quarta-feira, fevereiro 03, 2010

Os Empatas...


Muitas vezes ao entrar em casa é o nosso gato Patitas (misto de Batman por causa da máscara que tem na cara e de mafioso por franzir a testa) que vem ter comigo à porta e nem de propósito, apetecia-me dizer e pensava..."Hello Kitty". Não, o gato não é paneleiro (embora quando o irmão Calvin era vivo, faziam umas coisas esquisitas os dois); apenas era a côr transitória do hall, rosa esbatido. A vontade de comer comida mexicana ainda existe mas nem por isso me apetece comprar uma carteira da Kitty.

Tive de esconder todo o material das obras por causa do gato que de madrugada fazia incursões nocturnas para descobrir o que era o quê.
Quando comprámos a casa em 2008, durante as pinturas um dos gatos, o Calvin curioso quis saber o que era aquela coisa branca dentro da lata de 5 litros... de tinta. Resultado? Caiu lá dentro, assustou-se e o resto das pessoas também se assustaram, gritos de "apanha-o, apanha-o..." e de repente o Jorge entra na casa de banho com o gato assustado pela mão, directo para a banheira para lhe tirar a tinta do pêlo.
E eu? Sentado na sanita sem poder fazer um cú (a não ser tratar do meu!). Quando saí, vi o resultado no chão da casa toda - o Calvin assustado percorreu e deslizou em todas as divisões da casa deixando rastos de tinta branca até ser apanhado.
O Patitas também fez das dele; enquanto eu e o Jorge montávamos a cama, ele veio e decidiu brincar com uma peça da cama e quando ficou com a unha presa num buraco pequenino, deu um miado gritante e sofrido. Enquanto nos virávamos para ver o que se passava, a Ana chegou e perguntou o que estávamos a fazer ao gato e olhámos um para o outro incrédulos - "nós...?". Retirei a unha do gato do buraco e ela viu o que se tinha passado.

Noutra altura, a Ana foi ao wc e enquanto eu e o Bruno falávamos no hall, ela grita lá de dentro - "Olhem... obrigadinho por me terem fechado aqui dentro!". Olhámos um para o outro incrédulos; ele tentou abrir a porta que afinal abria ao contrário porque a anterior dona tinha colocado a porta ao contrário. A Ana saiu de fininho com um "aaah...", muito suave.

Os gatos e nós e nós e os gatos e... os manos da Ana.
Os momentos a dois são sempre importantes, mesmo que haja um bebé na barriga. Sinto dores no joelho com as mudanças do tempo resultado duma operação que fiz mas naquele fim de tarde, eu disse-lhe enquanto a abraçava: "Ana, nem uma dor de joelho me vai tirar daqui de ao pé de ti", quando de um momento para o outro ouvimos um som de uma chave na porta e olhei (incrédulo, sim) para a Ana e disse - "...a não ser os teus irmãos!". Noutras ocasiões eram os gatos a vir ter connosco à cama, aquelas bolinhas de pêlo adoráveis e inoportunas ("que lindos...") e vinha-me à memória o Homer Simpson a esganar o Bart.

Mas é assim, um pouco de cada vez e estamos nos 6 meses e picos com dores nas costas. Os dois porque de vez em quando faço-lhe umas massagens e depois fico eu com dores nas costas e rins.
E ainda cato as pulgas ao gato, também.


P.S.: Um Beijo Enorme para ti, Calvin.

Sem comentários: