quinta-feira, fevereiro 19, 2009

E a saga continua na Quinta da Piedade


E continua.

Agora é o barulho que o carneiro faz enquanto está a trabalhar que incomoda o flamingo-femêa - Há coisas do arco-da-velha, realmente! Então agora é o barulho normal, assinale-se que faço enquanto trabalho? – Pensou para si o carneiro. Mas foi.

A “boca” surgiu dos ânimos andarem confusos por causa de Novas Regras que a Dona Piedade quer impor na Quinta.
- E então agora basta dizer que há trabalho para fazer e temos de ficar até mais tarde!? Anda aí tanta gente que faz “barulhos” a fingir que trabalha, e sabe-se (!); esses é que deviam ficar! – “manda para o ar”, do cimo da sua altivez, o flamingo-femêa com um ar todo importante.
Mas não é só o flamingo. Uns animais, só por já não poderem chupar azedas em pleno trabalho, fazem-no à porta dos lavabos. Por causa disso, já não pode um animal expressar à vontade, tudo o que lhe vai nas tripas! Se soubessem que os cães urinam nelas todos os dias...

Há várias classes na Quinta da Piedade, “classes” a que cada um “acha” que pertence por estar à mais ou menos tempo na Quinta e quando há uma alteração de cargo ou funções, anda tudo “ó-tio-ó-tio, já viste isto?”.
Só que agora, é uma Nova Regra de tal maneira geral que abrange todo o reino animal, uns de uma maneira outros de outra. De entre outras, se a D. Piedade determinar que um animal deverá ser enviado para efectuar serviço, por exemplo no Monte das Pitas que fica bem longe da Quinta da Piedade, lá num compartimento, o animal tem de ir. O alvorosso é grande. Ainda maior que aquele que a coruja fez quando encontrou os cães a lamber as partes íntimas mesmo à entrada da Quinta; voava por todo o lado a noite toda a fazer "úúú-úúú-úúúúúú"!

Um ruminante é um animal que rumina e por isso, faz barulho todo o tempo que rumina, inclusivamente enquanto trabalha ou passeia ou até quando vai aos lavabos (cada um sabe de si!).
O que cada um faz é da sua conta e a "dar conta" é à D. Piedade. O que há aqui é um excesso de falta que neste caso tem como fim de frase, de trabalho. Ora bem, só quem não tem nada (melhor) para fazer, é que se preocupa com “os barulhos” que os outros fazem enquanto trabalham.

Os cães ladram (outros animais passam, entram e saem do compartimento onde estão o carneiro, o flamingo-femêa, a pata-choca e a pata marreca; texugos, porcas, burros, fuinhas, esquilos, etc… qualquer um), e a caravana passa.
E ninguém se queixa. Ou melhor…fazem-no mas não são capazes de o fazer na frente do ou dos visados.
Os humanos queixam-se mas até nos animais há hipocrisia e desumanidades (desanimalidades ).

Animais-Cromos. É com cada um! Pfff…!

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