikini, foguetes mas fui chamado à realidade através de um comentário (meio chateado) da Ana:

- Andas a completar as minhas palavras, sacana. Só tenho pena de não poder pôr palavras que não existem!

- Ou que existam apenas no teu diccionário, não é? E acredito que seriam palavras sem vogais, com as letras que valem mais pontos... "X", "Q", "J", "G"... totalmente impronunciáveis do tipo dinamarquês, islandês ou Ilhas Faroé - e o meu pensamento de desdém de nariz empinado - Isso, isso...continua a enviar postais...!

Sem dúvida (mais) uma vitória para os anais da minha História porque na história da Ana cálculo que tenha sido uma vitória de merda, mesmo.

Ninguém gosta de perder, não há dúvida!

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