sábado, maio 13, 2006

Apologia de Mim para quem quiser (não cobro nada!)

Houve uma vez alguém que disse: "Liga mas é a quem se preocupa contigo e deixa lá quem não vale a pena!".


É verdade! Só faz falta quem está!


*
Eu digo que * é melhor pensar três mil vezes o que se quer dizer, se se quer dizê-lo, como se quer dizê-lo e se vale mesmo a pena dizê-lo (apesar de algumas vezes já sabermos a resposta, ou o que vai acontecer).

Digo NÃO à simpatia falsa ou por piedade. Quero discurso directo sem pretensões, olhares desviados ou encolher de ombros, falsas promessas que não têm o menor ensejo de ser cumpridas.
Se NÃO é NÃO, há que dizê-lo como o Baptista Bastos - "com toda a frontalidade"!

Há que ser directo, sem rodeios.
Não tenho muita paciência para situações em que outras pessoas põem a mão no ombro e dão aquela palmadinha de solidariedade. Não é isso que a outra pessoa precisa! A outra pessoa precisa é que sejamos nós a dizer as coisas que não iria gostar de ouvir ou que ouviria de outros e mais ainda.
Sem pena!
Quase sem dó nem piedade!
Verdades!
Se não formos nós na altura a dizê-lo quem o dirá? E é melhor ouvi-lo primeiro de nós (amigos), do que alguém não tão chegado.

Claro está que alturas há em que apenas a Presença em Silêncio é mais indicada (e aceite!), que a palmadinha no ombro. Solidariedade, sim mas a apropriada. Falar Quando e Se quiser.
Nada disto implica isolamento! A Presença em Silêncio é melhor - três mil vezes que estar sozinho. Aqui, o que se torna dificil é obrigarmo-nos a deixar o isolamento sozinho e estar com alguém; e também é, deixar de nos preocupar com o facto de não sermos "boa companhia".

Parvoice à décima potência!

Se estivermos com alguém, concerteza de que não será o tipo da esquina e sim alguém muito mais chegado. Esse alguém apenas tem de Estar no local certo, à hora certa. Estar! Falar do assunto tabú se interpelado nesse sentido, senão falará de outra coisa totalmente diferente. Falar nem que seja durante dez minutos seguidinhos - monólogo!

Estar! Mesmo que calado.

E se de repente "o mudo" falar?
Ouve-se e cala-se! Se perguntar, responde-se mas...(ver asterisco no principio do artigo*)...pensa-se primeiro!

É preciso saber estar. Também é preciso aproveitar as oportunidades. Se alguém pergunta se se quer sair um pouco, não dizer logo que não. Respirar fundo e obrigarmo-nos a ir; sim, digo Obrigarmo-nos porque depois ao não se decidir sair, vai-se ouvir uma vozinha interior: "... e está um dia tão lindo lá fora!"... ou então: "já não posso ver estas paredes à minha frente!".

Perde-se muito ao não sair de casa. Pelo menos, sair sozinho e ver outras pessoas - é menos mau, mas está-se sozinho na mesma!

O indicado é a Presença em Silêncio.
Nesse momento é que se tem a noção do quão importante é ter alguém ao nosso lado (mesmo calado), é que se tem a noção de que a palavra AMIGO existe e é real, palpável. Não é apenas um bafo de ar saído dos pulmões.


Faz um esforço!

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