segunda-feira, dezembro 11, 2006

O que poderá acontecer à Costa da Caparica?


Poderá suceder na Costa da Caparica, o mesmo que na Indonésia?
Concerteza que sim. Um maremoto “entrará” e levará tudo pela frente, sem dó nem piedade, travado possivelmente pela arriba localizada muito mais atrás. Até lá chegar, muita coisa desaparecerá. Não falo das pessoas, mas para bom entendedor…
Pessimismo?

Duvido que seja suficiente o que se esteja a fazer agora, com a colocação (ou recolocação), de areias nos locais de onde o mar as retirou no espaço de quatro dias; e também que seja razão para ficar, de alguma maneira mais descansado!

Já, pelo menos de há três anos para cá, se tinha verificado que o mar “roubava” quantidades substanciais de terreno, e são bom exemplo disso, a praia de Santo Amaro de Oeiras e a praia do Paraíso e Tarquinio, na Costa, as duas primeiras praias que ficam ao pé do Terminal das camionetas.
Pelo menos eu já tinha reparado nisso!
Na praia da Linha, após o Inverno era actividade normal a reposição da areia retirada pelo mar, facto que aumentava sobremaneira a área da praia para gáudio dos veraneantes.
Se uns achavam bem, e eu sou um deles, por outro lado não creio que muitos outros achassem estranho o porquê de tal empreendimento.

O Clima (ou o Homem?!), está a mudar a face do planeta aos poucos, e às vezes mais rápido que isso.

Altura houve em que se chegou a falar do que poderia suceder se Lisboa fosse assolada por um maremoto, da possibilidade do mar “reclamar” o que é seu e lhe foi retirado e note-se, não é pouco!
Pois, também eu me lembrei disso e desejava estar nessa altura num local alto o suficiente para não sofrer muito ou o menos possível.

O que se passa agora na Costa da Caparica, é tão só (mais) um Aviso Muito Sério do que está a acontecer. Se nas primeiras praias da Costa a questão poderá minimizar-se ou resolver com o reforço, senão aumento dos pontões, vulgo quebra-mar, como resolver o problema nas praias que não possuem quebra-mar, naquela língua de areia que se estende até à Fonte da Telha, pelo menos?
Quando se está na praia, ao voltar as costas ao mar, em frente ao longe depara-se uma arriba bem alta. Ocupada em alguns locais por prédios ou pequenas moradias, toda aquela extensão de terreno foi outrora ocupada pelo mar. Logo na Costa, na avenida dos restaurantes e bares, durante a abertura das fundações para a construção de um hotel à uns bons anos, estiveram umas bombas de água a trabalhar incessantemente, a retirar a água que surgia no meio da areia, areia de praia. Toda aquela zona está construída por cima de areia, sendo preciso escavar bem fundo para encontrar rocha, sólida o suficiente para as fundações.

A preocupação, agora, com o avanço do mar é legítima se se considerar que será Tarde (ainda a tempo) para se fazer algo que já deveria de ter sido feito, mas não tão Tarde para o fazer imediatamente. Agora, é imperativo reforçar as dunas, afim de proteger os que estão por detrás e os seus pertences, Parques de Campismo e casas de habitação. Colocar vegetação que fixe as dunas, senão algo mais sólido com areia por cima; impedir a circulação de veículos e outras construções tão só porque já chega as que já lá estão.

Tentar minimizar as perdas que acontecerão de certeza se o Clima continuar assim, é a única hipótese.
Pessimismo ainda?


Mais vale agora porque já é Tarde mas ainda não tão Tarde quanto isso.

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