quinta-feira, março 11, 2010

Enxaqueca e tampinhas de plástico não combinam!

Um dos passatempos favoritos do nosso gato Patitas é brincar com umas tampinhas de plástico daquelas das garrafas de água ou sumo. De vez em quando, atiramos-lhe uma ou outra para ver se ele pára de nos chatear mas há sempre uma em especial que ele adora.
Aquilo é uma loucura pegada: se estamos à mesa e ele anda a rondar a nossa comida, basta atirar uma tampa que fica logo entretido e assim podemos deliciar-nos a comer; ele quando a apanha dá-lhe patadas e corre pela casa toda atrás dela e volta e meia, trá-la de volta a quem a atirou, saltando para a mesa e largando-a à nossa frente para que a atiremos novamente, tal como um cão.
Hiperactivo como ele é, leva-me a crêr que a mãe dele terá sido possuída à bruta por um cão e o resultado foi este: um peludo de quatro patas com ar de mafioso e máscara de batman na cara, a reagir como um cão.
O irmão Calvin não era assim; era um paz de alma que só (!?!) lhe dava para lamber o rodapé e miava apenas em casos de desespero, como ficar sem querer fechado na casa de banho, e no resto do tempo, emitia sons de Rola (pássaro). Não sei onde entra o pássaro na história entre a mãe gata e o pai cão mas gostos são gostos e até os animais têm esse direito.

Quando mudámos o móvel da sala, por baixo havia 22 tampas de plástico. Loucura!

Esta madrugada, por volta das 05:40, acordei com uma enxaqueca bem grande; levantei-me e fui à procura dos comprimidos, tomei um e voltei para a cama à espera que pelos menos durante uma horita conseguisse descansar e que a dor passasse. Em vez disso, tive (tivemos!) uma horita terrível: o Patitas decidiu partir em prospecção qual mineiro nas profundezas da terra e descobriu uma tampinha debaixo da mesa de cabeceira.
Loucura (e digo isto com ironia aos magotes)!
Já conhecendo alguma coisa de gatos, sei que não vale a pena ir atrás deles quando estamos chateados porque, logicamente eles fogem. Mais vale optar pelo cinísmo:
- Vem cá, lindo... vem cá bichano, vem...
... e depois arrear uma palmada no rabo peludo dele - Toma lá disto!

Portanto, o que fiz quando ele descobriu a primeira (!?!) tampinha foi esperar que ele saisse debaixo da cama e tirar-lha. Nem eu nem a grávida Ana estávamos a ter descanso. O descanso dela era duplamente interrompido, também pelo meu ressonar (isto segundo ela porque eu não me lembro de nada, o que é estranho porque até tenho o sono não muito pesado. O ressonar deve-se ficar pelos ultrasons!).
Mas lá esperei pela peste peluda e tirei-lhe a primeira tampinha. Foi o que fiz para a segunda tampinha, foi o que fiz para a terceira, até à última. A cada tampa que lhe tirava, só pensava - " Isto é inacreditável! Ainda te ponho debaixo do chuveiro, pá!"
Só as contei quando me decidi levantar, uma hora depois para ir tomar um duche contando que ajudasse a passar a enxaqueca.
A contagem foi... 6. Seis tampinhas que aquela peste peluda acumulou debaixo da mesa de cabeceira e da cama, entre as quais, a predilecta dele, uma branca que posteriormente verifiquei que afinal eram duas exactamente iguais - "Horror...!!! Elas multiplicam-se!". (arrepio)

À parte da enxaqueca, foi uma manhã normal, isto para quem acorda antes do despertador mas o Patitas fá-lo antes e é tipo chinês: começa logo nos exercícios matinais, de um lado para o outro.

- Um dia ainda lhe dou um Xanax...! Sadooof...!

P.S.: Já estamos de 8 mesitos e 'tá quase... 'tá quase...!
Bjs Gabriel
GMDTuala

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