sexta-feira, dezembro 01, 2006

Prendinhas para o Natal.



Com o Natal à porta, surgem no mercado uma série de gadgets, desnecessários para alguns e para outros, mas que despertam a todos uma grande curiosidade. São dispositivos portáteis com fins específicos e bastante práticos. Distingue-os de outros o facto de serem menos usuais. É mais habitual vê-los em filmes de ficção, do tipo Triple X ou do Agente Secreto 007 – Bond…James Bond.

Pensada por uma mente de merda, (provavelmente!), surge uma tampa de sanita que fala. De seu nome, “Toilet Nanny”, o seu objectivo é educar os homens (para quê fechá-la se na vez seguinte tem-se de levantá-la outra vez? Bah…), que deixam a tampa aberta depois de efectuar o serviço. Contudo, o autor não menciona a possibilidade de ser reprogramada para outras situações. A tampa, por si só não serve de nada sem o respectivo assento, daí com a qualidade diferente dos traseiros que andam por aí, sugestões há muitas. Poderia-se passar do “Fecha-me, por favor”, ao mais directo “Ó palerma, isto é para fechar”ou “Gostas do cheiro, ó estupor?”, adicionando um bom conselho – “Puxa a água, ó pastel. Havias de ficar com o cheiro na roupa para ver se gostavas, ó animal!”. Tampas mais evoluídas equipadas com sensor de peso, soltariam frases do estilo “Aí na pá…! Ganda cú!”, (serviriam como dissuasores do apetite); “Não comeces a comer sabonetes que não é preciso. Vai lá vai!”; “Argh…Despacha-te que não te aguento mais”, este dito em tom de aperto e agonia. O aparelho viria equipado com memória, não seria preciso mais de 256 mb para uma dúzia de frases, e autonomia para 2 meses. (porquê 2 meses? Não sei…lembrei-me!).

Logo nesta época de doçaria tradicional (filhós, lampreia de ovos, bolo-rei), um “iluminado” lembrou-se de arranjar um Pote onde o interessado numa dieta, esconderia as tentações da gula, com um temporizador que definiria o tempo durante o qual ficaria fechado. Pois acho que ficava melhor sem tampa; a entrada podia ser a cabeça de um crocodilo com um sensor de movimento que ao detectar um intruso, fecharia com a violência habitual do animal (cerca de 300lbs na dentada).
Resultado garantido? Hum…sssim, se houver força de vontade logo no princípio em colocar os doces e chocolates no pote; porque se não…não valia a pena a (já de si desnecessária), compra do objecto. Além do mais, o “iluminado” (que concerteza fará parte do lote dos Conscientemente Estúpidos Mas Que Fazem Dinheiro Com As Compras De Outros Estúpidos…!), não se terá lembrado de que o mais provável de acontecer ao abrir o Pote depois da época natalícia, era encontrar tudo cheio de bicharada e bolor, duro como o catano, servindo só para calçar o pneu de um camião ou como pisa papéis. Daahh! Aaaah…isto seria para os pacientes na dieta, que conseguissem olhar para o objecto, saber que continha iguarias…hum…nhiam…nhiam…divinais e não pegar numa marreta, perder o amor (?) ao dinheiro que deram por ele e esmagá-lo em mil pedaços.


Existe uma T-shirt, algodão puro, com sensor que capta o som ambiente e ilumina um equalizador gráfico flexível, óptimo para usar nas discotecas e bailes de paróquia. Alojado numa pequena bolsa dentro da T-shirt junto às pilhas, um chip de memória teria frases de engate para as gajas – “Que flor tão linda. Aguava-te todos os dias.”; “Mexe e remexe, vais ver que ele cresce.” (para surgir enquanto o portador esfrega o escroto); “Anda cá canina que o jantar hoje é fava!”; “Olá, o meu nome é Bunda…Tiago das Bundas! Queres sentir a minha mão?”.
A utilização poderá estender-se ao quotidiano como Camisola Interior Lembrete – equipada com auscultadores, enquanto ouve as músicas preferidas, um pequeno choque eléctrico (12/15 volts, não mais do que isso), seguido de uma mensagem nos auscultadores: “Amanhã, virar cuecas do avesso”; “Pagar subscrição da Playboy.”; “Comprar roupa interior nova. Deitar a usada fora.”



Funcionando ao estilo tamagochi, existe o CHUPA-M. O. S. (Consolador Humanóide Portátil Automatizado). De tamanho real, trás todas as utilizações inerentes à função com possibilidade de programação de outras tantas quantas necessárias à satisfação do utilizador, equipado com cabeça, tronco, membros e membro (tamanho sujeito à disponibilidade em stock). Precisa, evidentemente de cuidados humanos para desenvolver e crescer (!!!) e é capaz de desenvolver personalidade própria: tímido, atrevido ou ternurento. Tem sensores nas cabeças e mãos, três modos de vibração: Suave para os preliminares, Intermédio e Louco, ainda com mais uma velocidade extra para as insatisfeitas. Demonstra as emoções através de cores nos olhos – amarelo para Feliz, o verde para Disponível, o laranja para Quero-te e o vermelho vivo para Ai se te apanho….
Dois CHUPA-M. O. S. destes são capazes de interagir, possibilitando a desejada ménage à trois.
Para os utilizadores masculinos existe o modelo TODA-T. U. A. (Totalmente Obediente Disponível Automatizada), com sensores de movimento e vibração exterior e interior, também programável para dizer frases conforme a disposição ou não: “Chegaste, bebé. Queres agora ou depois?”; “Si, cariño, si! Damelo…Damelo!”; “Tão forte não que ainda fundo os circuitos!”, este como penúltimo aviso de segurança. O último, é um aviso sonoro tipo buzina de nevoeiro que aumenta gradualmente. As cores são as mesmas de maneira a evitar aumento de custos e é possível, também, os dois modelos interagirem por si só (excelente para os preliminares, mesmo sendo robots!), entrando depois o utilizador rebarbado para a ménage à trois.

Agora, um modelo exclusivo para as mulheres: um modelo que já foi considerado o Top nos últimos anos: o I-Fod.
Biliões de mulheres por todo o mundo não conseguem viver sem o seu I-Fod. Conta com inúmeras variações relativamente ao aspecto estético, formato, dimensões, peso e cores, capacidade de armazenamento (do depósito do líquido à escolha da utilizadora: lubrificante ou outro que saia no momento certo). É um aparelho que constitui a evolução do velho e primitivo Estimulador Facial, frio, insensível e feio (dizem!).
Fácil de manusear e transportar, permite satisfação em qualquer lado, em grupo ou a solo; um bom entretenimento relaxante para este Natal.


Todos os Natais é a mesma coisa: Há com cada maluco…! E afinal, os malucos até são inteligentes!


FELIZ NATAL A TODOS


(Texto adaptado e propositadamente exagerado)
f.p. 2006

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