sexta-feira, janeiro 12, 2007

Partidas que as memórias pregam




Ninguém fica indiferente ao cair do pano.
Não há lágrima que se consiga evitar.
Fico sozinho no escuro frio e duro.
A ouvir sons de outrora, coisas que não se esquecem.

O último beijo vem à memória.
Fechar os olhos não ajuda,
Piora.
Cenas passam de fugida.

Amar com coração, vontade, querer.
Tínhamos tudo.
Tudo por Amor.
Sonhar mais um dia.

Mil palavras não definem o que senti.
Sinto.

Noticias do fundo chegam, ao segundo.
É um dia mau, só mais um.
Fecho os olhos e vejo-te a olhar para mim.

Já respirava outra vez.
Dá-me ar.
Fogo brando.
Fogo intenso.

Amor, disse.
Amor, perdi.
Coração frio,
Coração vazio.

Teimosia, não falar.
Diz-me, gota a gota,
Pequenos pormenores,
Para perceber.
Saber. Explicar.

Ser suspeito, é o mundo do avesso.
Não falar, é perder aos poucos,
Ou tudo de uma vez.

É mentira.

Faria Tudo por Amor,
A ti e a mais ninguém.
(Quando eras tu)
Chama.

És o que és;
Sou o que sou.
Respiro um minuto de cada vez.
A tua respiração é que não sinto.

Queria que chovesse em cima de mim,
E que levasse as minhas memórias.
Assim, esquecia-me
Para não me lembrar.

Falar com os olhos.
Gritar em silêncio o Amor.
Nenhum abraço era mais forte que
Aquele quando olhava para ti.

Sorriso e piscar de olhos.
Piscar de olhos e sorriso.
Abraço virtual.
Amor.

É para isto que vivemos?
Para sofrer ao não falar?
Para perder
E não mais encontrar?

Um último suspiro
Que dure a vida inteira.
O resto da vida.

De braços abertos
De olhos fechados
A carta que nunca (te) escrevi.

É este o fim?
Não mais encontrar…?
...Q U E R O !

1 comentário:

NeverEnough disse...

Sim, fui eu.