quarta-feira, setembro 15, 2010

As conversas são uma "loucura"!


...e quem as ouvi-se ainda pensava que o pai estaria sob o efeito "daquelas coisas que fazem rir". Mas não; a droga é outra - é bebééééé!!!

Todas as conversas são em dialecto "bebelês", perceptível apenas aos mais atentos e quase tudo (para mim!), é motivo ou instrumento para uma conversa / história.
Há rituais que seguimos, tal como a mudança da fralda antes do biberon, afim de evitar levar com coisas mal cheirosas a sair de um rabito daqueles ou ter uma amostra viva do menino da fonte em Bruxelas.
Sim, já aconteceu mais que uma vez. Comigo, ainda fui a tempo de colocar um toalhete bem em cima e consegui evitar o repuxo!

Portanto, um dia antes de "uma fomica", via a fralda e nesse momento enquanto o mudava e para acalmá-lo porque já é hora e o estômago já reclama, comecei a contar uma história acerca do Melhor Rabito de Fralda das Redondezas.
Não sei se em tempos idos teria havido tal competição mas isso pouco ou nada interessa porque desde que fale com ele como ele gosta, até poderia estar a ler o Diario da República que a coisa passava por interessante.
Assim sendo, durante a muda comecei a falar com ele com a minha voz de bebé-adulto.

- Poijé Gabiel, temos de mudar uma fauda puke o rabito tem de tar limpito. um rabito limpito é um rabito bom.

A cada frase, acentuava a palavra final, aproximava-me dele, e se ele já sorria, acabava por dobrar o riso

- Xabech pukê? Puke houve uma altura em que haviam muitos rabitos de frauda e os sinhores (pausa para o fazer rir), decidiram (nova pausa), fajêr (pausa), um concurso (e nesta altura já dava gargalhada). É vedade, chim. E então... para a gente partichipar... temos de ter o rabito limpo e a fauda também.
Pois... majé o teu puke só podem cher rabitos que caibam nas fraldas.

Eu sei que quem ler isto poderá pensar que eu também poderia participar porque existem agora fraldas para adultos mas não, eu estou muito bem assim, obrigado!
Continuando...
A risada era grande e já durava a algum tempo e o resultado final foi um lindo rabito de fralda, digno de uma vitória no concurso.

Cada muda de fralda tem uma história e é uma festa, interrompida por vezes após a abertura em que o riso (o meu riso), passa a sorriso amarelo, respiração lenta e pausada, enquanto o dele é quase de gozo, de orelha a orelha - Toma lá disto!
É quase uma pausa para olhar o fogo de artifício lá bem no alto... em apneia.
A risada é retomada e a seguir é a "fomica".


1 comentário:

Vasco disse...

Bem disposto, como o pai...